Imagines Heróis Vol.1

|31| Stairway To Heaven | T'Challa/Pantera Negra |

🔹T'Challa 🔹

Caminhei por entre a multidão, de cabeça baixa, querendo apenas chegar em casa. Meu casaco estava quase todo ensopado por causa da chuva, assim como os meus sapatos.

Olhando para os rostos de algumas pessoas que passavam, pude ver o quão insignificante sou aqui. Não que eu desejasse fama, nada disso, porém se nós estivéssemos em Wacanda, cinco homens ao meu redor e muitas pessoas querendo apenas me tocar.

Era assim que acontecia com o meu pai quando era vivo. Por ser o rei, ele tinha que andar escoltado, mas quando passava perto de algumas pessoas, elas faziam o impossível para apenas relar suas mãos em qualquer parte do corpo dele.

Desde pequeno ele dizia que seria assim comigo também quando eu me tornasse seu sucessor. Eu fui preparado a vida toda para coisas desse tipo, mas infelizmente elas nunca se concluíram.

Dobrei a primeira a esquerda e respirei fundo quando vi minha casa. Como se fosse um prédio, apenas para mim. O primeiro andar ficava a sala de estar, cozinha e lavanderia. No segundo os dormitórios e por último o escritório, onde eu passo a maior parte do meu tempo.

Ser um príncipe desafortunado e irreconhecível tem seus privilégios.

Busquei o molho de chaves no bolso da calça jeans preta que eu estava usando e subi a escada de apenas três degraus, colocando a chave certa na fechadura. Quando a mesma destrancou-se, abaixei o capuz do casaco e entrei em casa, fechando a porta. Tirei meu par de tênis encharcado e o coloquei na lavanderia, indo direto para o banheiro da minha suíte.

Separei a roupa molhada em um cesto e entrei no box, ligando o chuveiro na água mais quente. Aos poucos meu corpo foi se aquecendo e uma sensação de paz me preenchendo.

Durante o banho, continuei pensando em como a minha vida teria sido diferente se eu tivesse permanecido na minha terra Natal e se meus pais estivessem vivos.

Desliguei o registro e busquei a toalha que estava pendurada, secando-me e colocando-a na cintura. Peguei uma roupa dentro da gaveta e me vesti, indo para a cozinha.

Eu tinha comprado algumas coisas congeladas no mercado para durar a semana toda, então peguei um macarrão congelado e o coloquei no microondas, indo direto para a sofá.

Depois de comer o meu jantar e estar quase pegando no sono vendo Greese Nos Tempos da Brilhantina pela vigésima vez, escutei um barulho vindo do lado de fora do meu apartamento.
Levantei-me do sofá e caminhei até a janela, abrindo uma fresta da cortina e vendo uma mulher bater desesperada na porta do apartamento do lado.
Ela olhava para trás a todo momento. No fim da rua eu pude ver um rapaz com um sorriso no rosto, todo de preto com algo em suas mãos. Quando ela viu que ele se aproximava, seus olhos se arregalaram.

— Ninguém vai te ajudar gracinha — ele falava, rindo — Você está perdida...

Respirei fundo e dei um pequeno soco na mesa perto da janela, pegando as chaves em cima da mesma e indo direto para a porta. Destranquei a mesma com o maior cuidado do mundo, para que não chamasse a atenção do cara que estava vindo pra cima dela.

Quando a abri por inteira, debrucei-me sobre a grade que separava a minha entrada da entrada do meu vizinho e estendi a mão para ela, que não hesitou em segura-la.