Preciso esmagador.

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  A.

Foram dois longos dias.

Não que eu estivesse entediada, nem nada. Explorar a biblioteca era um de meus passatempos preferidos e passei horas sescobrindo novos livros e reatando minha amizade com velhos amigos. Callie foi atenciosa. Educada. Talvez um tanto distante. Ela me manteve bem alimentada e repousada. Até se juntava a mim na biblioteca de vez em quando, mas não ficava muito tempo. Eu sentia falta de seu lado dominadora. Não o suficiente para me antagonizar com ela propositalmente ou coisa assim, mas sentia muita falta daquilo.

A conversa sobre o carro nunca voltou à tona. Pensei no que ela dissera, sobre ser responsabilidade dela cuidar de mim.

Garantir que minhas necessidades fossem atendidas. Ela estava fazendo exatamente isso naquele fim de semana. E por mais que eu quisesse fingir que seus gestos no hospital e de me dar a biblioteca como espaço livre fossem românticos, eu sabia muito bem da verdade. Ela estava fazendo o que falara no carro: cuidando para que minhas necessidades fossem atendidas. Era um meio para se chegar a um fim. Ela precisava de uma submissa saudável e faria o que estivesse a seu alcance para me deixar saudável.

Tratava-se apenas disso. Ponto final.

Mas eu estava um tantinho enervada por ela não tocar em mim. Descansei o fim de semana todo. Sentia-me perfeitamente bem. E eu tinha necessidades que não estavam sendo atendidas. Pus um copo no lava-louças e saí da cozinha. Olhei o relógio — uma da tarde. O jogo de futebol só começaria às três. Havia muito tempo.

Passei pela academia. Vazia. Callie também não estava na sala de estar.

Perguntei-me se estava lá fora ou em seu quarto.

Não, trabalhava na biblioteca. Sentada a uma mesa pequena no canto.

Ela levantou a cabeça com seus óculos nos olhos quando entrei.

- Está tudo bem? Precisa de alguma coisa?

- Sim. De você. — Tirei a blusa pela cabeça.

Ela baixou os papéis que estivera lendo.

- Você precisa descansar, Arizona.

Isso não pareceu uma ordem direta, então não respondi.

Desabotoei a calça jeans e a deixei cair. Livrei-me dela. Era a minha biblioteca.

Ela ficou sentada, olhando para mim com uma expressão vaga.

O que estava pensando? Ela não ia dizer para eu ir embora, ia?

Estendi a mão a minhas costas e abri o sutiã. Não achava que podia lidar com isso se ela me rejeitasse.

E se ela me rejeitar?

Tirei a calcinha e deixei que caísse no chão.

Era a minha biblioteca, mas ela também tinha livre-arbítrio. Podia me rejeitar.

Nunca me senti mais exposta na vida.

Nenhuma resposta da parte de Callie.

Ela vai me rejeitar.

Lentamente, muito lentamente, ela empurrou a cadeira para trás e se levantou, sem desviar os olhos dos meus. Sete passos e estava na minha frente. Passou as mãos por meus ombros, depois pelos braços e pegou minhas mãos. Colocou-as na frente de sua regata branca, pousando sobre seus seios e pude senti a a ausência do sutiã.

- Tudo bem — disse ela.

A vitória e a excitação disparou de minha cabeça até o centro de meu ser e desceu ao ponto ansioso entre minhas pernas.

Fifty Shades Of CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora