Foi Pelo Seu Amor

capítulo 60

Cheguei em Fernando de noronha e confesso que minha cara não está nada boa.. Esse lugar tem tantas lembranças,  depois de cinco anos eu mudei muito aquela menina não existe mais eu me tornei uma mulher mais séria e decidida me afastei um pouco da minha família dos meus amigos de tudo da antiga Beatriz não que eu não os ame mais ao contrário meu amor por eles é tudo oque me restou.. Aprendi a lidar com a dor, acho que se ficasse aqui com muitas pessoas encima de mim iria enlouquecer a paz de Bibury me fez bem e me faz até hoje.

Desembarquei e vi Clara, Yan, Bruno, Vic, e meus pais me esperando...

- Meu amor - Clara corre pra me abraçar era tanta saudade que quase caímos no chão,  ela está linda com seus cabelos longos seu corpo mais cheio e sua pele um pouco mais bronzeada.

- Amiga que saudade eu senti - Digo me afastando um pouco.

- Quem é essa? Cade minha irmã ? - Yan diz como se ainda estivesse me procurando.

- Continua o mesmo idiota de sempre  - Ele sorriu e nos abraçamos. 

- Filhaa - Meus pais estavam emocionados fazia tempo que não nos víamos.

Vic e Bruno me deram um abraço, mas fiquei conversando mais com a Clara e meus pais visto que os dois moravam perto e eu sempre os via, entramos no carro rumo ao hotel dos pais da Clara, ele tinha mudado muitas coisas e confesso que está bem mais bonita, com a entrada toda de vidro e, e um belíssimo jardim na frente com duas fontes...

- Chegamooooos - Clara como sempre escandalosa.

- Pode passar 20 anos mas será sempre a mesma Clarinha-  Digo e os meninos dão risada, fomos ao restaurante e o pai da Clara me cumprimentou e pediu pra alguém levar minha mala no quarto aonde eu iria ficar, de longe vejo uma mesa grande com quase toda nossa família cheguei mais perto e meu coração começou a acelerar quando vejo Victor em pé abraçando o Yan ele estava lindo não tinha mais aquele porte de garoto e sim de homem,  continua magro mas bem mais mosculoso seu corte de cabelo mudou para um estilo undercuts com um pequeno topete penteado para o lado esquerdo, com uma barba rala estava usando uma calça preta, uma camisa simples preta e por cima um terno sob medida cinza bem justa oque deixava a curva dos seus músculos à mostra, seus olhos claros no tom Mel com uns toques esverdeados de sempre e aquele sorriso encantador que com o passar dos anos só ficou mais lindo. Ele ainda não tinha me visto e rapidamente desviei meus olhos dele e comprimentei meus avós, tios, tias primos  e etc. Me sentei perto da Vic, Bruno ao seu lado, Clara estava do meu lado esquerdo e Yan do seu lado, sinto Victor me olhar e logo vejo que ele está sentado de frente pra mim, que drogaa.

- Então  Bea nos conte como é morar em Bibury ? - Minha avó comenta, visto que só meus pais tinham ido me ver e apenas umas 2 vezes ao longo desses anos.

- É ótimo  - comento com um sorriso e todos estão me olhando inclusive Victor que me encarava sem parar - É um vilarejo na verdade, tem muitas  árvores um ar puro e fresco é um ótimo lugar de se morar, eu amo.

- Fomos lá duas vezes mamãe e queria até me mudar, é lindo,  com  casas deslumbrantes de pedras, tudo muito rústico.  - mamãe diz e minha avó sorri, volto a comer sem olhar para frente e mesmo sem encarar ele sinto minhas bochechas fervendo.

- E como está a bebê?  - Minha mãe diz olhando Vic que abre um sorriso de orelha a orelha.

- Está ótima,  a barriga já pesa e ela as vezes me acorda de tanto chutar - Ela diz e Bruno passa a mão na barriga - Principalmente quando ele faz isso. - Parei de comer e os olhei felizes e pensei sobre o comentário dela " eu sei como é Yanna fazia o mesmo " meus olhos ameaçam à formar lágrimas respiro fundo três vezes bem discretamente mas mesmo assim uma pequena lágrima escorre pelo canto do meu olho, disfarço limpando visto que  todos estavam distraídos falando sem parar olho pra frente e Victor está me olhando e tenho certeza que viu minha lágrima abaixei a cabeça rapidamente e fiquei encarando meu prato me desligando de tudo à minha volta,  cinco anos cinco anos e qualquer coisa que me traga lembranças dela me dói. 
-Filha ? Filhaaa - Sou desligada dos meus pensamentos ouvindo minha mãe chamar e todos me olharem e vejo uma mulher com as mãos na minha costa ela tinha cabelos pretos e os olhos bem pretos também seu cabelo era liso e até a cintura, com um batom vermelho que destacavam ainda mais seus lábios volumosos, sua pele morena parecia uma Índia e era extremamente linda, usando um vestido azul escuro colado e abaixo do joelho com um pequeno decote mais nada vulgar ela me dá um sorriso como se já me conhecesse. 

