Respirava pausadamente, ao ritmo relaxante das típicas músicas de SPA, que nos transportam para outras dimensões, fazendo os problemas e preocupações desaparecem durante umas horas. Apenas ouvia uns murmurinhos de fundo, que correspondiam à massagista a dar indicações breves à Emma de como é que ela deveria exercer pressão, em que zonas e com que intensidade, como anteriormente me tinha dado a mim. Não estava à espera que a minha namorada tivesse a ideia de sermos nós próprios a realizar a massagem e não uma profissional. Tudo bem que o efeito e a eficácia podiam não ser as mesmas, mas não há nada melhor que aprender aqui alguns procedimentos e dicas para depois aperfeiçoar no conforto do lar. Para não falar, que era sempre bom sentir as mãos geladas da Emma embrenhadas com todos os outros óleos e loções que agora cobriam as minhas costas, dando-lhes um aspeto húmido ou até meio gorduroso. Às vezes rodava a cabeça só para poder ver a Em com aquele robe branco a contrastar com a sua pele morena que eu tinha acabado de massajar. Deu-me tanto gozo vê-la ali deitada, apenas coberta com uma toalha, que mal me conseguia controlar. A sua pele suave a deslizar no sentido das minhas mãos que pareciam demasiado grandes para serem suficientemente delicadas dava mais satisfação do que eu podia outrora adivinhar. E de cada vez que ela se contorcia de dores e ria ao mesmo tempo? Jesus, alguém tire a jovem massagista daqui para eu poder amar a minha namorada à vontade.
Ela insistia na minha zona do trapézio e ainda bem, pois, por vezes sentia dores de cabeça péssimas por sentir o pescoço preso. Com os nós dos dedos, ela realizava movimentos circulares, variando nestes o seu diâmetro e a força aplicada. Era inevitável não gemer sempre que a sua mão passava por cima do tendão.- Estou-te a magoar? -a sua voz soou rouca ao meu ouvido. Oh a voz dela assim matava-me.
Abanei a cabeça dizendo que não, estava tudo ótimo.
Assim que já sentia os músculos significativamente mais soltos, a nossa ajudante pediu, numa pronúncia estranha, para que eu me virasse de barriga para cima, invertendo a posição em que me encontrava.
Descolei o tronco da maca e virei-me, com alguma vergonha, quando reparei que o alto entre minhas pernas era muito mais exuberante que aquilo que eu pensava. Coloquei as mãos por cima, com toda a naturalidade, mas era difícil de me controlar cada vez que sentia as mãos da minha menina perto dos meus peitorais fazendo força com os polegares. Quanto mais as suas mãos desciam, mais eu pensava no quão excitado estava, nem era normal. Assuntei-me ao sentir umas mãos nas minhas coxas, muito perto do meu amiguinho que parecia não querer relaxar.
Ela riu quando reparou mas fingiu ser tosse para que a rapariga estrangeira não me achasse um depravado sexualmente frustrado, coisa que não sou.
Finalmente, outra vez com um inglês duvidoso, ouvimos dizer que íamos ser deixados a sós, podendo ficar por aquela sala e com livre acesso à piscina e ao jacuzzi.- Piscina não me parece uma má ideia. Um banho de água fria até que te faria bem. -a minha cabeça elevou-se para ver a Em falar sobre a minha situação delicada.
- Achas que ela percebeu o quanto tu me excitas? -ergui o tronco para ficar sentado na maca.
- Só um cego é que não via, Hazza. Mas é bom saber que te consigo fazer isso sem sequer te tocar aí.
Ela aproximou-se de mim e juntou as nossas testas calmamente. A música ainda rolava, mantendo-nos relaxados e longe da realidade. A ponta do seu dedo indicador começou a deslizar entre o meu ombro e as minhas omoplatas, arrepiando-me um pouco.
- Queres ir...? -perguntei depois de um suave beijo nos seus lábios perfeitinhos, olhando para uma porta com uma tabuleta a indicar a piscina.- Ou preferes ir para o quarto?
- Mergulho na piscina e depois quarto?
- Melhor proposta era impossível.
Ela, de costas para mim, desamarrou o seu robe para puder vestir o seu bikini azul marinho e eu não conseguia parar de a apreciar as linhas curvilineas do seu corpo. Ela já não estava tão magra como em Novembro, mas eu gostava mais assim.
Nessa altura, após a digressão e a morte da Ava, metia impressão olhar para o seu torço, com aquelas costelas que pareciam apenas estar separadas do mundo exterior por uma pequena camada de células da pele. Eu sabia das complicações da Emma com a alimentação e tentara ajudar o máximo que conseguia desde que o Tom me confidenciou que a costureira tinha constatado que a Emma estava a engordar. Aquilo mexia com o seu sistema e, por isso tentara fazer refeições saudáveis sempre que estávamos juntos. Contudo, fazia pressão psicológica para que ela repetisse a dose que lhe punha no prato, mesmo quando ela fazia beicinho para não comer mais. Com a ajuda do Zayn e do Tom, contratei um bom nutricionista, ligado à parte do desporto para me conseguir manter a par das necessidades da Emma e ver que o meu plano estava a resultar, deixava-me deveras feliz. Já não se viam as suas costelas, pelo menos. Talvez ela se sinta mal, talvez ela sinta que está mais gorda, mas pelo menos, pode também sentir que está mais saudável. Aproxima-se aí uma nova digressão da companhia que me faz ficar com o coração na mão. Na última vez que ela esteve em Paris, desmaiou a seguir ao espetáculo por falta de nutrientes. Ela que se prepare caso eu saiba que ela não se tem alimentado em condições enquanto está longe de mim.- Styles! Vens, ou vais ficar aí especado? -a Emma ficou perto da porta da piscina a olhar para mim com um ar sugestivamente sexy.
