Se estiver ouvindo...

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Yuri

Não consigo prestar atenção direito na aula, minha mente está focada em onde Lola pode estar. Preciso falar com ela. Assim que o sinal da última aula toca eu vou atrás dela e lá está ela junto com outras garotas.

— "Lorrane? Preciso falar com você." — falo mas ela me ignora. Com certeza já deve saber da nova. — "Lorrane?"

— "Garotas depois a gente se fala... O que você quer Yuri?" — Ela diz apressada.

— "Preciso que me ajude a conseguir falar com a Gabi." — digo. Ela é a minha única chance.

— "Você tá louco? A Gabi já me contou sobre a sua pizada de bola, sinto muito meu querido." — Ela tenta se retirar.

— "Lola por favor? Eu estou tentando ligar para ela faz 2 dias e ela não me responde." — seguro o pulso dela. — "Sei que eu fui idiota mas eu preciso me reconciliar com ela."

— "Você merece esse castigo baby..." — Ela diz.

— "Por favor Lola. Eu só preciso que chame ela até a sua casa e ai eu vou poder falar com ela... Você só precisa fazer isso, o resto eu cuido." — imploro.

Ela pensa por um momento e bufa.

— "Tá bom, mas só vou fazer isso porque eu shippo Yubriela, esteja amanhã na minha casa às 18:30... Vou tentar fazer ela ir lá." — Ela diz.

— "Que porra é Yubriela??" — pergunto confuso.

— "Ué, é o shipp de vocês dois, eu acabei de criar." — Ela diz animada e sai, eu sorrio indo para casa. É cada uma!

Ao chegar perto de casa, vejo o carro de Lucas parado e o próprio tentando colocar a caixa com o berço dentro do porta-malas.

— "Ei por que você tá levando isso?" — pergunto tentando tirar a caixa do carro.

— "Ela pediu para que eu viesse pegar." — ele sorri malicioso.

— "Pediu? Você tá louco? Não. Você não vai levar... Se ela quiser ela pode vir pegar mas você não vai levar." — digo porém Lucas me toca.

— "Yuri, ela não quer saber de você. Deixa ela seguir em frente... Ela não te ama mais, conselho de amigo." — ele me olha.

— "Ah e ela te ama?" — falo ironico. — "Pensei que fosse meu amigo mas está querendo roubar a minha namorada, pelo o que parece."

— "Cara se liga, ela não é mais sua namorada." — ele ri. — "Eu vim quando soube o que você fez. Tinha que ver quando ela me viu, ela veio correndo para os meus braços em busca de apoio coisa que você não fez e depois me pediu desculpas dizendo que sempre me amou." — ele fala.

Ela fez isso? Não pode ser.
Fico paralisado vendo Lucas pôr o resto das coisas no carro e sumir de vista.

— "Mãe a senhora deixou o Lucas levar as coisas do bebê?" — entro em casa largando a mochila em algum lugar.

— "Deixei. Ela pediu para que ele viesse.."  — Ela fala.

— "Mas não..." — sou interrompido.

— "Yuri chega! Ela é a mãe mas você não é o pai verdadeiro, não pode agir como se aquele bebê fosse seu... Se ela quis que o Lucas buscasse as coisas então deixei ele levar." — Minha mãe diz.

Eu reviro os olhos revoltado e subo para o meu quarto. Tento ligar para Gabi mais algumas vezes. Lembro que minha mãe tinha o número da casa dela então decido deixar uma mensagem no telefone fixo.

— "Gabriela se estiver ouvindo, por favor atende. Eu sei que o que eu fiz foi errado e você tem toda a razão de estar magoada comigo mas eu amo você. Amo você de um jeito que chega a ser único. Sei que..." — começo a dizer tudo o que sinto enquanto o telefone ainda está mudo.

Continuo falando mas uma respiração soa do outro lado...  — "Gabriela?" — eu digo.

MÃE, TÔ GRÁVIDA!! (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora