Amigo de cú é rola 2.0

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Eu estou completamente F-O-D-I-DA. Sei que minha mãe está muito decepcionada comigo mas nunca imaginei que ela um dia viria me expulsar de casa mas ela estava muito brava, foi a gota d'água tenho que admitir.

Não tenho para onde ir à não ser buscar ajuda aos meus amigos. Pego minha mala e vou direto para casa de Lola. As pessoas olham para mim e eu já gritei "Tá olhando oque?" ou "Vai se foder" umas mil vezes para elas.

Assim que chego na casa de Lola sua mãe toda sorridente porém toda plastificada abre a porta. Ela sempre achou que eu era um mal-caminho para a Lola, até porque sua filha é uma "anjinha".

- "Oi, a Lola está em casa?" - pergunto.

- "Sim, ela está no quarto dela com Christy, Chloe e Eliza, pode entrar." - Ela finge um sorriso forçado e me vigia ao subir as escadas.

- "Vocês não vão acreditar no que aconteceu!" - entro no quarto e elas se assustam.

- "Calma aí, vamos querer bater na porta antes de entrar não é querida?" - Lola fala brincando.

- "Eu não estou com tempo para isso... Minha mãe me expulsou de casa e eu preciso que vocês me deixem ficar na casa de vocês... Por alguns dias" - sento na cama já indo ao ponto.

- "Calma aí, vamos ir devagar.. A sua mãe fez o quê?" - Christy pergunta chocada.

- "Ela me expulsou de casa e blá-blá-blá, eu nem cheguei a contar para ela, ela achou o teste na lixeira do meu banheiro." - digo triste.

- "Gabi como você é burra, você foi jogar fora logo na lixeira do banheiro?" - Eliza grita.

- "Eu não sabia que ela iria olhar lá, e o teste estava logo em cima então ela não teve problemas em achar." - esfrego a testa frustrada.

- "Como você é burra senhor." - Lola exagera.

- "Preciso que me deixem ficar na casa de vocês." - seguro o choro. Elas pensam por um momento.

- "Minha mãe não iria deixar você ficar aqui." - Lola diz primeiro.

- "Por que?" - eu retruco

- "Porque você sabe que ela não gosta nem um pouco de você... Minha mãe nunca iria deixar" - Lola diz séria.

- "Ok, mas e vocês três? Os dormitórios da faculdade?" - toco na perna da Eliza mas elas ficam quietas. Como se não quisessem me ajudar. - "Vão falar que a mãe de vocês também não deixam?"

- "Minha mãe também não iria permitir" - Christy tenta falar mas eu interrompo.

- "Quer saber, eu já sei que vocês não querem que eu fique com vocês, vocês não me querem, mas tudo bem, eu arrumo outro lugar... Achei que fossem minhas amigas!" - limpo o rosto e saio ouvindo elas correndo atrás de mim.

Não quero saber delas, lembro que minha mãe sempre dizia que elas nunca eram minhas amigas de verdade e hoje estou vendo.

- "Espera Gabi... Somos suas amigas sim mas você precisa entender que as nossas mães nunca deixariam você passar uns dias nas nossas casas e os dormitórios também estão cheios." - Lola segura meu braço e sussurra para sua mãe não ouvir.

- "E para onde eu vou então?" - sento na calçada.

- "Você poderia ficar na casa do Yuri, é aqui perto mesmo." - uma delas diz e eu me exalto.

- "Sem chance que eu vou ficar na casa daquele babaca." - digo.

- "Ele é a sua única chance, você conheçe ele muito bem e é bem melhor do que ficar na casa de pessoas que você não conheçe." - Eliza fala e as outras concordam.

- "Parece que eu não tenho escolha né?" - elas fazem que sim com a cabeça.

****

Paro em frente à uma casa. A maldita casa em que eu jurei nunca mais entrar. A casa dele, a casa de Yuri Paiva. A mãe dele me conheçe, ele me conheçe, pelo o menos é bem melhor do que ficar na casa de desconhecidos. Não tenho escolha por isso respiro fundo e toco a campainha. Paro de respirar quando vejo o próprio abrindo a porta... CARALHO? CARALHO.

MÃE, TÔ GRÁVIDA!! (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora