Capítulo 13:A libertação

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Acordo ainda sentindo o impacto daquela luz em meus olhos,a dor que estava na minha cabeça era mais forte que o normal,tenho que lembrar de trazer remédios para as investigações.

Olho para o lado e vejo Ritari sentado,por um mínimo segundo pensei em como nós dois tínhamos a cara de pau de dormir juntos,sem nem mesmo ter uma relação tipo...namorados.

Mas logo esse pensamento se foi quando ele se virou para mim,em sua testa tinha um curativo e na sua mão também,deve ter sido na hora que ele foi jogado.

— Graças a Deus você acordou. — Diz logo colocando sua mão em meu rosto e assim começa a acariciar.

— Não sou só eu que preciso descansar. — Digo me levantando lentamente da cama,maldita dor de cabeça e corpo.

— Que bom que acha isso, claramente você está certa. — Diz se deitando na cama e logo fecha seus olhos.

Para não incomodar,saio do quarto e vou direto para a cozinha,vejo o relógio e percebo que são oito horas da manhã,algumas vezes não percebo o tempo passando dentro dessa casa.

Como eu estava com fome, aproveitei para fazer um pão com mortadela e queijo, cortesia da Júlia, só ela mesmo para nos lembrar de comer.

E como estou com alma caridosa e dolorida,vou fazer um outro pão para Ritari,nem sei se esse maluco anda comendo direito,fica se preocupando muito comigo ou com a investigação.

Depois de arrumar minha bagunça,volto novamente para o quarto levando um suco de laranja e um pão com queijo e mortadela.

Abro a porta com certa dificuldade e coloco o copo e o prato na mesinha do lado da cama,chego perto de Ritari e vejo que o mesmo já tinha pegado no sono.

— Sei que acabou de dormir,mas antes precisa encher essa barriga vazia. — Digo o cutucando.

Vejo que ele se mexeu tentando tirar minha mão de sua barriga, começo a dar vários cutucos e depois de um tempo segurando ele finalmente começa a gargalhar.

— Para! — Exclama rindo e ao mesmo tempo tentava tirar minhas mãos — Deus vou morrer de falta de ar!

— Como eu disse, você precisa encher a barriga,levanta para comer.

Ele se levanta sem fôlego,o mesmo escondia sua barriga com os braços,pego o copo e o prato e entrego para ele.

— Obrigado. —  Agradece com um sorriso simpático.

— Bem,vou indo tomar um banho. —  Aviso indo em direção ao banheiro.

Entro e fecho a porta a trancando,tiro minhas roupas e vou direto para o banho quente e reconfortante,de repente sinto as imagens de ontem caírem a tona,Clara estava tão viva em minha frente,nem parecia que tinha morrido,tirando aquele brilho tão radiante que expandia por ela.

Te protegerei Mei

Sim,a última coisa que escutei,agora essa frase ecoa pela minha mente me deixando de certa forma tranquila,pelo menos Clara não está sofrendo tanto do outro lado.

Passo a mão no rosto e logo depois em algumas partes do corpo,ainda sinto uma dor no coração em pensar na morte da Clara,mesmo não tendo muita intimidade com ela,sinto que foi uma perda tão grande...

Acho que realmente vai demorar para eu me acostumar com a perda,nesses dias tenho me sentido mais sensível que o normal,talvez seja por causa dessa história e dessa casa.

Saio do box depois de limpar o resto,passo a toalha pelo corpo e logo percebo que esqueci a roupa novamente,daqui a pouco ele vai pensar que eu faço de propósito...

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