|29| Sweet Dreams | Dick Grayson/Asa Noturna |Parte 1 |

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Primeiramente, eu gostaria que vocês lessem esse capítulo ao som da música que está na mídia, faz todo o sentido.

🔹Dick Grayson🔹

Abri meus olhos depois de quase três minutos com os mesmo fechados a procura de algo que chamasse minha atenção. Minha concentração era buscar alguém que clamava por socorro, mas sons e mais sons de carros, buzinas e sirenes invadiram minha audição.

Porém eu pude escutar. Sua voz angustiada, misturada com o choro pedia por ajuda. Os gritos eram ouvidos a quilômetros de distância. Eu precisava ajuda-la.

Fui seguido o som de sua voz e as poucos ele foi ficando mais forte, eu sabia que estava chegando perto. Coloquei-me no beiral de um dos prédios e olhei para baixo. Uma mulher estava jogando no chão, enquanto dois homens rasgavam sua roupa. Seu rosto estava coberto por cortes e sangue, ela havia sido agredida.

Em meio a sombras, me aproximei de uma dos caras e o acertei com um chute na dobra do joelho. Ele se ajoelhou chão, dando espaço para que eu acertasse um soco em seu rosto.

Quando o segundo homem percebeu o que estava acontecendo, ele se afastou da garota que estava aos prantos no chão e veio até mim. Com alguns golpes que aprendi sendo um parceiro do Batman, eu também o derrubei no chão. O primeiro tinha se recuperado e estava atrás de mim com um pedaço de madeira em mãos, pronto para me acertar. Fui mais rápido e dei uma rasteira, derrubando-o no chão.

Ao me certificar de que ambos tinham apagado, me aproximei da jovem que estava assustada o bastante para se arrastar pelo asfalto para o mais longe de mim.

- Não se preocupe, não vou machuca-la. - falei, parando na sua frente - Tenho que tirar você daqui antes que eles acordem. - me abaixei e passei meus braços por baixo de seu corpo, tirando-a do chão.

- Quem é você? - perguntou, encostando sua cabeça no meu peito.

- Ninguém interessante. - respirei fundo, pegando seu celular que estava no chão. Disquei o número da polícia e fiz uma denuncia anônima, falando dos rapazes que tentavam estuprar uma garota.

Quando entrei no hospital, vários enfermeiros vieram até nós, pedindo para que eu colocasse a menina na maca. Fiz o que eles pediram e me afastei, vendo seu olhar fixado em mim.

Pode ser que tenha sido uma miragem, ou coisa da minha cabeça, mas eu a vi sussurrando um "obrigado" antes de desaparecer pelas portas do enorme corredor.

Dois meses depois

Coloquei meus pés dentro da água quente e depois o resto do meu corpo, encostando minha cabeça no estofado macio da banheira. Aos poucos, fui me acostumando com a sensação quente contra o meu corpo, deixando-o mais relaxado. Era estranho sentir uma queimação de prazer depois de tantos dias sombrios, mal dormidos e cansativos. Porém, essa era a única coisa que eu conhecia, a única que eu sabia que iria dar certo. Eu era bom no que fazia, salvar vidas era o meu dom, mas eu estava esquecendo de viver, eu precisava de um tempo só para mim.

Sequei  minhas mãos na toalha e peguei o jornal em cima da mesa que tinha ao lado da banheira, folheando-o até a parte das notícias locais.

Assim que abri o caderno, pude ver um desenho de mim, vestido como Asa Noturna. Ao lado tinha uma matéria que falava apenas do super herói noturno.

Arqueei a sobrancelha quando comecei a ler o texto que acompanhava a imagem e me surpreendi por detalhes de uma certa noite que salvei a vida de uma garota que provavelmente seria estuprada.

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