Capítulo 33

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Egydinha entrou no velório e sentiu o olhar do Senhor Christovão um pouco frio quando se aproximou do caixão para ver Arthur.

Egydia e Arthur. Ela viva , ele morto. Ela quebrou todo o protocolo quando procurou por sua mão entre os cravos que o enfeitavam. Ele estava com a farda de soldado. O rosto sério como ela jamais tinha visto em vida .

Ali ela permitiu que as lágrimas descessem pelo seu rosto. Fez uma prece pelo amado. Que Deus o recebesse e o consolasse. Ela não teria consolo. Queria viver para descobrir o porquê que Arthur havia morrido. Quando eles tinham planos de viver uma vida inteira juntos, isso acontecia? Qual o sentido da vida dela agora?

A irmã de Arthur, Clara foi mais gentil e a abraçou.

- Ele te amava muito. - Clara disse baixinho para Egydia

- Eu sei, eu também - Egydia respondia

- Meu pai está sem dormir, exausto e quero que o perdoe por não tê-la tratado com atenção.

- Eu entendo e não tenho nada que o desculpar. De qualquer maneira parece que a minha presença na vida de seu irmão não foi bom para ele.

- Não diga isso. Meu irmão estava feliz com você. O que aconteceu foi uma fatalidade. Eu acho...

- Venha Clara. Vamos fechar o caixão está na hora. - o pai de Arthur levou Clara para junto do filho morto e juntos se despediram de Arthur. O caixão foi fechado e levado até o mausoléu da família. No final soou uma trombeta tocada por um soldado amigo de Arthur e uma salva de tiros foi ouvida.

O sol se escondia quando todos se despediram e voltaram para suas casas.

Egydia voltou para casa segurando um dos cravos que enfeitavam seu amado. Precisava ter algo que estava com ele por algum tempo. 

Assim antes de dormir colocou o cravo num copo com água e rezou. 

EgydinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora