Super Bowl Half-Time.

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 A.

Tínhamos um camarote reservado no estádio. Ainda estava frio e fiquei agradecida por estarmos entre quatro paredes, ao contrário de quem assistiria ao jogo ao ar livre, numa temperatura gélida. Os Giants ganhavam por três pontos pouco antes do intervalo. Callie pegou minha mão e me levou à porta do camarote, dizendo a todos que voltaríamos mais tarde. Pegou uma bolsa de viagem no caminho.

- Meu plano? — cochichou em meu ouvido. — Começa agora.

Engraçado, pensei que já tivesse completado esse plano: aquela noite em sua suíte, quando tomou posse plenamente de mim, a noite em que tudo mudou.

Meu coração disparou... O que mais ela poderia ter planejado para o estádio?

Ela me deu a bolsa.

- Vá se trocar. Tem outro ingresso na bolsa. Encontre-me lá antes que comece o segundo tempo.

Levei a bolsa ao banheiro. Dentro dela havia uma saia preta rodada.

Curta?

Neste frio?

Também havia dois cobertores compridos. Por que estávamos trocando de lugar? E por que nos sentaríamos fora do camarote? Lá pelo menos tinha aquecimento. Mas então pensei nos últimos dias. Qualquer coisa. Eu faria qualquer coisa que ela pedisse.

Mudei de roupa, vestindo a saia, dobrei minha calça e a coloquei na bolsa. Os cobertores eu joguei por cima. Olhei o ingresso: no meio, se não me engano. Não me enganei. Meu novo lugar ficava na primeira fila do meio. E estava abarrotado.

Ninguém disse nada enquanto eu me sentava. Nem mesmo me olharam. Callie se juntou a mim minutos depois. Passou um braçoem meu ombro e me puxou para perto. Traçou círculos em meu ombro. Meu coração martelava com sua proximidade.

Curvou-se para mim e sussurrou:

- Sabe que três entre quatro pessoas fantasiam com o sexo em público? Mas... — Sua língua rolava por minha orelha. — Pelo que entendo, por que fantasiar quando se pode realmente experimentar?

Quê?

- Vou foder você durante o Super Bowl, Arizona. — Ela mordeu o lóbulo de minha orelha e puxei o ar. — E, desde que fique quieta, ninguém vai perceber.

Merda.

Fiquei molhada só de pensar no que me disse. Olhei em volta, vendo as pessoas ao nosso lado. Todos estavam enrolados em cobertores. Eu começava a entender seu plano. Callie ainda traçava círculos em meu ombro.

- Quero que você se levante e se enrole no cobertor, com a abertura atrás — disse ela. — Coloque um pé na grade na sua frente.

Fui até a grade, minhas coxas ficando mais escorregadias ao pensar no que Callie queria fazer. O que ela ia fazer. No campo abaixo, alguém interceptou um passe. A multidão em volta gritou. Enrolei-me no meio do cobertor: era mais comprido do que eu pensava. Não senti nem mesmo um arzinho.

Os segundos avançavam no relógio do campo.

Dez, nove, oito — Callie se colocou atrás de mim, —, cinco, quatro, três — as pessoas em volta de nós se levantaram —, um.

Todos gritaram enquanto os jogadores saíam correndo do campo.

Callie nos enrolou com o outro cobertor. Éramos apenas um casal namorando. Nada de diferente acontecia. Só que eu sentia a diferença do seu corpo quente pressionado contra mim. Abaixo de nós, homens trabalhavam freneticamente na montagem do palco. A mão de Callie abriu caminho por baixo de minha blusa. Arquejei enquanto ela rodava meu mamilo entre os dedos.

Fifty Shades Of CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora