Silver Queen

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  A.

Sua coleira? Já? Eu não estava esperando usar coleira tão cedo. Por que sempre que conversava com Callie eu ficava mais confusa e perturbada no final da conversa do que antes? Do chão, Apollo levantou a cabeça para mim e ganiu. Uma hora depois, Callie esperava por mim em seu quarto, segurando uma caixa. Um banco acolchoado estava no meio do cômodo, no chão. Ela gesticulou para lá.

- Sente-se.  

Quando saí do banheiro mais cedo, encontrei um robe de seda vermelho com calcinha e sutiã da mesma cor esperando pormim na cama. Achei muito arbitrário da parte de Callie arrumar minhas roupas, mas eu tinha concordado com seus termos. Por isso, vesti o robe e me sentei com a maior elegância possível no banco macio. Callie estava de robe preto, cabelos soltos e pés descalços.

Ela se virou e colocou a caixa na cômoda, ao lado de sua cama. Quando se virou para mim, segurava uma gargantilha feita de duas correntes de platina torcidas. A luz do sol bateu nas facetas dos numerosos diamantes incrustados no metal. Seus olhos castanhos penetrantes se fixaram nos meus.

- Se decidir usar isto, estará marcada como minha. Minha para fazer o que eu quiser. Obedecerá a mim e jamais questionará o que eu ordenar. Seus fins de semana são meus para que eu ocupe como desejar. Seu corpo é meu para que use como quiser. Nunca serei cruel nem causarei danos permanentes, mas não sou uma mestra fácil, Arizona. Vou lhe fazer coisas que nunca pensou serem possíveis, mas também posso lhe dar um prazer que jamais imaginou.

De minha pele, brotou o suor frio. Ela se aproximou um passo.

- Você entendeu?

Assenti.

- Entendi, senhora.

- Vai usar isto?

Novamente, concordei com a cabeça.

Ela passou ao meu lado, as mãos roçando meu pescoço enquanto fechava a coleira. Foi a primeira vez que ela me tocou em todo o fim de semana e estremeci com o contato.

- Parece uma rainha — comentou ela, movendo as mãos por meus ombros e tirando o robe. — E agora você é minha. — Suas mãos passaram por dentro do sutiã e roçaram gentilmente meus seios. — Eles são meus. — As mãos correram pelo lado domeu corpo. — Meu. — Ela plantou um beijo no meu pescoço, depois me mordeu delicadamente.

Os lábios dela. As mãos dela. O toque. Joguei a cabeça para trás e suspirei da maravilha que eram.

- Meu. — Suas mãos continuaram a descer. Ela chegou ao cós da minha calcinha e a puxou para o lado. — E isto? — Callie deslizou o dedo para dentro de mim. — Todo meu.

Ela metia e retirava o dedo e descobri que estava certa sobre seus dedos: eles podiam fazer coisas maravilhosas.

Eu arfava, excitada além de mim. Callie esfregou com força e fundo, mas justo quando eu estava prestes a gozar, ela o retirou.

- Até seus orgasmos são meus.

Gemi de frustração. Porcaria, ela nunca me deixava chegar ao clímax?

- Logo — sussurrou ela. — Muito em breve. Eu prometo.

Em breve, em algum momento da próxima hora? Respirei profundamente, conformada.

A gargantilha pesava em meu pescoço. Ergui a mão para tocá-la.

- Fica muito bem em você. — Ela se sentou na beirada da cama próxima a mim, pegou um travesseiro atrás dela e o colocou no chão. — Sua palavra de segurança é terebintina . Diga-a e tudo termina imediatamente. Você tira a coleira, vai embora e nunca mais volta. Caso contrário, virá para cá toda sexta-feira. Às vezes chegará às seis horas e jantaremos na cozinha. Em outras, chegará às oito e irá direto para meu quarto. Minhas ordens para o sono, a comida e os exercícios permanecem. Entendeu?

Fifty Shades Of CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora