Capítulo 30

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*Cameron narrando*

Alguns minutos depois que ela saiu eu recebi uma ligação do celular dela então atendi imediatamente.

- Alô?

- Olá, nós somos do hospital e informamos que a dona deste telemóvel sofreu um acidente de trânsito gravíssimo, o senhor era a última chamada então discamos para você.

- NÃO! Ela sofreu um acidente? Qual é o estado dela?

- Estamos examinando-a mas acredito que ela esteja estável.

- Me passa o endereço desse hospital agora!

- Claro, rua xxxxxxx número xxx.

- Obrigado, estou a caminho com os familiares dela.

Encerrei aquela chamada e liguei para o Nash, já que eu não tenho o número dos pais dela, pedi pra ele levar os pais e me encontrar no hospital, e lá eu explicaria. Cheguei lá, esperei alguns minutos e Nash já tinha chegado.

- Cameron, o que aconteceu? - ele perguntou um pouco exaltado.

- É melhor vocês se sentarem. - os três sentaram ao meu lado e eu finalmente falei. - Ela sofreu um acidente.

- ELA O QUE? - Nash gritou e um médico apareceu.

- Familiares de Bridget Grier? - o médico chamou e os pais dela foram até lá. - Ela perdeu muito sangue, algum de vocês tem sangue tipo B+?

- Eu tenho. - a mãe dela (Elizabeth) seguiu o médico até algum dos corredores e Chad (pai dela) voltou a se sentar.

- Pai, minha irmã é forte, ela vai passar por cima disso. - Nash falou e eu percebi que eu mesmo já estava chorando. - Cam, você sabe o que aconteceu?

- Não, eles só me falaram que foi um acidente de trânsito gravíssimo. Eu não faço ideia do que aconteceu... Tudo que eu sei é que nós brigamos, em seguida ela brigou com o Gilinsky e saiu correndo, pegou o carro e estava voltando para casa.

- Por que vocês brigaram? - ele perguntou e eu só neguei, não queria falar disso. - ME CONTA!

- Eu recebi uma foto dela e do Gilinsky se beijando, aí a gente brigou porque ela disse que eu confio mais na Madison, que me mandou a tal foto, do que nela. - falei e limpei as lágrimas. - Não me pede pra falar disso de novo, Nash, eu só quero ver a sua irmã bem.

- Espera, ela tava beijando o Gilinsky? O Gilinsky melhor amigo dela?

- Ela disse que eles queriam ver se era só amizade mesmo e sim, é só amizade. -falei me levantando. - Vou tomar um ar, me avisa quando tiver notícias dela.

Saí dali e fiquei perto de uma área que tinha um jardim enorme, peguei meu celular e mesmo sabendo que não teria resposta comecei a mandar várias mensagens.

Cam: Me perdoa, amor.

Cam: Não sei o que vai acontecer comigo se eu perder você.

Cam: Eu não quero que meu último momento com você seja uma briga.

Cam: Eu te amo muito pra isso.

Cam: Volta pra mim, eu preciso de você aqui comigo, todos nós precisamos. Eu, seu irmão, seu pai, sua mãe, o Gilinsky, a Lox, nosso afilhado, todos nós.

Cam: Eu não posso ficar sem você.

Cam: Eu sei que parte da culpa é minha.

Cam: Você não deveria ter saído dirigindo enquanto estava chorando.

Cam: Você poderia ter ficado lá em casa apesar das brigas, estaríamos bem.

Cam: Você não estaria no hospital.

Cam: Eu não estaria desesperado pra saber do seu estado.

Cam: Absolutamente nada disso estaria acontecendo se eu não tivesse recebido aquela maldita foto.

Cam: Eu te amo, espero que você me perdoe quando acordar.

Guardei o celular no bolso da calça e deixei algumas lágrimas silenciosas escorrerem pelo meu rosto. Sim, esse é meu jeito de sofrer, sozinho, em silêncio e com tudo se revirando na minha cabeça. Eu sentia como se ela estivesse ali do meu lado, me abraçando forte como nunca.

E eu só queria que fosse verdade.

Senti uma mão no meu ombro e levantei o olhar, vendo Nash ali parado na minha frente.

- Ela já está no quarto. Meus pais foram vê-la, eu vou depois, quer ir junto? Só podem entrar duas pessoas por vez. - ele explicou e eu só assenti. - Ei, ela não ia gostar de te ver assim, ela te ama, faz um esforço.

- Vamos. - me levantei e entramos de novo no hospital e os pais dela já tinham saído do quarto dela.

Eu e Nash subimos algumas escadas e andamos pelo último corredor até achar o quarto 153 A.

- Ela está realmente mal e machucada, tenta não entrar em desespero, o médico falou que ela bateu de frente com um caminhão que estava na contra mão e não tinha pra onde desviar. - Ele falou e eu apoiei a testa na parede.

- Você não faz ideia do quão culpado eu me sinto, e eu acho que eu vou ter um ataque de pânico. Vamos logo, Nash, eu preciso dela.

Ele abriu a porta e eu entrei em disparada, me sentei ao lado dela na maca e segurando a mão dela fiquei a encarando. Nash se sentou do outro lado e ele estava no mesmo estado que eu, os olhos azuis dele já tinham os cantos vermelhos.

- Ela sempre foi tão alegre, sabe? Eu não consigo imaginar a minha irmã sem um sorriso no rosto, sem toda a felicidade que ela tem e nos dá quando precisamos. - Nash falou e eu só assentia. - Eu amo minha irmã mais que tudo nessa vida, ela é minha princesinha, tão linda.

- Eu sei, ela sabe ser feliz sem precisar de muito ou depender de alguém pra fazer a felicidade dela. Tudo na sua irmã me fascina. Nash, eu tô com medo.

- Não fala assim, ela é forte e vai passar por cima, vocês vão conversar e vai dar tudo certo. - ele falou otimista. - Você pode ficar com ela? Já passa das onze e eu deixei a Lox com o Kile sozinha em casa.

- Tudo bem, eu durmo aqui no hospital essa noite. - falei, nos despedimos e ele saiu. - Tão linda, tão amável, como queria poder dizer que é minha... Amor, você precisa ser forte e passar por isso logo, pela sua família e todos os seus amigos. Acorda logo. Eu te amo mais do que tudo.

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