I hate myself because I love you

Capítulo 24

POV ON HARRY

Emma... Emma... Emma... Emma....

O nome dela ocupa a minha mente desde as 2 horas da manhã daquele dia, daquele em que a vi chorar pela morte da antiga melhor amiga.

Sempre a achei uma mulher independente e um pouco insensível, mas vê-la sentada naquele frio chão de madeira, com os joelhos junto ao peito e com as mãos a tentar esconder as suas lágrimas compulsivas, fez-me pensar que, naquele momento, ela estava a sofrer e a precisava de alguém para tomar conta dela.

Pela forma como ela termia no chão, imaginei que ela não iria conseguisse subir as escadas sozinha sem cair, por isso peguei nela ao colo e levei-a para o seu quarto. Dei graças a Deus por ela já ter o pijama vestido, iria ser bastante complicado ter de a despir... Teimosa como agora sei que ela é, iria achar que eu me queria aproveitar dela, quando na realidade apenas a queria ver dormir em paz.

Pousei-a, levemente, na sua cama e ela agarrou a sua almofada como uma pequena bebé. Ela adormeceu rapidamente mas achei-a tão adorável que fiquei a observa-la durante horas.

Entretanto, adormeci debruçado na sua cama e acordei com ela a chorar mas de olhos fechados, por isso, deduzi que estivesse a ter um pesadelo. Não encontrei outra maneira de a acalmar por isso deitei-me a seu lado, beijei a sua testa e, num suspiro, prometi a mim mesmo que iria mesmo tomar conta dela e protege-la até ao fim.

Quando acordámos, tentei, ao máximo, mantê-la animada mas confesso que foi uma terefa difícil. Ao fim desse dia, a minha promessa tinha ganho mais significado e mais umas palavras 'Não a posso deixar ir a baixo e tenho de fazer tudo que puder para a fazer sorrir'. A Emma é uma rapariga cheia de vida e energia que não pode ser desperdiçada.

Depois a vi-a dançar em Bradforf, naquele estúdio abandonado que em tempos ela tinha chamado de refúgio e 2ª casa. Pode ser exagero, mas foi das danças mais bonitas que eu vi na vida.

Achei espantosa a facilidade com que os sentimentos dela foram expressados. Aquele sofrimento e aquela confusão que estava presa dentro da sua alma foram soltos por uns simples passos de ballet e contemporanêo, como depois ela me explicou, de uma forma estonteante.

Para não falar no quanto ela dança bem e como ficava espantosamente elegante naquele fato de ballet.

Já pensei várias vezes nos meus sentimentos por ela, mas simplesmente não sei o que sinto.

Os nossos beijos deixam-me, por um lado, aliviado porque eu só penso em beija-la a estar perto dela. Mas pelo outro lado, deixam-me mais confuso. Se formos pensar bem, eu ando a beijar uma rapariga só porque sim... Já beijei várias raparigas mas a Emma é diferente. São beijos que não são possíveis de explicar com meras palavras. Sinto uma conexão com ela, com os lábios dela, com o corpo dela, com a alma dela...

Emma... Emma... Emma... Emma...

Estava entretido nos meus pensamentos imaginando a noite e que nos deitámos no meio da rua até ao momento em que ouço uma porta a bater mesmo perto do meu quarto. Olhei para o relógio digital e dei um enorme salto, faltavam apenas 25 minutos até eu e a Emma irmos para o centro comercial e eu ainda estava deitado na cama. Estava acordado desde as 7h da manha e perdi a noção das horas. E se não me despachar, perco também a oportunidade de estár com a Emma.

Corri para a casa de banho, deixei a água correr um pouco até ficar morna e entrei no polivan tomando um banho super rápido.

Estava apenas de boxeres vestidos quando alguém bate a porta. Supus que fosse a ela, porque a Jess ainda está em casa dos pais e o Zayn a dormir. Mexo no cabelo atrapalhadamente e tento decidir o que vou vestir.