Capítulo XV

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Algo começa a tocar uma música irritante e vibrar insistentemente. Meu sono está bem pesado devido a quantidade de lágrimas que eu derramei ontem, mesmo assim aquele barulho interminável fez- me acordar.

Abro meus olhos e vejo meu celular tremer sobre o criado mudo. Estico meu braço e pego o aparelho.

Cinco e meia da matina. Quem diabos liga as cinco e meia da matina?!

O celular começa a tocar de novo e vejo que é Taehyung.

Claro.

- O que é coisa? - Atendo com a voz rouca de quem acabou de acordar.

- Lembra-se de que hoje você tem um compromisso comigo? Ótimo porque eu preciso de você urgente!

- O que aconteceu?  - Era uma resposta quase automática, meu cérebro ainda estava sonoleto.

- Não dá para falar por telefone, apenas venha rápido.

— Taehyung, são cinco e meia da manhã. Talvez eu passe aí mais tarde.

— Você não pode fazer isso, é urgente. Por qual outra razão eu te ligaria?

De fato, não é como se aquela coisa costumasse me ligar.

— Tá eu só vou...

- CORRE MULHER! - Desliga.

Eu levanto preguiçosamente com os olhos ainda fechados. Sair das cobertas era doloroso, o contato do corpo aquecido com o clima matianal frio não era nada agradável. Eu tomo um banho frio para despertar, entrar naquela água foi ainda mais doloroso e para enfrentar tal provação precisei fazer todo o rital de molhar as extremidades do corpo primeiro para só então me jogar naquela água gelada. Eu visto um short e uma blusa confortável; amarro meu cabelo em um coque, não estava com ânimo nenhum para enfrentá-lo aquela hora e pego a minha bolsa já abastecida com meu kit sobrevivência. Todas as minhas bolsas e mochilas ficam preparadas com um kit sobrevivência, toda garota deveria ter isso.

Antes de sair escrevo um bilhete para minha mãe deixando-o em cima do balcão.

                                                                                  [...]

Toco a campainha da casa de Taehyung repetidas vezes até ser atendida.

O garoto aparece na porta de sua casa usando calça pijama e uma camisa branca e começa a caminhar até mim.

- Por que demorou tanto? - Ele pergunta ao abrir a porta.

— Eu sei, eu vim o mais rápido que pude, mas não precisa agradecer.

Ele me puxa e entramos em sua casa.

- Qual a emergência.

— A Sra. Kang não pode vir hoje e eu não tenho ninguém para cuidar de mim.

Hahahahaha acho que eu não ouvi direito.

- VOCÊ ME ACORDOU AS CINCO DA MANHÃ PRA PAGAR DE EMPREGADA PRA VOCÊ, KIM TAEHYUNG?!

— Você leva tudo para um lado muito dramático. Eu te liguei porque precisava de ajuda e, como você mesmo gosta de repetir, você é uma ótima pessoa.

Estupidamente ArroganteOnde histórias criam vida. Descubra agora