A.
Depois do almoço, fiz uma trouxa com algumas roupas do quarto de hóspedes e levei Apollo para passear. A neve tinhaparado e o vento a soprara em bancos que chegavam a uma altura que nunca vi em todos os meus anos em Nova York. Apollo eeu andamos para um campo grande.
Ou, preciso dizer, eu andei. Apollo correu.
Fiz algumas bolas de neve e joguei, vendo que ele corria atrás delas, sacudindo a cabeça sem acreditar quando sedes manchavam. Eu ria e Apollo olhava para mim e latia, abanando o rabo, querendo mais.
Fiz outras e atirei.
- Você está confundindo meu cachorro — disse Callie, de repente atrás de mim.
- Ele adora — respondi, jogando outra bola de neve.
Eu ri enquanto Apollo corria atrás dela.
- Acho que ele ama a pessoa que está jogando. — Callie fez uma bola de neve e jogou ela mesma.
Apollo olhou para trás e latiu.
- Você roubou minha brincadeira — falei, tentando não pensar no fato de que Callie tinha dito ama. Não importa que estivesse falando de seu cachorro.
Fiz mais uma bola de neve e joguei em Callie.
- Agora ele não vai querer brincar comigo.
Minha bola de neve errou o alvo.
- Ah, Arizona — disse, andando levemente para mim, como uma felina. — Você cometeu um grande erro.
Epa.
Droga, Ari.
- Por acaso você não está usando legenda, está? — perguntei.
- De jeito nenhum — replicou, jogando uma bola de neve de uma mão a outra. Eu recuei para trás, erguendo as mãos.
- Você jogou uma bola de neve em mim. — Ainda com o movimento das mãos.
De um lado a outro.
Olhando para mim.
De um lado a outro.
- Eu errei.— Ainda assim, tentou. — Ela recuou um braço para jogar a bola em mim, mas no último minuto virou-se e jogou-a para Apollo.
Eu, é claro, não vi e gritei como uma garotinha assustada.
Virei-me e corri.
Tropecei em minhas botas e caí de cara na neve.
Essa agora...
- Você está bem? — perguntou ela, aproximando-se de mim e estendendo a mão enluvada.
- Não tem nada ferido além do meu orgulho. — Eu estava coberta de neve e toda molhada.
Meu corpo se sacudia com o frio repentino.
Peguei sua mão e ela me ajudou a levantar.
- Hora de entrar? Beber alguma coisa quente perto do fogo?
Fogo.
Bebida quente.
Callie.
Pode contar comigo.
Como sempre, Callie havia pensado em tudo.
Um fogo ardia alto na lareira da biblioteca quando voltamos para dentro e o calor aos poucos penetrou em minhas roupas molhadas. Callie subiu e voltou com roupas secas para mim e vestida com roupas menos quentes — uma blusa de manga longa e uma calça jeans escura.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fifty Shades Of Calzona
FanfictionA poderosa empresária Calliope Torres precisa saciar suas fantasias secretas e busca uma mulher com quem realizar seus desejos mais primitivos. Ao saber que ela está à procura de uma nova submissa, Arizona Robbins, movida por um segredo do passado...