Capítulo 35

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*POV ON EMMALINNE*

Faltava meia hora para o jantar surpresa começar e eu estava em frente ao espelho a colocar os brincos. Afastei-me, depois de os prender bem, e olhei-me ao espelho. Enrolei uma madeixa de cabelo à volta do meu dedo de forma a que ele permanecesse num cacho. Fui em direção à cama, para calçar os sapatos pretos super lindos que eu tinha comprado para uma ocasião especial, quando bateram à porta do meu quarto.

- Podes entrar. -disse enquanto enterrava o pé direito no sapato.

A porta abriu e mas o Harry continuou à porta. Os meus olhos percorrem-no de baixo para cima. Ele tinha no corpo umas calças de ganga, uma camisola e um blazer preto que lhe assentava muito bem. O seu cabelo rebelde fora puxado para cima e ele tinha-me deixado de boca aberta. 

- Estás pronta? -perguntou ele com a sua voz grave e rouca, pondo as mãos nos bolsos das calças.

Engoli em seco com a calma e sensualidade daquele rapaz e calcei o sapato esquerdo. Levantei-me, ajeitando o vestido, e acenei com a cabeça. Ele abriu a porta no seu total e deu-me passagem. Ele, quando quer, é muito cavalheiro, e sempre com o seu charme e carisma presentes. Quando aqueles olhos verdes brilhantes como esmeraldas fixam em mim, o meu estômago dá um nó e eu fico sem o que dizer.

Sentia o seu olhar atento nas minhas costas descobertas pelo vestido e, por isso, quando chegados ao andar inferior, vesti um casaco que tapasse as costas.

- Estás muito bonita. -ele disse depois de sairmos de casa.

- Obrigada. Tu também estás mesmo bonito.  -retribui o elogiou e ele deu um sorriso.

Fomos até à garagem e entramos no Audi. Ele saiu com o carro suavemente como sempre e fizemo-nos à estrada. A minha casa é um pouco distante do centro de Londres. Por um lado é bom pois temos muita privacidade, não à problemas com paparazzis e tem uma vista magnífica. O lado mau é que para irmos para seja onde for, como e uma distância grande, temos de ir de carro. 

Eu não me importo de andar de carro, até agradeço. Andar de carro acalma-me.

- A que horas é que nós temos de estar lá? -perguntou o condutor meu conhecido sem tirar o seu olhar da estrada.  

- Às 21 horas. -respondi com calma olhando para ele.

Sempre o achei bonito, mesmo quando era irritante, mas algo mudou. Agora fico muito mais tempo a apreciar os seus olhos verdes, ou o seu cabelo castanho cacheado, ou até mesmo os seus lábios cor de rosa que chamam constantemente por mim. As suas tatuagens, agora tapadas pelo tecido preto, tornaram-se num mapa do tesouro que eu quero desvendar. Sinto que as suas tatuagens contam uma história e eu quero mesmo sabe-la.

- Agora, vira-se à esquerda ou à direira? -ele perguntou quando paramos no semáforo com a luz vermelha acessa.

- Esquerda. -respondi depois de pensar um pouco.

O semáforo ficou verde e o Harry seguiu a minha indicação, girando o volante para o lado esquerdo. Passados uns segundos, entramos na rua do restaurante. Todos os carros estavam estacionados em fila, num lado do passeio e o Harry estacionou entre o carro do Liam e outro desconhecido.  

Eu sai do carro, já com o casaco vestido e esperei que o Harry viesse.  Ele saiu do carro e deslocou-se até à minha beira. 

- Vamos? -eu perguntei vendo o Tom a acenar como uma criança através da porta de vidro requintada.

Ele apalpou os seus bolsos das calças e notou que não tinha o telemóvel. Voltou ao carro, pegou no telemóvel e voltou para a minha beira.

- Vamos. -concluiu ele rindo-se.

I hate myself because I love youOnde histórias criam vida. Descubra agora