- O quê que tu disseste? -perguntei com uma expressão séria na cara, enquanto apertava os meus calções de banho, com forca. Ela tinha mesmo acabado de me chamar pelo apelido.
- Nada, Styles.
Os seus pés caminhavam calmamente, em pequenos passos para trás, na direção oposta aos meus, começando a entrar na parte que já pertencia à piscina. Ela estava a atiçar-me muito.
- Styles. -ela repetiu baixinho à medida que continuava a ir para trás, bastante rente à parede. Subiu e desceu as sobrancelhas.- Styles. Styles. Sty...
Corri até ela, acabando com a provocação que era vê-la de bikini a chamar-me pelo nome que usava quando nos odiavamos. Agarrei-a pela cintura, fazendo com que os seus pés levantassem do ar e atirei-me para a piscina com ela junto a mim. Ambos sustemos a respiração ao embater na água, que estava estranhamente morna. Eu coloquei-nos em posição de absorver o maior impacto da água, para não magoar a Emma de nenhuma maneira, mas ela libertou-se do meu abraço mal conseguiu.
- Foi uma bela entrada na água.
A Emma já tinha nadado até à outra margem, com toda a suavidade que um ser humano podia possuir, nem parecia fazer esforço para progredir na água.
- É o que acontece quando me provocas. -suspirei à medida que me aproximava dela.
Mergulhei a alguns metros dela e subi suficientemente perto para raspar com os lábios no seu umbigo. Apoiei os bracos na berma da piscina e beijei o meu ombro molhado.
- Não tens noção, mas esse é o meu passatempo preferido, Styles. -os seus dedos deslizaram ao longo dos meus abdominais até quase à borda dos calções.
E lá continuava ela, como se nada fosse, a chamar-me pelo apelido, a provocar-me gentilmente com a sua voz rouca e cabelo molhado.
- Adoro como um simples nome te faz agir. -ela subiu as suas mãos no meu peito e olhou para as minhas tatuagens. Depois olhou para mim, com aquele olhar escuro e provocador.
- Como te sentias se eu te chamasse Malik? -tentei transferir para ela o mesmo tipo de pensamentos que eu tinha, chamando-lhe pelo apelido e passando uma mão no seu rabo, juntando a sua pélvis à minha.
- Sentia-me o meu irmão. Muita gente lhe chama Malik. -ela inclinou a cabeça e fechou os olhos enquanto se ria.
- É um bocado constrangedor, agora que falas nisso. -senti uma quebra no clima, por isso pausei e olhei para o espaço que nos separava, com intenções de o eliminar. Queria-a bem junto a mim. - Acho que me vou ficar por Menina Perfeição.
- Se é isso que te deixa feliz, tens todo o meu apoio, Styles. -juntou os nossos troncos, mais precisamente os seus mamilos rijos ao meu peito e deixou-me suspirar.- Um nome um bocado comprido para gemeres, mas tenho a certeza que te vais safar.
Beijou-me a orelha e, sem eu dar muito conta, colocou as mãos na berma da piscina e impulsionou o seu corpo para cima, acabando por se sentar na mesma.
- Styles, -ela chamou por mim ao passar o pé pela minha intimidade.- vamos para o quarto?
Olhei por mim a baixo e continuei a notar um alto no meio das minhas pernas. É, a tentativa de acalmar isto com água fria não resultou.
- Não precisas de perguntar duas vezes...
Corri atrás dela, sem me preocupar se iria escorregar, e nem a deixei vestir o robe. Peguei nela tipo saco de batatas e entrei no elevador com destino ao piso mais alto. Fiquei continuamente a carregar no botão para manter as portas fechadas, não iria deixar que ninguém se intrometesse.
- Já me podes pousar no chão, Harry. -ela abanou os pés na tentativa de eu a largar.
- Desculpa, mas quem é o Harry, mesmo? -perguntei fazendo-me despercebido.- Eu sou o Styles.
- Bem, Styles... -ela comecou- LARGA-ME. -e ao falar alto, bateu com as mãos no meu rabo incessantemente.
- Vê lá o que fazes. -eu sai do elevador, já com vista na porta do nosso quarto.- Porque eu estou disposto a pagar na mesma moeda.
- Mal posso esperar. -ela apertou-me o rabo com vontade e eu mal podia esperar para lhe fazer o mesmo.
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I hate myself because I love you
Fanfiction"Destruiste o meu sonho. Aquele que eu lutei a minha vida toda. Mentiste-me e enganaste-me. Achas isso uma prova de amor? Afinal tinha razões para não gostar de ti quando te conheci... E é isso, eu odeio-me porque mesmo assim ainda te amo."