Imagines Heróis Vol.1

|41| Right Here Waiting For You | Steve Rogers/Capitão América | Parte 2 |

ÚLTIMO CAPÍTULO+BÔNUS

✨Steve Rogers ✨

Olhei-me no espelho pela vigésima vez aquele dia e a vontade de simplesmente sumir estava cada vez me consumindo ainda mais. Depois do incidente que aconteceu no norte da Filadélfia há seis meses, minha vida mudou completamente. Tornei-me mais esperto e um pouco mais frio, por assim dizer.
A confiança em outras pessoas era algo raro de se notar em mim e por isso, resolvi dar um tempo de tudo e de todos. Eu estava na República Dominicana, uma ilha paradisíaca. Não precisava de muito para viver, o pequeno barco que eu comprara há alguns anos já era o bastante e o simples fato de poder pega-lo e sair navegando por ai já me animava muito.

Mas flashes daquela época vinham como redemoinhos em minha cabeça. O rosto de Seu Nome daquela forma não saía da minha mente e eu precisava de alguma forma esquecê-la, afinal, já faz seis meses que ela se foi. Uma das coisas que eu mais me arrependo por não dizer a ela foi que eu a amava. Sim, eu a amava fervorosamente e tive diversas chances para falar, mas eu nunca tinha coragem. Meu coração pertenceu a ela desde o momento em que eu a vi naquela cerimônia e com certeza ele se foi com ela naquele fatídico dia.

Peguei as redes de pesca que estavam em um canto do barco e as enrolei, voltando a coloca-las no mesmo lugar, só que desta vez estavam organizadas. Depois de deixar todo o barco limpo, resolvi tomar um banho de mar e tirar o suor do meu corpo. No píer particular da pequena propriedade que eu havia comprado há pouco tempo, deixei minha camiseta e minha bermuda, mergulhando sem pensar duas vezes.
Assim que voltei à superfície, vi uma figura parada na beirada do píer. Como o sol estava atrás dela e de frente para mim eu quase não reconheci quem era, mas na medida em que eu me aproximava, eu a vi.

Aproximei-me com cautela, sentindo todos os músculos do meu corpo retraírem-se. Mais flashes vieram em minha cabeça e a dor que eu senti naqueles dias, voltou à tona.

O médico passou pela enorme porta de vidro que ficava no final do corredor e em suas mãos havia pranchetas. O seu olhar era desesperador e isso me deixava ainda mais angustiado, pois eu queria notícias. Ele caminhou até a entrada da sala de espera e como só tinha eu ali, veio ao meu encontro, sentando-se ao meu lado.

— Senhor Rogers — cumprimentou-me — Como está se sentindo?

— Estou bem, na medida do possível. — eu o olhei, voltando a encostar minhas costas na cadeira. — E ela?

— Seu Nome se machucou muito e está em recuperação. — ele disse — O tiro que atingiu seu tórax passou muito perto do coração e por isso tivéssemos que fazer uma cirurgia muito delicada. Ela não irá ficar com sequelas, mas as marcas físicas e mentais não irão desaparecer tão rápido. — olhou-me.

— Eu posso vê-la? — perguntei, sentindo uma pontada de esperança.

— Ela não quer vê-lo. — suas palavras me acertaram em cheio e soltei a respiração que estava presa — Dê um tempo a ela Steve, ás vezes a melhor solução que uma pessoa encontra quando passa por traumas como esse é o isolamento social.

Assenti com a cabeça e ele se levantou, saindo. Fechei os meus olhos por alguns instantes e me permiti sentir tudo o que estava guardado dentro de mim. O medo de ela morrer, a vontade eminente de tê-la em meus braços, a raiva por ela não querer me ver, eram um dos sentimentos que eu queria demonstrar, mas o amor por ela era ainda maior do que tudo o que eu já senti.