Capítulo 27

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Pollyanna

Acordo, um pouco atordoada, e olho para os lados tentando identificar onde estou. O lugar é escuro e frio, estou sentado em um chão duro e, encostada a uma parede de pedras rústicas, pulsos e tornozelos presos a correntes pesadas. Estou em uma cela, separada da cela ao lado da minha apenas por grades, na outra cela, eu posso ver Jimmy desacordado.

Seus passos são tão silenciosos, que eu só percebo a presença de outra pessoa na cela quando o portão é aberto e Voldemort adentra o local, eu posso ver seus olhos rubros cruéis, as vestes negras e o ar autoritário e assombroso, embora as hocruxes não tenham tirado toda sua beleza, lhe restou apenas um resquício do garoto bonito, gentil, porém arrogante que era em Hogwarts.

Eu prendo a respiração, soltando-a lentamente conforme ele se aproxima. Levanto-me, decidida a ser forte, resistir a ele, desafiá-lo, tentando me conscientizar de que o homem a minha frente não é o meu antigo amigo, aquela pessoa irritantemente inteligente que se preocupava tanto comigo. Não, ele é um monstro, seu inimigo Pollyanna. Também me conscientizava que Alastor e o professor Dumbledore iriam me tirar dali.

- És a noiva mais bela já vi. - ele diz agora tão próximo que eu engulo em seco. Só então eu percebo que ainda uso o vestido de casamento de ontem à noite.

- Se afaste de mim, Voldemort. - digo entre dentes e ele apenas sorri de canto, o que me deixa mais furiosa. - Onde está meu filho?

- Oh o garoto, está em outra cela, em um estado não muito melhor que o seu amiguinho ali. - ele diz olhando satisfeito para a cela ao lado, onde Jimmy estava desacordado. Senti uma dor em meu coração, meus olhos arderam, mas eu não choraria na frente dele, eu faria alguma coisa para detê-lo, tinha que fazer, meus lábios tremeram, mas eu não disse nada. - Eu disse que a teria por bem ou por mal, Pollyanna.

- Sou tua prisioneira, não tua namorada, não sinto mais nada por você.

- Mentirosa. - naquele momento eu era sua presa, com a qual ele estava adorando brincar, rondava-me como uma cobra. - mas você não acha que eu me importo com isto, não é? Rótulos. Você é como meu segredinho sujo, afinal, ninguém deve saber que Lord Voldemort deseja uma mera sangue ruim.

Voldemort beijou meu pescoço levemente, eu me arrepiei apenas em sentir seus lábios quentes em minha pele. Seus dentes mordiscaram minha pele e meu corpo me traía se arrepiando, minhas pernas estavam vacilantes e todo meu corpo amoleceu com suas provocações.

- Me solta. - sussurrei, tentando resistir a ele e me debato.

Ele dizimou uma vila inteira, ele destruiu seu casamento, veja o que ele está fazendo com Jimmy, Prince e com você. - minha parte racional dizia para mim.

- Me solta. - eu disse com mais convicção, ele se afastou de mim, desta vez parecendo insatisfeito e furioso.

- Você achou mesmo que eu permitira que você se casasse com Alastor Moody? - ele quase gritava e mesmo sendo uma grifinória e não mais uma garotinha boba, eu senti medo ao presenciar a fúria de Voldemort. - Você me decepciona, Pollyanna. Merece ser punida.

Ele encostou a varinha em meu pescoço, mas mesmo com medo, eu não desvio os olhos dos seus.

- Crucio. - a maldição me acerta em cheio, sinto dor, era como se eu fosse queimada viva, caí de joelhos, mordendo o lábio com tanta força para não gritar, que acabei rasgando-o e sentindo gosto de sangue em minha boca.

Voldemort parou a maldição, minha cabeça e todo o meu corpo doía.

- Eu sinto muito, mas você precisava ser punida por se apaixonar por ele, por ter um filho dele e por quase se casar com Alastor Moody, você é minha, Pollyanna. - ele diz antes de segurar meu cabelo com força e beijar-me de maneira instigante.

PollyannaOnde histórias criam vida. Descubra agora