Capítulo XLIII

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Taehyung tenta vir em minha direção mais uma vez e escutamos o barulho do tiro. Posso sentir um liquido quente molhar minhas costas e posso ouvir os gemidos de agonia vindos do Jungkook. Meu corpo se encolhe involuntariamente quando sinto o corpo do Namjoon cair atrás de mim.

— Ninguém meche com a minha filha! - Aquela voz era familiar.

Meus olhos desviam para a porta e minha visão turva capta uma figura que conheço bem. Meu pai estava na porta com duas armas na mão apontada para cada um dos meninos.

— Ele atirou mesmo? - Era o Jimin

— C-como vocês chegaram aqui tão rápido? - Sun pergunta, ela está mais pálida que o normal.

— Ele já estava a caminho quando eu liguei.

— Oh, meu Deus! - Sun começa a derramar lágrimas. - Ele morreu? - Aponta com a cabeça para algo atrás de mim. - Por que ele está tão quieto?

— Eu olho para trás e vejo Namjoon deitado e imóvel sob o próprio sangue.

— Aaahh! - Exclamo sem forças e me afasto.

— Calma, tá tudo bem. - Taehyung me abraça por trás sussurrando as palavras em meu ouvido.

— Tire as mãos da minha filha! Ela não estaria aqui se não por sua causa! - Meu pai esbraveja e nos separa com brutalidade.

— Você está louco? Quer dizer que eu mandei a sequestrarem? Mas o que diabos se passa na sua cabeça? - Taehyung fala agressivamente.

— Sabe o por que de ela estar aqui? Isso é culpa do seu papai! Aquele desgraçado pôs a vida da minha filha em risco por um problema que deveria ficar entre nós! Eu tomei todas as precauções para a minha família ficar longe de tudo, mas o desgraçado do seu pai pôs tudo a perder e por causa disso eu quase perdi a coisa mais preciosa da minha vida!

— Você bebeu? - Taehyung fala claramente confuso.

— Eu estou bem sóbrio. Sóbrio o suficiente para ter o prazer de pagar na mesma moeda. - Mira a arma na cabeça do Tae.

Meu corpo clamava por descanso, mas as pessoas a minha volta não ajudavam. Nem sei descrever como me senti quando vi me pai aponta a arma para o Tae, acho que meu corpo já não tem mais nenhuma substância pra liberar, todo o estoque de adrenalina, noradrenalina e todo o resto já foi gasto. Reunindo forças que não tenho ocupo mais espaço a frente de Tae com os braços abertos, minha respiração está ofegante e eu quase não consigo proferir.

— Não faça isso! Não faça, por favor. O Tae não pode ser... Responsabilizado pelas... A.. Atitudes do pai dele. O Taehyung não sabia de nada.. Não atire, por favor.

— Sai da frente Sook. - Meu pai ordena.

— Mas o que diabos o meu pai tem a ver com...

— Jungkook? Por que você está sangrando? E por que tem tanta gen... Desde quando o pai dela está.. Taehung? - Era a voz do Jin.

Droga Jin. Com tanta hora pra você brotar você decide fazer isso logo agora? Jura?

— Pai? O que você tá fazendo aqui?

— Ninguém merece drama familiar. - Jungkook revira os olhos.

— Você cala a boca moleque, antes que eu acabe com você agora mesmo! - Meu pai diz ríspido.

— Se você for esperto vai fazer isso mesmo porque se eu sobreviver saiba que vou atrás de você e da sua filhinha querida. - Jongkook ameaça.

— Cala a boca! Você por acaso é burro moleque? Quer morrer? - Sun grita.

— Jungkook por que está falando assim? - Jin.

— Por que eu quero!

— Olha o respeito moleque! Eu sou seu superior!

— Superior o caralho! Você ainda não se ligou no que está acontecendo, não?

— Ele é um mafioso, Jin. - Falo debilmente. - Ele queria matar a todos nós.

— O que? - Jin fala perplexo.

— Você viu o risco que impôs a minha filha?! - Meu pai questiona a Jin.

— Pai o que você tem a ver com isso?

— Ele trabalha pra polícia. - Meu api responde.

— Disso eu sei, mas..

— Ele não é um funcionario qualquer ele ocupa um posto importante, é um desgraçado que está atrás de mim há anos e quase matou a minha filha pra conseguir o que queria!

— Pera.. que?

— Taehyung eu posso explicar... - Jin.

— Foi você quem sequestrou a Sook, pai?

— Sim, ma não é do jeito que você está pensando.

— VOCÊ SEQUESTROU AMINHA NAMORADA? VOCÊ VIU TODA A ANGÚSTIA QUE EU ESTAVA PASSANDO E AINDA TINHA A CORAGEM DE ME PEDIR CALMA E DIZER QUE IA FICAR TIUDO BEM QUANDO NA VERDADE O PERIGO ERA VOCÊ E AINDA A DEIXOU SOZINHA COM AQUELE DESGRAÇADO!? - Aponto para Jungkook.

— Taehyung não é do jeito que você está pensando...

— COMO NÃO? VOCÊ A SEQUESTROU! VOCÊ MENTIU FRIAMENTE!

— É o meu trabalho.

— FODA-SE O SEU TRABALHO, ELA NÃO É UMA COISA PRA VOCÊ USAR COMO ISCA! EU SOU SEU FILHO! COMO MEU SOFRIMENTO PODE NÃO SIGNIFICAR NADA PARA VOCÊ?

— Tae, por favor, não brigue com seu pai. Apesar de tudo, ele me tratou muito bem, ele é um verdadeiro principe. - Sorrio fraco.

— Não acredito que você está dizendo isso. - Meu pai diz indignado.

— Será que dá pra acabar esse draminha aí? Eu levei um tiro, preciso de um médico. - Jongkook nos interrompe.

— CALA A BOCA! - Todos falamos.

— Bom, agora que as coisas já estão melhores acho que já posso. - Falo.

— Já pode o que? - Tae pergunta.

Não tenho forças pra responder, apenas sinto meu corpo ser sustentado pelos braços do Taehyung enquanto eu caia e sentia toda a minha vista escurecer.

Estupidamente ArroganteOnde histórias criam vida. Descubra agora