- Oi prazer, me chamo Emma - retribui o sorriso e o abraço ainda sem entender nada.

- Prazer me chamo Beatriz.

- Eu já sei difícil não te conhecer com uma família que só fala na mesma - Todos riem e ela sai do meu lado dá a a volta e Victor se levanta dando um selinho nela e tudo começou a fazer sentido ela que era a namorada dele,  ver aquilo me deixou com o coração apertado ele não batia direito estava acelerado demais comecei a sentir falta de ar descontroladamente me apoei na cadeira tentando respirar fundo e nada adiantava, minha bolsa cadê minha bolsa...

- Beaaa - Clara se levanta rapidamente batendo nas minhas  costas sentia o olhar de todos encima de mim e vi Victor se levantar ele correu e pegou minha bolsa na cadeira jogou tudo que  tinha dentro no chão até pegar minha bombinha de ar apertou o mesmo na minha boca e eu puxei meu ar com força.

- Obrig.... - Não agradeça,  acho que ainda conheço um pouco da Beatriz .. - Ele sussurra me entrega a bombinha e volta pro seu lugar, todos me olhavam assustados ninguém sabia que minhas crises tinham voltado depois daquilo apenas Victor.

- Filha porque não me disse ? - Minha mãe me  olha um pouco decepcionada.

- Eu Não queria preocupar ninguém apenas.  - E era uma verdade, não queria ser a coitadinha Beatriz todos tinham uma vida e eu tinha que  lidar com a minha.

- Bom mas e você Bruno como está indo a Matriz  - Meu pai se afastou um pouco desse mundo de negócios mas ainda é o último a dar a palavra, ele está tirando umas " Férias " com a minha mãe segundo ele, meus pais sempre foram um casal muito apaixonado e eu os admiro muito, pena que fui fraca para lutar pelo meu amor com Victor.

- Está tudo ótimo,  temos aumentado muito os lucros. - Bruno também estava bem mais maduro mas quando se fala na filha fica  todo babão. 

- Sem coisas de empresa por favor - Clara diz e os dois riem.

- Mas então Victor e quando sai seu noivado - Evito o olhar mas sei que todos ficaram sem jeito com a pergunta da tia Charlott sinto a mão da Vic apertar a minha de um lado e as da Clara de outro por baixo da mesa, eu podia mentir para todos mas elas sabem que ainda o amo. Ele começa a tossir se engasgando com a água que estava tomando. 

- Não falamos disso ainda, e tem que ser tudo no seu tempo - Ele diz ríspido e por mais que o ame senti pena da Emma ela me parecia ser mesmo muito doce. Ela o olha e seu semblante fica triste. Rapidamente volto meu olhar para meu prato esse almoço estava mais tenso que alegre..

- E você Bea muitos namorados?  - Tia Charlott não cansa de deixar um clima sem graça, Victor me encara na mesma hora e o olho rápido,  ele está com seus olhos fixos em mim esperando a resposta e minhas mãos ficam soando frio.

- Não tia nenhum...

- Mas porque?  Você é linda duvido que nenhum homem tenha tentado se aproximar - Victor ainda com os olhos fixos em mim e todos me olhavam esperando uma resposta.

- Ela recebeu sim e muitos mas é boba e não quis nenhum - Vic diz no meu lugar e a olhei na mesma hora.

- Porque?  - Sério isso ? Minha tia virou oque ? Detetive ?.

- Porque não senti sentimentos nenhum por eles, e eu não quero nada passageiro na minha vida, quero algo que dure até o fim. - Estava ficando tudo mais tenso a cada conversa.

- Você tinha - Victor diz e todos ficam em silêncio eu o olho e vejo raiva nos seus olhos, ele nunca me olhou assim, sinto meus olhos ficarem embaçados com lágrimas que ameaçavam cair, dei um sorriso fraco.

- Eu vou pro quarto, estou cansada demais - Digo e me levanto saio rápido dali,  e subo para meu
Quarto me tranco e me sento no chão encostada na porta, eu sabia sabia que  essa viagem não ia ser boa.