Tentação.

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 C.

Todos estavam sentados a uma mesa grande no meio do salão. Muitos clientes olhavam para Mark, mas ninguém se aproximava dele. Depois que Arizona e eu nos sentamos, ela conversou educadamente com meu pai, Eliza e Amélia. Enquanto ela falava com naturalidade com todos, recostei-me e a observei, unindo-me à conversa para provocá-la só quando ela disse que nosso voo foi "ótimo". 

  O garçom nos serviu vinho. Excelente. Arizona precisava estar muito relaxada quando voltássemos ao quarto. Eu, por outro lado, ia me limitar a uma taça. Faço questão de nunca beber mais de uma taça de vinho antes de um jogo. Além disso, o que eu planejava para esta noite exigiria a máxima concentração; eu não precisava de álcool nenhum para toldar meu discernimento.

Olhei para o lado. Arizona lia o cardápio com uma expressão perturbada. Censurei-me por não pensar no cardápio antes.

Decidi ajudá-la na escolha e sua expressão tensa se suavizou ao término do pedido.

A conversa continuou tranquilamente e tudo correu bem até Amélia descobrir que Arizona tinha se formado em Columbia. Por vários minutos, elas compararam seus bares e suas lembranças. Um sinal de alerta tocou em minha cabeça. Eu precisava mudar de assunto e rápido.

  E se Amélia se lembrasse de minha obsessão por uma aluna da Columbia? 

 Contaria isso a Arizona?

  Eu não tinha certeza. 

  Eliza e Amélia adoravam implicar comigo. Elas bem que podia fazer isso. Interrompi a conversa, contribuindo com histórias sobre meus bares e minhas lembranças preferidos de Dartmouth. Eliza se juntou à conversa e aos poucos, nos afastamos do barril de pólvora da Columbia. 

Soltei um suspiro de alívio e voltei minha atenção a Arizona.

Era hora da parte dois de meu plano.

A conversa continuou enquanto eu passava a mão sob a mesa e roçava no joelho de Arizona.   

 Acariciava.

Afagava.

Provocava.

Ela se contorcia na cadeira.

- Ari — disse meu Pai —, eu pretendia te convidar para almoçar. Nesta semana não posso. Quarta-feira que vem é bom para você?

Continuei afagando seu joelho, interessada em sua resposta.

-  Quarta-feira não é um bom dia para mim — respondeu ela. — Temos uma mulher que vai toda quarta ver a Coleção deLivros Raros... E não deixamos os pesquisadores desacompanhados, então terei de estar com ela.

Eu quase ri.

Meu pai suspirou.

- Isto deve ser meio cansativo, mas acho que o trabalho com o público é assim mesmo.

- Eu não me importo — declarou Arizona. — É estimulante conhecer alguém tão dedicada.

Desci mais a mão por seu joelho.

Ela pensou que eu tinha acabado?

Estava louca para mostrar o quanto eu podia ser dedicada.

- Que tal na quinta-feira? — insistiu meu pai. — Ela não vai às quintas, não é?

Meu coração deu um salto ao saber que meu pai queria sair com Ari.

Alegrei-me com a aceitação de minha família.

- Na quinta será ótimo — confirmou Arizon.

- Então está marcado. — meu pai sorriu para mim.

Fifty Shades Of CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora