O pai sou eu!

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Meu pai e minha mãe estão sentados juntos no sofá conversando com Anne e Yuri. O que ele estão fazendo aqui? Não quero falar com eles.

— "O que vocês estão fazendo aqui?" — chego rapidamente na sala e o sorriso deles se fecham rapidamente, inclusive o de Yuri. — "Fiz uma pergunta."

Não falo com eles há semanas desde o dia em que minha mãe me mandou ir embora de casa.

— "Querida... Nós achamos que você estava tão fechada nessa semana, calada demais..." — Anne se levanta porém eu me afasto dela.

— "Nós?" — digo.

— "Sim, o Yuri e eu..." — olho na direção do Yuri. Ele jurou que não iria ligar para minha mãe. — "Enfim, por você parecer estar tão triste achamos que chamar seus pais aqui resolveria tudo." — Ela diz.

— "Resolveria? Só está piorando tudo e Yuri eu achei que fosse meu amigo." — seguro as lágrimas

— "Filha, por favor, eu e sua mãe estamos preocupados com você." — meu pai se aproxima. — "Você rejeitou as minhas ligações."

— "Preocupados comigo? Vocês nunca foram bons pais e agora estão ai sentadinhos pagando de bons pais... Vai cuidar da sua família lá na China papaizinho." — faço gestos loucos.

— "Gabriela não pode falar assim comigo ou com seu pai, estamos aqui porque queremos saber do por quê você não fala quem é o pai do seu bebê." — Minha mãe se levanta enquanto Yuri continua calado no sofá.

Bom, eu não falo porque eu ainda não tenho certeza de quem seja o pai e um teste de dna é muito caro porém o Yuri disse que iria arrumar a grana mas até agora nada.

Penso em falar isso mas mudo de idéia...

Eu poderia pagar o teste mas minha mãe tirou toda a minha grana quando me mandou ir embora.

— "Eu não falo porque não é da conta de vocês dois. Vão embora daqui." — digo.

— "Por que não diz logo?" — Minha mãe pergunta.

— "Então é disso que se trata todo esse show? Você só veio aqui com o papai pra ele poder ver o tipo de filha péssima que eu me tornei?" — digo.

— "Só queremos saber quem é o pai." — meu pai fala alto com minha mãe.

— "Eu não vou falar nada para vocês, Eu não vou." — grito alto e Yuri finalmente se pronúncia.

— "EU SOU O PAI CARALHO, NÃO ERA ISSO QUE VOCÊS QUERIAM SABER PORRA? AGORA SABEM." — Yuri se levanta nervoso.

— "Yuri para de falar merda." — eu grito chorando.

— "Eu só estou falando a verdade Gabriela, fala pra eles? eles precisam saber disso, precisam saber que O PAI SOU EU, eles precisam saber que sou eu e é por isso que eu deixei você morar aqui!" — ele fala e eu saio correndo porta à fora.

Yuri não é o pai...
Não pode ser...
Isso é impossível?...  Por que ele não me contou antes? Iria me poupar de tanto caos.

Ignoro os gritos de Yuri e continuo correndo sem rumo...
Eu esbarro em uma garota muito branca em uma moto porém eu reconheço o cabelo vermelho dela...

MÃE, TÔ GRÁVIDA!! (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora