Até conhecer o Liam, nunca soube o verdadeiro significado da palavra amor. Conhecemo-nos por mero acaso e acabou por se tornar no acaso mais lindo da minha vida. Quando fizemos 3 anos de namoro tinhamos a certesa de que o nosso amor era daqueles mesmo raros, é tipo aqueles dos contos de fadas.
Eu sei que nada é para sempre, por isso é que eu apenas digo como nos contos de fadas, eu sou feliz com o Liam como nunca fui com ninguém, eu tenho a certeza de que ele é o homem da minha vida, aquele com quem eu quero passar o resto da minha vida, é a ele que eu quero como pai dos meus filhos. Eu só vejo a minha vida com ele, sem ele, eu não seria nada, não seria ninguém. Talvez encontrasse alguém que me podesse fazer feliz, mas tenho a certesa de que nunca me faria tão feliz como o Liam faz.
Quando fizemos 4 anos de namoro, pensámos em ter um filho. Tentámos, tentámos, mas eu nunca engravidava, e por isso decidimos ir ao médico de familia. Depois de fazer alguns examens, vim a descobrir que não posso ter filhos.
Foi um sonho destruido ouvir aquilo, no momento começei a chorar e logo o Liam me reconfortou e disse que iamos arranjar maneira. Podia não ser nosso filho, mas iria ser como fosse um, e foi dai que veio a ideia de adotar uma criança. Planeamos bem as coisas e, só quando tivemos mesmo a certesa de que era aquilo que queriamos fazer, fomos até ao orfanato.
Tempos antes de irmos, já tinhamos decorado o quarto, tinhamo-lo enchido com brinquedos, e pintámos as paredes. O quarto perfeito para uma criança infeliz, não por serem maltratadas, mas sim por terem sido abandonadas ali.
Eu e o Liam sempre quisemos ter uma menina e por isso o quarto foi decorado conforme uma menina e, quando foi a altura de escolher, fomos a um orfanato só de raparigas. É claro que haviam muitas crianças, mas logo dirigi o meu olhar para uma pequena menina, que se encontrava sozinha a brincar com as suas bonecas.
Não sei porquê, mas quando olhei para Liam, soube logo que ele tinha sentido o mesmo do que eu ao olhar para aquela criança. Também ele se apaixonou assim que a viu, depois de a Marie nos apresentar, tivemos a certesa de que seria a escolha certa.
Hoje, estamos aqui os 3 felizes. Posso não ter realizado o meu sonho de ser mãe, mas realizei o sonho de ter uma familia perfeita, a familia dos meus sonhos. Nós somos como se fossemos exatamente pai, filha e mãe.
Quando soube que a Lucy tinha chamado pai ao Liam eu fiquei tão feliz, mas por alguma razão não o consegui demonstrar. O Liam percebeu e logo me incentivou a dizer que ela mais tarde ou mais cedo me iria chamar de mãe.
Esse momento não tardou a chegar, tanto que no dia a seguir, no momento em que ela me chamou mãe, eu senti o meu coração parar, eu sentia as minhas pernas a tremer, eu não sabia o que fazer a seguir.
Eu estáva tão feliz. E, apesar de não se ter passado muito tempo, já lá vai um mês desde que nós a fomos buscar ao orfanato e desde aí nota-se que ela é feliz. Faltam 7 dias para ela fazer 6 aninhos, o que significa que em setembro, já ela vai para a escolinha e vamos voltar a passar pouco tempo com ela. Mas vai ser bom puder ajudá-la com os trabalhos de casa, explicar-lhe algo quando ela não perceber, até porque é isso que os pais fazem.
Eu sinto-me a mulher mais feliz do mundo. Tenho a vida perfeita, não me posso queixar. Tenho o homem da minha vida ao meu lado, tenho a minha filhota, que mesmo não sendo de sangue, é como se fosse, eu não posso reclamar.
Ela está a crescer depressa demias, eu sei disso. Eu quando era mais pequena, não sei, pensava que os adultos eram sempre adultos e as crianças ficavam para sempre crianças, mas na verdade não é assim e só me apercebi disso quando cheguei à fase adulta. Todos aqueles anos que eu perdi a querer ser adulta para poder fazer o que quisesse sem que ninguém me dissesse não, foram anos desperdiçados, aos quais não soube dar valor.
Só quando cheguei à fase adulta é que me apercebi do quão bom é ser criança. Mas agora também em adulta, percebo como é ser mãe ao lado da pessoa que se ama. Eu sei que estou a fazer aqui um discurso todo lamechas, mas na verdade é tudo o que eu sinto e eu quero que a Lucy entenda, não digo agora, mas um dia mais tarde, que ela perceba que a vida corre, a vida não pára para que nós possamos tomar decisões, a vida corre e não nos podemos descuidar um único segundo, pois se o fizermos é menos esse tempo que temos para aproveitar.
Em criança sofri muito com a morte dos meus pais, pode-se dizer que tendo sido criada pelos meus avós, acabei por ter de crescer depressa demais. Enquanto as outras crianças brincavam num parque, eu andava a ajudar a minha avó ou o meu avô com os animais.
Os meus avós eram tudo o que eu tinha e, quando fiz 17 anos, acabaram por também eles me deixar, ficando eu sozinha, sem ninguém para me apoiar. Como depois entrei para a escola fiz grandes amizades, mas logo se perderam assim que acabamos o secundário.
Ao contrário das minhas colegas eu não pude ir para a universidade estudar, tive de ir trabalhar. Mas foi melhor assim, começei a trabalhar numa loja de roupa e pode-se dizer que ganhava bem. Conheci o Liam 2 anos depois dos meus avós morrerem.
FlashBack On
Entretanto conheci os meus primos de 2º grau e até nos davamos bem. Houve um dia em que eles foram ver um jogo de futebol e eu fui com eles. Quando o jogo acabou, acabámos por ir a um café e logo vi um dos meus primos atender o telemóvel. Foi lá fora e quando voltou vinha com um rapaz da minha idade e se não me engano era um dos jogadores que se encontrava em campo à pouco.
Assim que chegaram à mesa, logo o meu primo nos apresentou. Fiquei a saber que ele se chamava Liam. Ele ficou connosco o resto do dia e fomos ganhando "confiança" um do outro. Não sei explicar, é como se algo me atraisse para ele. Pelos visto não me enganei, quando nos iamos a despedir, ele pediu-me o meu número de telemóvel e não demorei muito a dar-lho, eu queria voltar a vê-lo, queria voltar a falar com ele.
Andamos a trocar mensagens e encontros durante algum tempo e, ao fim de 4 meses, ele pediu-me em namoro. Eu aceitei e como ele era um jogador de futebol famoso, começei a aparecer nas capas de revista, na televisão, digamos que apareciamos em todo o lado, como destaque.
Foi quando tiramos as nossas primeiras fotos como namorados. (Foto ao lado)
Tinhamos 19 anos quando começamos a namorar. Ele pediu-me em namoro no dia 17 de Janeiro de 2009. Eu fiquei toda corada quando ele me fez o pedido, foi tão romântico. Ele fez um monte de pistas e ia deixando as pistas ao longo do caminho e dos sitios por onde eu passava. Foi nessa altura que ele me ofereceu o Loky. Ele deixou uma pista na loja de animais e o senhor disse que a pista era o Loky.
Ia a caminhar com o Loky ao colo até que as pistas vão dar a um jardim, onde se encontra o Liam. Fui ter com ele e logo ele se ajoelhou e pediu-me em namoro, assim que aceitei ele beijou-me e quando paramos o beijo reparamos que haviam pessoas a bater palmas.
"Até já os beijos são públicos" - pensei para mim própria.
FlashBack Off
Desde essa altura eu e o Liam, chateamo-nos uma vez, por causa de umas mensagens que lhe andavam a mandar em anónimo a combinar encontros e assim. Mas passado um tempo de andarem a fazer isso acabaram por se enganar e esqueceram-se de pôr em anónimo e logo o Liam deu-me um beijo e saiu de casa furioso.
Pelos vistos quem andava a mandar as sms era um antigo amigo dele que, pelos vistos andava interessado em mim e queria-me separar do Liam para ficar comigo, mas como o feitiço se vira contra o feiticeiro acabou por ser descoberto.
Eu e o Liam desde ai estivemos sempre bem, nunca mais nos chateamos, confiamos um no outro a 100% e não temos segredos. Volto a repetir que sou a mulher mais feliz do mundo e o objetivo que tinha em criança, está agora cumprido, ser feliz com o homem da minha vida e com a minha filha!
#Pov Danielle Off#
Hey meninas, eu sei que já é bastante tarde, mas cumpri o meu objetivo, publicar as duas fic's. Espero que gostem do capitulo de hoje. Ps: Eu sei que tá lamechas.
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Adopted by Payzer
Fanfiction"Uma criança apenas é feliz se os que a rodeiam a amarem"