|36| Believe In A Thing Called Love| Steve Rogers/Capitão América| Parte 2 |

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🔹Seu Nome🔹

Virei-me na cama, ficando de frente para a parede. Com o ferro da minha presilha de cabelo, marquei mais um risco na parede, deixando uma lágrima cair pela minha bochecha.

Havia se passado dois meses desde que foi capturada pela HYDRA na orla da praia. Dois meses que eu não via Steve e os outros Vingadores.

A minha rotina na "oca" consistia em acordar, tomar um café com algumas bolachas de sal, ir para a sala de experimentos, ser espetada por agulhas o dia todo, voltar para minha cela, tomar um banho, jantar uma sopa rala e ir dormir. Nem almoçar eu podia, pois interferia nos resultados dos procedimentos.

Todas as noites quando coloco minha cabeça no travesseiro, eu penso se tudo seria diferente. Provavelmente eu estaria planejando o meu casamento com Steve e lutando para salvar o mundo ao mesmo tempo. Eu estaria ficando louca com tanta pressão em cima de mim e Steve viria me confortar dizendo que tudo passaria.

Mas não, eu estava sendo apenas um rato de laboratório, algo que fui criada para ser.

Eu não fui tão desejada durante toda a gravidez e muito menos quando eu nasci. Meu pai, por ser um oficial renomado no exército britânico, vendeu-me para um órgão americano de pesquisas científicas. Aos sete anos, eu desenvolvi habilidades desumanas, aos treze, eu conseguia levantar um navio sem ajuda de ninguém, mas foi exatamente quando completei dezoito anos que eu consegui atingir meu potencial máximo.

E foi assim que eu entrei para a SHIELD. Em troca de minha "liberdade," eu teria que prestar serviços para essa organização secreta durante alguns anos.

Eu pedi para Fury manter meus poderes em segredo, sendo assim eu trabalharia como agente interna. Nunca gostei de aventuras, eu sempre fui mais reservada, sempre a mais quietinha. Provavelmente, essa minha personalidade se deu ao fato de toda a minha infância e adolescência como um experimento.

— Garota, está na hora. — o guarda veio até mim, abrindo a porta da cela e me esperando levantar da cama.

Sem um pingo de vontade, forcei meu corpo a se mexer e sai da cela, sendo conduzida no modo automático pelo oficial.

Em uma das batalhas dos Vingadores, eles precisaram de reforços e foi então que eu entrei em ação. Depois de ajuda-los, entrei definitivamente para a equipe e comecei a fazer trabalhos em campo.

Foi aí que eu conheci o Steve.

É claro que eu já tinha ouvido falar dele, mas apenas como o Capitão América, um cara que tinha passado por um experimento, havia sido congelado durante setenta anos e por fim, trabalhava para uma organização governamental tentando salvar o mundo de pessoas com superpoderes ou de extraterrestres furiosos.

De primeiro momento, eu apenas olhei para ele e vi um homem que eu admirava muito, mas Steve começou a se afastar e do nada me tratava com grosseria. Eu o questionei, mas ele não soube me dizer o motivo. Então eu me afastei novamente e foi por causa de uma missão em que ficamos presos juntos numa caixa metálica que Steve Rogers se declarou para mim.

Ele disse que não parecia recíproco, mas quando eu disse que sentia o mesmo, nós então começamos a nos conhecer melhor. Não demorou muito para ele pedir em namoro e estamos nessa a quase três anos.

O guarda me empurrou dentro de uma sala e a trancou, deixando-me sozinha. Olhei para todos os cantos, procurando por alguma pista do que eles fariam comigo, porém não encontrei nada.

Me sentei no canto da sala e coloquei minha cabeça entre os joelhos, fechando os olhos. Meu cabelo estava pegajoso, não o lavava a quase quatro dias.

Eu não sabia quanto tempo tinha ficado lá, parada apenas esperando que alguém viesse até mim, mas eu apenas me levantei quando levei um susto. Olhei para cima e de alguns esquichos estavam saindo um gás.

Minha única reação foi tirar a camiseta e cobrir o meu nariz com a mesma, porém não adiantou muita coisa. O gás entrava em mim e deixava todo o meu corpo sem controle, cansado sem vontade de corresponder aos meus comandos.
A sensação era horrível, meus pulmões estavam queimando e todos os meus músculos doendo. Pareciam que tinham sido triturados por um moedor. Minha pele estava vermelha. Ao redor do meu sutiã preto, tinham pequena s bolhas de água.

Não demorou muito e o gás parou de sair e aos poucos a sala foi ficando com o ar puro novamente. Meu corpo também foi se recuperando e a cada movimento que eu fazia, sentia que estava mais forte do que já era.

A muito tempo, meus poderes não fluíam mais em minhas veias, as substâncias que usaram em mim, cortaram todas as minhas habilidades e isso foi a ápice de tudo.

Agora, ele fluía dentro de mim novamente e isso era um máximo.

Caminhei em direção a porta e a chutei, jogando a mesma para longe. No momento em que a porta bateu no chão, o alarme do instituto soou e as luzes vermelhas surgiram. Quando eu olhei para o meu lado esquerdo, vários soldados vinham correndo em minha direção, com suas armas de dardos em mãos.

Um deles atirou em minha direção, porém o fardo bateu em minha pele e caiu no chão. Eu fiquei surpresa, mas isso foi realmente ótimo para que eu conseguisse escapar desse inferno.

Corri na direção contrária dos guardas, derrubando tudo e todos que eu via pela frente.

Eu finalmente iria embora daqui.

Quando eu consegui chegar perto da porta, deixando os soldados da HYDRA todos caídos no chão, a voz do doutor Abbey soou no ambiente.

— Seu Nome? — chamou-me. Olhei para cima de mim onde tinha uma câmera, esperando que ele falasse mais alguma coisa — Você sabe que iremos atrás de você se sair daqui.

— E eu vou estar esperando para que isso aconteça. — dei um sorriso, apertando o botão.

O portão começou a se abrir e aos poucos a luz do dia apareceu, cegando os meus olhos.

— Renda-se Seu Nome, nós pouparemos sua vida. —  Abbey disse novamente, mas eu já não o escutava mais.

Quando coloquei os pés fora daquele lugar imundo, uma sensação de paz me atingiu. Havia alguns guardas de espreita me esperando, mas como eu havia feito com os outros, derrubei todos sem nenhum esforço.

Eu estava indo pra casa novamente!

Eu estava indo pra casa novamente!

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Hello darkness my old friend...

Como vocês estão meus queridos? Eu estou bem.

Desculpem pela demora, de verdade eu sinto muito.

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Um beijo e até a parte 3!
💚

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