Capítulo XIV

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Glória ao sagrado! Gloria ao sagrado! Hoje é sexta feira!

Eu fico muito feliz as sextas feiras. Primeiro é o último dia de aula da semana, segundo tem aulas de música! Eu amo música. Mas quem não ama, não é mesmo?

- Tudo bem turma, hoje testaremos seus conhecimentos. - A professora começa. - A aula hoje eu dou de presente a vocês para que usem suas habilidades tanto no canto quanto em instrumentos. Alguém gostaria de começar?

Ninguém se pronúncia.

- Sério? Eu estou tentando fazer uma aula divertida, mas já que vocês querem teoria...

- Não! - A sala inteira grita.

- Sendo assim, quem será o primeiro?

- Eu posso tocar piano. - Yoongi fala.

-Maravilhoso! - A professora exclama animada saindo da frente do instrumento. - Por favor. - Indica o assento.

Yoongi se senta em frente ao piano e olha para a Sun sorrindo logo em seguida. Ele volta a encarar o piano e começa a tocar.

Seus dedos são hábeis e ele toca com leveza. Do piano começa a sair uma música suave e calma fazendo com que todos nós ficassemos hipnotizados.

- Tteoreojyeo nallineun jeogi nagyeopcheoreom Himeobsi seureojyeoman ga, nae sarangi - Jimin começou a cantar calmamente com sua voz doce deixando aquele momento ainda mais perfeito.

Eles acabam a música e a sala inteira aplaude.

- Isso foi lindo! - A professora fala com lágrimas nos olhos. - Isso é uma prova de que há artistas em nossa escola! Alguém mais quer tentar?

Várias pessoas foram mostrar suas habilidades também e a aula passou bem rápido.

                                                                                 [...]

Enquanto eu caminhava nos corredores de volta para a sala sinto meu corpo ser empurrado e quase caio com o impacto. Olho para trás de vejo a Eunhi.

- 'Tá maluca?

— Eu vi você e o Jimin juntos. EU QUERO QUE VOCÊ MANTENHA DISTANCIA DELE!

— Primeiro, toca em mim mais uma vez e eu arranco todos os seus dentes. Sengundo, eu não te devo obediência. Terceiro, Jimin é um homem livre, não tem nada com você e pode falar com quem ele quiser.

— Você quer mesmo entrar em uma disputa comigo?

— Se enxerrga garota! Eu quero que você saia do meu pé e, se tiver alguma consideração por si mesma, pare de se humilhar por um cara que já te disse de diversas maneiras que não quer nada com você. - Me aproximo mais da garota. - Você está avisada. Entre no meu caminho de novo e nós teremos um problema.

                                                                                    [...]

— Oi mãe. - Falo assim que chego que casa.

— Ah, oi filha. - Vira o rosto em direção oposta a mim passando as mãos nervosamente nele. - Como foi a aula hoje? - Volta a me encarar.

— O que houve? - Pergunto preocupada me aproximando de si.

A mulher estava com as feições inchadas e avermelhadas e sua voz estava um pouco trêmmula.

- Nada, por que? - - Força um sorriso.

— Não precisa desfarçar, você claramente estava chorando.

— Impressão sua, amor.

— Por favor, mamãe. Sabe que pode me contar qualquer coisa.

Ela desvia o olhar tentando prender o choro.

— Acho que estamos acabando filha, seu pai e eu. Acho que a gente não vai mais durar muito.

Tudo bem, eu não estava preparada para isso.

— Como assim? - Pergunto nervosa.

Mesmo que em toda a minha vida meu pai nunca estivesse cem por cento presente, mesmo que nem sempre ele estivesse conosco... Ele sempre voltava, sempre tinhamos nossos momentos juntos, os risos, as memórias. Mesmo que na maioria das vezes fosse minha mãe e eu, eu saboa que ele iria voltar. Mas o que eu teria se eles terminassem? Não haveria mais a esperança de que ele voltasse, eu não teria mais por quem esperar.

— Estamos sempre longe porque ele viaja de mais e... Temos brigado muito por causa disso.

— Mas isso... - Engulo o nó que se forma em minha garganta. - Não é coisa de casal? Digo, casais brigam o tempo todo. - Mordo o lábio lutando contra as minhas lágrimas. Eu precisava dar suporte a minha mãe agora, ela era a pessoa mais importante no momento.

— Brigas constantes não são saudáveis, Sook, principalmente com a distancia que é frequente em nosso relacionamento. O que mais me mata é que ele parece não fazer questão nenhuma de manter contato, como se esquecesse que existimos enquanti está em suas viagens.

Eu queria ligar para o meu pai, ligar logo após aquela conversa e implora para que ele fosse um marido melhor para a minha mãe, para que ele mantivesse nossa família, mas eu sabia que ele não me atenderia como não me atendeu ao longo dos dias que antecederam essa conversa.

— Bom, eu não posso ser egoísta e pedir que você se mantenha em um relacionamento que não te faz feliz só por minha causa. - Não pude evitar que as lágrimas quentes escorrecem pelo rosto. - Eu só quero que saiba que eu vou te apoiar sempre seja no que for. Você sempre me deu o melhor e eu quero o melhor para você.

— Eu sei. Eu te amo minha filha. - Me abraça apertado.

— Eu também.

Estupidamente ArroganteOnde histórias criam vida. Descubra agora