Autocontrole

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  A.

Depois que Callie saiu, não sei como consegui subir a escada, pois, a cada passo, parecia que eu usava sapatos de ferro.

Mas eu tinha apenas quinze minutos e precisava estar pronta quando ela voltasse. No alto da escada, mandei uma mensagem de texto para Lexie dizendo que estava tudo bem e que eu ia ficar ficar bem, acrescentando o código secreto já havíamos combinado para ela saber que era realmente eu.

Abri a porta do quarto de Callie e arquejei. Havia velas por todo lado. No meio do quarto, uma cama de baldaquino feita de madeira maciça. Porém, de acordo com a página cinco, primeiro parágrafo, eu não devia me preocupar com a cama.

Olhei para baixo.  Mas sim com o travesseiro no chão.

Ao lado do travesseiro, havia uma camisola vermelha. Minhas mãos tremiam enquanto eu me trocava. A camisola mal roçava a parte superior de minhas coxas e o tecido leve de seda mostrava cada parte de meu corpo. Dobrei as roupas e as coloquei numa pilha arrumada ao lado da porta. Enquanto isso, eu entoava comigo mesma: Era isso o que você queria. Era isso o que você queria.
Depois de repetir mais de vinte vezes, finalmente me acalmei. Fui para o travesseiro, ajoelhei-me nele e sentei com o traseiro pousando nos calcanhares. Fitei o chão e esperei.

Callie entrou minutos depois. Arrisquei dar uma espiada e vi que ela tinha tirado as roupas e estava apenas com um robe acetinado preto. Os cabelos presos num coque no alto, ela usava saltos.

- Muito bem, Arizona — disse ela ao fechar a porta do quarto. - Pode se levantar.

Levantei-me de cabeça baixa enquanto ela andava à minha volta, batendo os saltos contra o laminado. Talvez à luz de velas ela não conseguisse ver como eu tremia.

- Tire a camisola e a coloque no chão.

Movimentando-me com a maior graça que podia, tirei-a pela cabeça e a vi flutuar ao chão.

- Olhe para mim — ordenou.

Callie esperou até que meu olhar encontrasse o dela e lentamente mostrou-me um cinto de couro. Segurou-o em uma das mãos e andou em volta de mim novamente. Podia sentir seus olhos passeando por cada milímetro do meu corpo.

- O que você acha, Arizona? Devo castigá-la por sua observação do "mestra"? — Ela estalou o cinto e a ponta do couro atingiu levemente minha coxa esquerda, dei um salto.

- O que desejar, senhora — consegui dizer, sufocada, surpresa com a excitação que sentia.

- O que eu desejar? — Ela continuou andando até se colocar na minha frente. Desamarrou o laço do robe e o abriu,jogando o cinto de suas mãos para longe. - De joelhos.

Ajoelhei-me e tive o primeiro vislumbre de sua nudez. Ela era magnífica. Seu corpo curvilíneo, com a pele morena e seios fartos, deliciosos. Gostosa. Muito gostosa. Oh, céus! A realidade era muito melhor do que a fantasia.

- Sirva-me com a boca.

Sem pensar duas vezes, inclinei-me para a frente e passei a ponta da língua no meio, sentindo algo saliente roçá-la, mas não parei. Devagar, avancei para apreciar o resto e quanto senti o que era, não acreditei. Um piercing vertical transpassando em seu clitóris e não pude deixar de pensar em como era diferente tê-lo deslizando em minha língua.

- Chupe, Arizona! — ordenou ela quando contornei seus lábios vaginais. Ergui as mãos para suas coxas, agarrando-as na frente para manter o equilibrio falho sobre meus joelhos, e chupei com toda vontade. -  Isso. Assim.

Obriguei-me a respirar pesadamente pelo nariz. Não queria desgrudar a boca de sua carne lisa e deliciosa. Seu gosto picante e apetitoso estava me deixando completamente louca.

Fifty Shades Of CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora