|9| Feel Like The First Time | Wade Wilson/Deadpool | Parte 1 |

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🔸Seu Nome 🔸

O metal gelado tocava minha pele todas as vezes que recebia o comando. A tinta preta dava lugar para as palavras sublinhadas delicadamente em minhas costas. A sensação dolorosa me dava um certo prazer, enquanto eu apertava o estofado de couro da cadeira do estúdio de tatuagem.

Nunca mais farei isso.

O tatuador limpava os resíduos de tinta em minha costela a cada cinco segundos, enganado-me toda vez que eu achava que tinha terminado.

Fui desafiada e estou cumprindo.

Ele deu as últimas agulhadas e se afastou, pegando um espelho para que eu visse.

A frase "Feel Like The First Time" da minha banda favorita estava perfeitamente escrita em minha pele.

Eu jurei para mim mesma que nunca faria uma tatuagem e por causa de um desafio, tive que descumprir.
Tudo bem que eu não sou muito boa em cumprir promessas, mas essa eu fazia questão.

Ele passou o plástico por cima do desenho e me deu a pomada, para que eu passasse se sentisse muita dor.
A princípio por ser na costela, doeu pra caramba, mas agora que já terminou, mal sinto a parte em que ela está.

Entreguei o dinheiro a ele e fui andando para casa, pensando seriamente em ter desistido do desafio.
A medida em que eu ia me aproximando, notei que tinha alguém parado em frente a porta do meu prédio particular. Respirei fundo ao ver quem era, pois todas as vezes que ele aparecia ali, tinha algum motivo em especial e me aproximei, parando a centímetros dele.

- O que você está fazendo aqui senhor Wilson? - perguntei, colocando as mãos na cintura e arqueando a sombrancelha.

- Eu não posso mais visitar a minha namorada? - me imitou, sorrindo.

- Todas às vezes que faz isso, sempre tem algo envolvido. - passei por ele, buscando a chave no bolso da calça jeans - E então Wade, o que você quer?

- Depois de quase quatro meses sem me ver, é assim que me trata?

- Justamente. - olhei para ele, erguendo minha mão e mostrando quatro dedos - Quatro meses sem dar notícias. Você acha que eu reagiria com beijinhos e abraços?

- E você acha que eu pensaria em outra coisa? - seguiu-me ao entrar na casa - Vamos Seu nome, eu disse que sumiria do mapa às vezes.

- Às vezes Wade? - bradei, fitando ele - Quantas vezes esse ano você veio saber se estou bem? Três? E depois quer que chamemos isso de relacionamento.

- Eu não tenho culpa, tá legal? Você sabia qual era o meu trabalho antes de se envolver comigo. Por que está cobrando isso agora?

- Porque eu não posso passar a vida toda esperando por você. - revirei os olhos, indo até a cozinha e buscando um vinho na geladeira - Enquanto você está aí matando as pessoas por dinheiro, eu estou vivendo. - despejei o líquido na taça e a levei até a boca, tomando todo conteúdo de uma vez só.

Eu ousei olhar para trás. Wade estava parado na entrada da cozinha, escorado no batente da porta com os braços e pernas cruzados. Seu cabelo desgrenhado dava um ar mais sexy a ele, enquanto seus músculos insistiam em saltar para fora da sua camisa de manga comprida branca.

Soltei um grunhido e fui para o meu quarto, tirando os sapatos e os guardando no closet.

- Eu estou cansada de sofrer todas as vezes que você sai por aquela porta. Sabe quantas noites eu fico sem dormir pensando que nunca mais irei te ver? Sabe Wade?

- Amor...

- Não me chame desse jeito. - virei-me de costas, deixando algumas lágrimas escaparem dos meus olhos.

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