Capítulo II

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- Mãe! Eu 'to indo! - Grito da sala.

- Vai com cuidado! Cuidado com esse fone no ouvido. Você sempre ouve muito alto e as ruas são movimentadas. - Grita da cozinha.

— Tudo bem.

Saio de casa e ponho meus fones de ouvido. Eu amo ouvir música, mas acredito que isso seja ponto pacífico entre a maioria das pessoas. Cada música me provoca uma emoção diferente e eu adoro usar a música como pano de fundo para criar diversos cenários em minha mente. A forma como uma certa música me tocava ditava a história ou o rumos da trama em minha cabeça. Confeço que isso já era um vício, eu não conseguia apenas ouvir uma música sem pensar ou imaginar nada, era difícil para mim me concentrar ou manter minha mente calada.

Começo a passar as músicas até achar a que eu quero: house of cards.

Tto witaerwo tto wihomae. So bad (whay) uri yeah! - Eu comecei a balbuciar a música enquanto ia para o colégio.

Eu comecei a balbuciar a música enquanto ia para o colégio.

Engraçado, eu sempre achei o V muito parecido com o Taehyung, só que o V é fofo e engraçado. Já o idiota do meu colégio...

Entro na escola e vou para direto para minha sala. Na maioria das vezes eu não chegava no colégio com muita folga de tempo, prezava por dormir o máximo de tempo que podia e aproveitar aquela sensação gostosa de sonolencia e quentura que se manter na cama assim que se acorda traz, por isso não conseguia aproveitar o ambiente escolar, sentar no jardin, passear pelos corredores, sentar na quadra conversando com a Sun ou outros colegas antes do início das aulas como a maioria faz. Meu sono em primeiro lugar sempre!- Oi! - Digo para Sun quando me sento ao seu lado.

— Oi! - Digo para Sun quando me sento ao seu lado.

— Oi... - Sua voz estava triste e baixa. Ela não olhava para mim. Parecia envergonhada ou como se precisasse esconder algo.

— O que houve? - Minha testa curva-se em preocupação. Eu me sentia responsável pela pequena Sun, sentia como se ela fosse uma preciosidade, uma florzinha delicada que poderia se desmanchar com um toque muito brusco.

Eu sou completamente encantada pela Sun desde o nosso primeiro contato. Os olhos grandes refletiam doçura, fragilidade e um Q de tristeza. A pele era muito pálida, parecia que se ela recebesse um corte nenhuma gosta de sangue sairia de si. Seus cabelos eram negros e brilhosos e se encerravam em seus ombros a exceção de sua franja que findava um pouco acima dos seus olhos. Era um corte de cabelo fofo, combinava com sua personalidade e aparência. A estatura pequena e esbelta, sem excessos... Tudo em Sun era delicado, fofo e, a exceção dos seus olhos, pequeno harmonizando perfeitamente. Eu até mesmo sentia um pouco de inveja de toda a sua delicadeza, de como as mãozinhas pequenas pegavam as coisas com levaza, de como sua voz era doce e aguda ao passo que eu sempre fui um pouco mais bruta. O problema é que a delicadeza de Sun não residia apenas em sua aparencia, ela era muito frágil também, estremamente sensível e preocupada e não magoar mesmo aqueles que a feriam. Ela precisava ser protegida e eu me sentia obrigada a protege-la.

- Nada, por que? -Sua voz falha um pouco e ela me encara para dar um sorriso lateral forçado.

- Você não fez de novo, não é? -Sua voz falha um pouco e ela me encara para dar um sorriso lateral forçado.

Ela balança a cabeça negativamente e retorna a fitar a mesa mantendo suas mãos unidas em cima da madeira, mas posso sentir que ela não está sendo sincera. Eu a fito por alguns segundo analisando seu perfil e então separo suas mãos trazendo uma delas para mais perto de mim. Sun tenta puxar o braço de volta enquanto me pede, com um certo desespero, para eu parar, mas eu consigo ser mais forte e puxo a manga de tom amarelo pastel que cobria seu braç observando os cortes recentes.

Estupidamente ArroganteOnde histórias criam vida. Descubra agora