capitulo 57

776 71 1
                                    

Victor narrando...

Corremos para o hospital e Clara e Vic estavam sendo atendidas, ainda não tínhamos nenhuma notícia da Beatriz nem da  Carol, um policial nos contou que quando invadiram o local aonde elas estavam um dos sequestradores estava lá dentro e desparou a arma em direção a Beatriz e a Carol entrou na frente levando o tiro...

- Minha mulher,  cade minha mulher?  - grito dentro daquele corredor,  isso tudo era um pesadelo eu não aguentaria perde-la ...

- Família da senhorita Vargas ? - Um médico se aproxima e todos ficamos ao seu redor.. - A Beatriz passa bem, está sedada mas infelizmente o bebê não resistiu fizemos uma curetagem daqui a uns minutos ela vai ser levada para o Quarto mas irá acordar só amanhã.  - Ele se retira e eu não aguento o choro,  lágrimas caem e eu me ajoelho minha filha, nossa filha como ela vai conseguir encarar tudo isso ? Como vou ajudá-la se isso está me matando por dentro.

- Calma meu filho  - Minha mãe está chorando também,  me levanta e me faz sentar em uma cadeira...

- Carol não resistiu - Yan chega com as mãos na cabeça, Carol não era o modelo de amizade linda da Bea mas de uns messes pra cá ela se mostrou só uma garota sozinha que queria amizades,  como minha Beatriz vai lidar com tudo isso ?

Ela estava no quarto já,  com alguns curativos seu rosto estava cheio de hematomas e com alguns cortes na boca, seus olhos inchados, e suas mãos com as unhas sujas tudo aquilo me doeu, me doeu vê-la assim, me doeu não ter à protegido como  sempre prometi me doeu não ver sua barriga tão linda sabendo que nossa princesa estava ali, me doeu saber que seu corpo foi violado outra vez.. soube que na troca de tiros todos eles morreram incluindo os dois que fugiram pelo menos não iriam fazer isso com outras garotas mas como fica a Beatriz? Como nossas vidas vão seguir ? Como ela vai ficar daqui pra frente ?

Clara e Vic estavam em choque mas já tinham recebido alta, Yan e Bruno levaram elas pra  casa e eu fiquei com a Bea, a mãe dela também ficou eu não consegui dormir e como vi a tia Ana cansada disse que passava a noite ali... cochilei as cinco da manhã, acordei às sete com a Beatriz acordada seus olhos estavam cheios de lágrimas com a mão sobre a barriga...

- Meu amor... - Falo baixinho me aproximando aos poucos dela.

- Diz que nossa filha só nasceu antes do tempo por favor  - Ela soluça entre as palavras e eu não contenho as lágrimas que ameaçavam cair e a abracei forte com todo o meu amor...

- preciso chamar o médico - Corro pelo corredor chamando uma enfermeira e volto..

- E a Carol ? Cade ela ? - Ela tenta limpar as lágrimas abaixei minha cabeça e quando a olhei estava em prantos outra vez...

- Naooo, naoooo por favor - Ela gritava em meio a tanto choro o médico chegou e ela se debatia na cama, chorando gritando então ele aplicou um sedativo.

- Quando ela acordar me chame. - Assenti e me sentei no sofá deixei toda aquela dor tomar conta de mim, e uma chuva de lágrimas começou,  eu não sabia oque fazer, eu prometi proteger minha mulher minha filha e agora nunca vou ver o rosto da minha pequena,  minha Beatriz está sofrendo tanto que meu coração se aperta mais a cada minuto que à vejo assim...

Uma semana se passou Bea recebeu alta fez a maior briga pra ir ao enterro da Carol mas ela precisa de repouso estava de seis messes não foi qualquer aborto Yanna já estava bem formadinha, se pensar nisso me dói?  Muito mas preciso ser forte pela Beatriz,  ela não dizia quase nada as vezes não falava mais de três palavras o dia todo, Vic e Clara vem aqui quase todos os dias mas nem com elas ela conversa... ainda não mandei tirarem tudo do quarto que ia ser da Yanna não consigo entrar lá mal consigo passar na frente. Beatriz voltou com seus pesadelos mas dessa vez piores ela grita se debate, e as vezes se machuca sozinha. Clara me contou tudo oque passaram lá e sempre que à vejo crio todas as cenas na minha mente e imagino tudo oque passou, ela é a mulher mais forte que já conheci..

- Amor precisa comer, você está fraca - Digo em mais uma tentativa de fazê-la almoçar,  mas nada Responde,  me sento ao seu lado, ela está séria com seus  cabelos soltos seu rosto ainda com algumas partes roxas seus olhos estavam inchados e com olheiras ela chora todos os dias, e quase o dia todo, ela fita a parede mas não diz nada.

- vamos tente comer... - Pego o prato mas ela se deita e vira pro outro lado,  suspiro e coloco o prato no criado mudo me deito ao seu lado e à  abraço, ela se virou pra mim com seus olhos marejados e como sempre isso me doeu.

- Porque...  Ela diz baixinho com sua voz rouca e começa a chorar eu abracei mais forte e ficamos ali, deitados,  tentei acalmar ela um pouco até que ela conseguiu dormir, essa tem sido minha rotina todos os dias, desde que ela veio pra  casa ainda não fui trabalhar e não pretendo deixá-la sozinha..

Foi Pelo Seu AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora