|10| Feel Like The First Time | Wade Wilson| Parte 2|

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🔹Seu Nome 🔹

1 ano depois

Abandonei as botas de couro no banheiro compartilhado da empresa onde trabalho. Calcei o sapato social que tinha um pequeno salto e caminhei de volta a minha mesa, sentando-me na cadeira giratória estofada e colocando os meus olhos na tela do computador.

Durante esse um ano, apertei o botão do automático e deixei que minha vida passasse com um piscar de olhos.
Fiz todo o serviço sem desgrudar os olhos da tela do computador, digitando sem olhar para o teclado.

Só me dei conta de que o expediente havia acabado quando as luzes ao redor se apagaram e só a minha ficou acesa.

Desliguei a tela e me levantei, indo de volta para o banheiro e calçando meu par de botas. Coloquei o casaco preto e busquei o guarda-chuva dentro do armário, apagando as luzes da mesa e indo para fora da empresa.

- Boa noite James. - me despedi do porteiro do prédio e sai do mesmo, abrindo o guarda-chuva.

- Boa noite senhorita Adams. - ele disse, antes de eu me jogar debaixo da chuva.

Caminhei a passos rápidos até a primeira estação de metrô, descendo as escadas para que eu não perdesse o trem.
Passei meu cartão e girei a catraca, sorrindo ao entrar naquele monstro de metal.

Aquele horário estava tranquilo, até porque a maioria das pessoas já estavam em suas casas. Sentei-me no banco e abaixei a cabeça, pensando no rumo em que minha vida tinha tomado.

Depois que eu acordei com as esperanças de vê-lo ao meu lado, encontrando apenas um bilhete dizendo que iria a padaria comprar o café da manhã, eu parei de acreditar no que as pessoas me diziam. Principalmente quando eu esperei a manhã toda por ele e ele não apareceu.

Guardei suas coisas em caixas e as coloquei no porão. Nossos porta retratos, suas cartas de amor, estão todas encaixotadas.

Transformei toda a minha vida por causa dele. Só não mudei de casa porque não tinha condições de comprar um apartamento novinho, porque se tivesse, com certeza eu sairia daqui.

Apesar de gostar tanto desse lugar, eu mudaria tudo para não vê-lo novamente.

O barulho do metrô freiando me despertou. Ergui a cabeça e verifiquei a estação em que eu estava, vendo que já era a minha. Levantei-me do banco e fiquei esperando ele parar por completo. As portas se abriram e eu saí, subindo as escadas que davam acesso a rua. Abri a proteção do guarda chuva e senti o vento gelado tocar o meu rosto.

Dobrei a primeira esquina a direita e depois a segunda a esquerda. Avistei de longe meu prédio, tirando as chaves de dentro da bolsa também de couro.

Destranquei a porta e fui direto para o banheiro, deixando as roupas um pouco ensopadas no cesto.
Liguei o chuveiro e me coloquei debaixo dele, deixando que a água quente me relaxasse. Aquela sensação depois de um dia totalmente exaustivo era confortante.

Abracei meu corpo e fechei os olhos, sentindo aquela vontade de chorar me consumindo outra vez.

- Droga! - praguejei, sentindo meu corpo todo tremer.

Fechei o registro e busquei a toalha, secando-me. Sai do banheiro e coloquei a roupa que estava separada em cima da minha cama, indo direto para cozinha.

Imagines Heróis Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora