Capítulo XIX

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Se passaram alguns dias desde o ocorrido com Taehyung e, depois de ter me zoado por dias de diversas formas diferentes, ele finalmente me deixou em paz com relação a isso. A sun ainda me ignora, muda de caminho quando me vê ou simplemenste direciona o olhar para otro local. Sinto falta dela, muita falta.

Entro no colégio e vejo um amontoado de gente na frente do mural. Com dificuldade vou me esgueirando pela multidão até chegar na frente dele e ver o cartaz que falava sobre o baile de primavera. Claro, o que mais causaria tanto alvoroço?

A única parte boa disso é que depois do baile finalmente vem as férias. No começo do ano eu tinha planos de ir com a Sun, mas agora eu ficaria completamente sozinha. Eu não tinha acompanhante e meus colegas com certeza já devem ter se arranjado. Aposto que Calissa já estava cheia de pretendentes e com certaza o JB e o Mark iriam correr atrás das garotas bonitas d colégio.

Saio dali e entro na sala. Vejo Sun em seu lugar conversando com o Suga e eu vou para meu assento. As aulas passam lenta e tediosamente.

O sinal toca e somos liberados para voltarmos ao conforto dos nossos lares.

Eu caminhava distraidamente pela rua pensando em meus problemas. Pensava nos meus pais e em como eles ainda não se resolveram, pensei na Sun e numa maneira de ela me perdoar... Pensava até mesmo em Taehyung, ele criou o péssimo hábito de invadir os meus pensamentos sem a minha autorização.

Eu estava perdida em meus meus pensamentos quando de repente sinto meu corpo bater com força contra algo e depois rolar para o lado. No fundo de minha mente haviam vozes preocupadas e minha visão embaçada mostrava uma silhueta saindo de um veículo, mas tudo fica escuro e silencioso.

Taehyung on

Quando sai do colégio e vi toda aquela multidão desesperada e curiosa, decidi ver o que estava acontecendo. Quando vi minha pabo jogada no chão e desacordada eu quase desmaiei também.

- O que aconteceu?! - Grito e me aproximo dela.

- Quem é você? - Um cara qualquer pergunta. - Você a conhece?

- Sou colega dela. O que houve?

- Ela apareceu na frente do meu carro...

Meu sangue ferveu. Ele havia feito aquilo com ela? Ele a estava culpando pelo erro dele?

— Você quem fez isso com ela?! - Puxo a gola de sua camisa.

- Eu não tive culpa. Ela apareceu do nada.

- Seu desgraçado!

Estava prestes a cometer uma besteira quando a ambulância chega. Os enfermeiros puseram seu corpo na maca e questionavam por alguém que a conhece.

— Eu a conheço. Eu vou com vocês.

                                                                               [...]

— O que houve com a minha filha?!

A mãe da Sook chega ao hospital desesperada. Eu tinha pegado o celular de Sook e procurado pelo número da mãe dela. A Sook era mesmo uma figura curiosa, deixava o celular sem senha, o diário sem cadeado ou pelo menos guardado em um lugar seguro, tomava banho na casa dos outros e não trancava a porta, acreditava nas mentiras mais absurdas... Ela era muito ingênua mesmo.

— Ela... foi atropelada. - Dizer aquilo foi difícil. — Eu só vi ela desmaiada quando saí da escola.

— Oh meu Deus... - Lágrimas escorriam por seu rosto. - Minha menina. - Passa as mãos de forma nervosa pelos cabelos.

Se eu já não soubesse, se já não a tivesse visto antes quando o diretor chamou a chamou para fazer uma advertencia sobre Sook que estava tentando me matar, eu não diria que elas eram mãe e filha. Sook não se parecia em nada com a mãe a não ser pela aparencia ocidental que ambas carregavam. Um homem havia entradfo junto com a mãe de Sook e pela proximidade deles acredito que ele seja o pai da garota, diferente da mãe ele sim era coreano.

— Vai ficar tudo bem... - O homem fala abraçando a mãe de Sook por trás.

— Como tudo bem?! A minha menina sofreu um acidente! Ela pode ter quebrado alguma coisa, pode estar em coma, poderia ter morrido! - O desespero ia crescendo nela a cada possibilidade falada.

Ouvir aquelas palavras me angustiou. Imaginar que alguma coisa grave pode ter acontecido a minha pequena, imaginar que ela poderia ter morrido... Isso parece obstruir minhas vias respiratórias.

— Você tem notícias dela? Te disseram alguma coisa? Falaram se ela está bem?- A mãe de Sook pergunta.

Nego com a cabeça.

— Não me disseram nada ainda. - Nego com a cabeça.

Eu já estava naquele hospital há quase uma hora e ninguém tinha vido me falar nada, eu já estava enlouqucendo ali sozinho e sem notícias. Desde que os pais de Sook chegaram passou-se mais algum tempo, porém eu havia parado de contar, não estava com cabeça para isso.-Sra. Kim? - O médico aparece.

— Kim Taehyung? - O médico aparece na sala. - Você quem está acompanhando a Srt. Yoon Sook, certo?

— Sim, mas os pais dela já chegaram. - Aponto para o casal que estava comigo naquela sala.

— Ah, sim. Senho e senhora Yoon? - O médico se dirige aos pais de Sook.

— Sim, doutor. - A mãe de Sook responde aflita. - Está tudo bem a minha menina? Aconteceu alguma coisa grave com ela? - As lágrimas já invadiam seu rosto de novo.

—Sra., a sua filha está bem. Não se preocupe. A batida não causou nenhuma sequela grave, mas ainda assim foi um impacto violento e, por isso ela está em coma induzido. Mas será por pouco tempo.

— Ai meu deus! - O desespero toma conta novamente da mulher que é amparada por seu marido.

Aquela notícia fez meu mundo cair também. O que eu faria se não tivesse mais a Sook para encher o saco? A quem eu irritaria agora? Como... Como eu poderia ficar sem ela?

Estupidamente ArroganteOnde histórias criam vida. Descubra agora