capitulo 56

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Beatriz narrando...

- Não sabia que isso doia tanto.. - Carol passa a mão pelo rosto que estava  um pouco inchado..

- Não deveria ter falado daquele jeito,  ele poderia ter te matado - Digo passando a mão pelos hematomas.

- Melhor eu do que você,  ainda mais grávida.  - Ela diz e as meninas concordam.

- Ok, vou dizer uma coisa, não quero que vocês se coloquem em mais perigo do que já estão por mim.. Eu não suportaria que algo acontecesse à vocês ok ? Estou falando sério.  - Elas se olham e me olham em seguida assentindo mas sei que se algo acontecer vão se intrometer e preciso fazer alguma coisa à respeito.

Dormimos todas grudadas, e eu estava com uma vontade enorme de fazer xixi, me levantei devagar e fui até um potinho que tinha ali abaixei minha calcinha e levantei meu vestido fiz xixi bem rápido e quando estava colocando a calcinha a porta se abre vejo Caio parado me olhando com malícia,  meu corpo inteiro paralisou,  ele trancou a porta devagar e as meninas não acordaram dei passos pra trás me encostando na parede e me encolhendo Yanna começou a mexer outra vez, sei que ela estava sentindo tudo isso, sei que isso faz mal mas não consigo evitar todo esse medo  dentro de mim...

- Oque ? Está com vergonha de mim ? Que já vi seu corpo e sei de cada detalhe dele ? - Ele se aproxima e fica bem perto de mim Yanna se mexeu e ele sentiu pois estava grudado em meu corpo, se afastou um pouco e olhou minha  barriga...  - Vejo que depois de mim praticou muito, será que a sensação de tranzar com grávida é diferente?  - ele chega mais perto e meu coração acelera, minhas  mãos soavam.. ele para e toca na minha barriga sentindo os chutes de Yanna, aquele toque me fazia ficar mais desesperada.. - É menino ou...

- Menina é uma menina - Vic diz de pé atrás dele, as meninas estavam acordando e quando viram via ódio em seus olhos.

- Acho melhor você ficar fora disso - Ele diz se virando pra ela, eu puxo o braço dele que me fita com raiva.

- Quer dizer que aqui uma protege a outra ? -  Ele saca a arma e aponta pra Vic, que arregala os olhos, e meu choro vem com tudo.

- Não por favor - Carol se levanta e fica na frente da Vic, empurrando ela que cai pra trás,  Clara corre e puxa ela pro canto. 

- Então vai ser você,  vou ensinar quem manda aqui - Ele dá um soco nela que cai no chão,  começa a chutar sua barriga e toda minha história vem na mente,  oque aconteceu comigo não podia acontecer com ela, não não.. ele virou ela que já cospia muito sangue e ia tirando sua bermuda..

- Para - Disse chorando  - Por favor chega,  isso é comigo não com elas..

- Bee..  - ela tenta dizer algo mas continuo..

-  Você me queria não é?  Eu Estou aqui... - As meninas me olharam sem acreditar e com medo daquela situação, eu também estava apavorada mas sei como Carol iria ficar depois disso, tudo oque passei não quero nenhuma delas passando por isso...

Ele pensa por alguns minutos e se levanta Clara puxa a Carol pro lado...

- Deixe ela ai - Ele diz com a voz ríspida e a Clara se encolhe no canto.. ele vem até mim me puxando e me joga perto dela, bato minhas mãos com tudo no chão para não bater minha barriga e machucar minha menina, Carol me olha com seus olhos pesados e seu rosto estava coberto de sangue,  aquilo me doeu, ela não merecia nada disso nenhuma delas merecia..

- Então acho que matarei minha saudade - As meninas começam a gritar quando ele dá vários tapas no meu rosto que  chegou a um ponto que nem sentia mais tanta dor apenas sentia meu rosto quente,  ele me puxou pelos cabelos me fazendo gemer de dor e me deitou com força fazendo minhas costas baterem com tudo naquele chão gelado, ficou sobre mim e começou a acariciar meu rosto e eu sentia nojo daquilo. Então me puxou pela alça do vestido e me deu dois socos, era nisso que ele sentia prazer bater em mulheres... Então na minha tentativa frustrada de tentar me livrar daquilo lhe dei um tapa tão forte que estralou, fazendo seu rosto branco ter uma marca vermelha rapidamente, ele me olhou com raiva e voltou a desferir socos eu já estava  cuspindo sangue ele parou e escutei seu ziper sendo aberto, senti Yanna se mexer e algumas pontadas no pé da minha barriga, minha pequena eu não queria que sentisse tudo isso que a mamãe está passando, pensei comigo mesma tentando tocar minha barriga, ele tira minha calcinha e ergue meu vestido, vejo as meninas chorando mas minha visão está embaçada, viro meu rosto e vejo Carol me olhando sem forças pra levantar e lágrimas escorriam pelo canto dos seus olhos com dificuldade levei minha mão até a dela que segurou forte, então sem um aviso prévio senti algo me penetrar, aquilo doía muito não tinha prazer apenas gritava de dor em meio à lagrimas, mais uma vez invadida, mais uma vez me sentia usada, mais uma vez tratada feito lixo, meu corpo doía,  não conseguia olhar para aquilo apenas olhava a Carol que segurava  minha mão com força e chorava junto comigo eu poderia sentir aquilo me rasgando,  me quebrando por inteira,  tudo oque construi por anos foram jogados fora nesse exato momento, quando escutei seu gemido final senti meu corpo entrar em chamas tudo estava doendo mas nada me importava apenas minha Yanna, senti uma dor muito grande tomar conta de mim e sem pensar em nada gritei,  gritei com toda a minha força uma dor enorme me invadiu via sangue saindo e as dores aumentando,  ouvi gritos do lados de fora e tiros mas não conseguia me concentrar em nada, Sinto Vic me puxar e Clara tentando me acalmar mas a dor era intensa, minha Yanna minha filha sentia perde-la a cada segundo, ouço um estrondo e a porta abriu, minhas lágrimas não me deixaram ver direito.

- Beea, beaa fica comigo é a policia. - a dor me consumia e o sangue que manchava meu vestido aumentava..

- Naooooooooo - Escuto um tiro e  a Carol parando na minha frente, uma mancha de sangue se formava no meio da sua blusa e ela caiu de joelhos, jorrando sangue pela boca, seus olhos lagrimavam e eu fiquei  em choque.

- CAROOOOOOL - Grito em meio a dores, minha  visão estava ficando embaçada e tudo perdia o sentido...

- Me perdoe eu te amo bea - Ela sussurra jogada no chão se engasgando no próprio sangue, eu não conseguia me mexer tudo perdia o sentido só sentia as dores Vic tentava acorda- lá e então... eu te amo Carol... meu último susurro antes de uma escuridão tomar conta de tudo.....

Foi Pelo Seu AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora