Capítulo XVI

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Eu estava sem fazer nada em casa, por isso decidi dar uma volta no parque. Eu estava sentada no banco enquanto observava as cerejeiras e ouvia músicas lentas naquele clima meio frio. Era realmente o momento perfeito.

Estava distraída quando vejo alguém com quem eu queria falar há muito tempo.

— Hoseok ssi! - Grito o garoto de cabelos ruivos.

Ele olha na minha direção e parecia meio desconfortável, mesmo assim veio até mim.

— Oi Sook. Quanto tempo. - Aquele sorriso enorme e animado tão característico de Jung Hoseok não estava presente. Na verdade, ele parecia bem abatido.

— Você sumiu, gostaria de falar com você. - Sorri docemente.

— Já imagino sobre o que. - O garoto se senta ao meu lado.

— Não tem como dizer de outro jeito ou não ser invasiva, por isso vou direto ao ponto. O que houve com você e a Sun? Você parecia gostar tanto dela.

— Eu a amo mais que a mim mesmo, por isso fiz o que fiz. -Havia dor em seus olhos o que me causava sensação de estranhesa. Jung Hoseok sempre foi uma pessoa muito alegre, eu nunca o tinha visto triste antes.

— Eu não entendo.

Ele suspira e olha para frente.

— O pai dela disse que seria melhor assim.

— O pai dela?

— Você sabe que ele nunca aceitou muito bem o nosso namoro. Ele quase me matou quando descobriu que Sun e eu namoravamos em segredo e só Deus sabe o que ele teria feito se soubesse que a esposa nos acobertava. Eu não sei qual o milagre que fez com que ele tolerace nosso namoro por todo aquele tempo, mas parece que ele cansou. O pai dela disse que se eu não me afastasse dela tanto a Sun quanto a mãe dela sofreriam as consequências. Aquele homem é um louco possessivo e elas por alguma razão não fazem nada para se livrar dele. A pequena Sun já sofre tanto, eu não queria ser o motivo de mais um sofremento para ela. - Suspira. Eu me conforto observando-a de longe e dizendo a mim mesmo todo dia que fiz o melhor para ela.

— Eu não acredito nisso, eu não sei nem o que dizer.

— Elas precisam se libertar daquele homem, ele está destruindo a vida das duas. É um apego doentio que elas mantém com ele.

— Eu sinto muito Hobi. A Sun sente muito a sua falta.

— Agora ela tem alguém para confortá-la.

— Como assim?

— Eu sei que ela tá saindo com um cara.

Droga.

— Eles são só amigos.

— Agora.

— Ela ainda ama você.

— Eu só me preocupo porque sei que se o pai dela descobrir isso, eles terão o mesmo fim que nós dois tivemos. Mas seja como for, espero que ela consiga ser feliz e seguir em frente.

Eu sei que ele está morrendo por dentro e é por isso que eu adoro o Hobi, ele sempre pensa na Sun antes.

— A pequena sun. - Sorri. - Eu sinto falta dela, dos sorrisos dela e das nossas brincadeiras idiotas. - Encara o chão. - Não... Não conta nada pra ela.

— Hobi eu não posso prometer isso.

— Eu não sei como ela reagiria se descobrisse e não quero que ela tome nenhuma atitude que possa fazer mal a ela. Não quero ser o responsável por nada que não faça bem a Sun.

— A culpa não seria sua, Hobi, mas do pai dele. Ele é o problema.

Estupidamente ArroganteOnde histórias criam vida. Descubra agora