25 de julho terça-feira
O dia amanheceu chuvoso, mas Egydinha tinha planos de sair de casa para ver Arthur. Precisava ser logo cedo para a mãe não desconfiar de nada.
- Mãe eu estava querendo dar uma volta com a Ruth até o Centro. Gostaria de ir conosco?
- Mas está chovendo! Seria melhor irmos outro dia, você sabe que não gosto de sair com chuva.
- Tia eu prometo que não vamos demorar, podemos levar a Ciça...
- Ah não! Deixem a Ciça aqui ajudando Das Dores. Podem ir as duas, mas voltem para almoçar em casa.
Assim elas foram até a casa de Arthur visitá-lo. Ele estava com a irmã e os empregados. O pai havia ido trabalhar. Clara, a irmã de Arthur as recebeu um pouco surpresa mas como já sabia do interesse do irmão por Egydia resolveu ajudá-los e manter segredo sobre a visita.
- Que surpresa boa vocês terem vindo! Por favor sentem.
- Obrigada Clara! Nós...
- Querem saber do meu irmão naturalmente.
- Posso vê-lo? perguntou Egydinha um pouco sem graça
- Claro que sim, mas ele está no quarto se convalescendo. Se importaria de subir?
- Não. Eu não me importaria.
Clara chamou uma empregada e pediu que levasse Egydinha até o quarto do irmão e permaneceu na sala conversando com Ruth.
Foi assim que Egydia e Arthur se encontraram a sós naquela manhã de terça-feira
- Você veio? Que coragem meu amor!
- Precisava te ver. Saber como você estava?
-Estou bem agora, mas o rapaz que tentou me roubar veio me pegando por trás, me surpreendendo. Foi difícil escapar.
- Meu Deus! O que foi que ele lhe roubou?
- Nada. Ele levou a pior na briga e fugiu. Mas deixa eu olhar para você. Como é linda a minha namorada!
Ele sentou na cama e a abraçou ali mesmo e foram muitos beijos, muita paixão.
- Arthur não podemos nos exceder
- Desculpe meu amor é que quando estamos juntos assim tão perto eu fico louco. Quero que você seja minha antes de casar com aquele homem horrível. Você não vai casar com ele, vai?
Mais beijos e a mão de Arthur buscava uma intimidade maior. Egydinha não oferecia resistência. Os dois apenas sentiam medo de alguém subir as escadas e encontra-los ali assim tão próximos.
Barulho de passos na escada e rapidamente os dois tentam se recompor antes da maçaneta da porta girar e Clara aparecer com Ruth no quarto
- Como você não descia resolvemos subir - disse Clara com um sorriso maroto
- Já está tarde, precisamos chegar a tempo para o almoço - disse Ruth
Egydia deu um beijo no Arthur de despedida e não se importou de estar na frente de Clara e de Ruth. Ela queria assumir esse amor que a fazia enlouquecer e se sentir mulher apesar de ser tão menina.
- Adeus amor!
- Até breve! - disse Arthur
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Egydinha
Любовные романыA história se passa no Rio de Janeiro no início do século XX. Com apenas dezessete anos, uma jovem é obrigada pelo pai a ficar noiva de um homem estrangeiro rico que veio trabalhar numa indústria no Brasil. Os negócios da família vão mal e ela sofr...