Capítulo Dezoito: Contradições

3K 243 68
                                    

[capitulo mais cedinho hoje sim, boa leitura sz] 

Vitória.


-- Mas qu... -- comecei vendo a foto que havia viralizado na internet. -- Porra. -- Fechei os olhos e joguei a cabeça para trás.

Alguém aparentemente havia feito uma montagem da foto que tiramos com a fã ontem, fazendo com que eu e Theo estivesse dando um selinho. A foto havia sido feita muito bem, parecia real, e um flagra. Como se tivessem tirado a foto correndo e ela saiu borrada e desfocada. Respirei fundo e vi meu whatsapp com várias pessoas perguntando sobre. Ana bateu na porta.


-- Vi...? -- ela entrou e me olhou, vendo que eu estava acordada.

-- É montagem, NaClara, nem esquenta com isso que já vou postar a foto original. -- Respondi, me sentindo irritada.


-- Do que tu tá falando? -- Ela franziu as sobrancelhas.

-- Da foto minha beijando o Theo que viralizou.


-- Quenhé Theo? -- Ana se sentou na cama e olhou pra mim confusa.

-- O TF. -- Virei o notebook, mostrando a foto e ela apareceu acordar.


-- Isso aqui tá muito real, Vitória. -- Ela disse, mas surpresa do que acusativa. -- Onde cêis se viram??

-- Ele trabalha naquela cafeteria que nunca fomos, da rua de baixo, 3 quadras daqui. Tiramos essa foto aqui olha -- mostrei a foto original. -- com uma fã ontem, e alguém fez a montagem.


-- Que merda, meu. -- disse ela e eu ri.

-- Falei igualzin paulista agora, menina.


-- Tu viu? Tô pegando o jeito de menina da cidade.

Rimos e nos encaramos. Por um segundo, esqueci dela me dizendo que não podíamos ficar mais juntas. Esqueci do ponto final, que aquele capítulo de Ana&Vitória tinha acabado. Eu e ela nos encaramos por longos segundos. Nós duas pensamos na mesma coisa, porque nossas respiração aceleram. Estavamos só nos encarando e tudo dentro de nós parecia em combustão.


-- Vi... -- Ana começou, molhando a boca. Aquilo fez cada partezinha de mim suspirar. -- Se eu te beijar agora, você vai me chamar de louca?

-- Chamaria se não me beijasse -- Falei já segurando seu rosto.


Calmaria era a única coisa que não tinha naquele beijo. Ela segurava minha nuca com força e parecia que precisava de mim para viver. Agarrei sua cintura, a abraçando e puxando para cima de mim. Coloquei minhas mãos dentro da sua camiseta, sentindo a pele macia e Ana suspirou contra minha boca. Meu corpo estava em chamas e ela era gasolina no meu incêndio. Ela usava um shortinho curto de pijama e uma camiseta folgada. Eu não estava muito diferente, e apesar dos tecidos leves, acho que nós duas nunca nos sentimos tão presa por conta de roupa.

Ana puxou meu cabelo, fazendo eu jogar a cabeça para trás e beijou meu pescoço. Meu corpo caiu deitado na cama e seus lábios exploravam minha pele. Ela segurou meus pulsos em cima da minha cabeça e eu abafei o gemido na garganta quando ela chupou perto da minha clavícula. Ela riu, vendo minha reação. Balancei a cabeça em negação. Ela me deu um selinho demorado e se levantou.

-- Vem, eu fiz o café da manhã.

"Você podia ser o café da manhã", pensei, mas não disse. Me levantei, respirando fundo e a gente saiu do quarto com tudo a flor da pele. O jeito de Ana andar mexia comigo, tão pequena, com aquela blusa larga que então reconheci pelo furo na costura da lateral ser uma que emprestei pra ela anos atrás. Não me contive e a abracei por trás assim que entramos na cozinha.

Ela segurou meus braços e eu colei aquele corpo moreno no meu. Aquele cheiro de poesia, de vida, de noite que saia dela fazia meu corpo relaxar. Eu queria aquele cheiro de lua em mim. Escondi meu rosto no pescoço dela e ela fazia carinho em mim. Beijei seu pescoço e senti ela jogar a cabeça pra trás, no meu ombro, um suspiro saiu mais pesado do que ela queria.

-- Vi.... -- Ela chamou, com a voz manhosa e aquilo arrepiou meu corpo inteiro. -- Nós.... Nós... -- Ela tentava formular enquanto sentia eu beijando seu pescoço. -- Nóss..... -- Um gemido escapou quando deixei um chupão perto do seu maxilar. -- Porra, Vitória. -- Ela sussurrou. -- Eu realmente queria tomar café da manhã.

-- Eu tive uma ideia melhor... -- Murmurei colocando minhas mãos por debaixo da camiseta. Não era como se eu nunca tivesse tocado aquele corpo direto na pele, mas naquele segundo foi como uma descarga elétrica no meu corpo.

Ela se virou e me beijou, abraçando meu pescoço. Levei minhas mãos para sua cintura e acariciei toda lateral do seu corpo. Então, algo começa a tocar no quarto. Meu celular. Droga. Era o toque do Marcos, não podíamos simplesmente ignorar.

-- Tu tem que atender, não tem? -- Ela perguntou, contra minha boca.

-- Tenho. -- Me afastei dela e sorri. -- Mas isso aqui ainda não acabou.  


[se cêis acharam que ia ter hot cêis foram bem Alice LKSJDLKSJD]

Ana&VitóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora