Capítulo 25 - Desdobramentos

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            Julie contou-nos mais sobre ela, de quando descobriu que sentia mais atração por mulheres e o quanto foi difícil para ela.

            - Se o Senhor me der licença eu preciso ir ao banheiro, Henriqueta quer ir também?

            - Não Julie eu não estou precisando ir.

            Ela sorriu e afastou-se, eu imediatamente virei-me para ele.

            - Dono estou um tanto envergonhada e sem saber o que está se passando em sua cabeça, eu não esperava que tudo isso pudesse acontecer, principalmente por estar acompanhada, por mostrar a todos que estava usando uma coleira. E ainda por cima uma mulher.

            - Minha menina, estamos em uma festa onde o teor é a liberdade das pessoas, claro que toda liberdade tem seus limites, mas como ela mesma disse que eu havia percebido seus olhares para você e não me alterei ela sentiu que não estava invadindo.

            - Mas Dono eu não tinha percebido eu não demonstrei nada a ela que a levasse a pensar que eu gostaria de algo com ela.

            - Não precisava, mas sei que depois você gostou.

            Novamente senti aquele fogacho subir, não tão intensamente, mas eu senti.

            - Dono eu não vou mentir eu senti alguma coisa sim e quando abaixei-me para limpar seus pés, como Dono mandou, eu não conseguia tirar os olhos do que aparecia da fenda de seu vestido, me desculpe meu Dono sei que não deveria, mas não consegui controlar isso.

            - Amarras minha Queta, amarras.

            - Amarras Dono? Não entendi.

            - Isso mesmo amarras é o que todos nós temos, mas quando temos clareza do que somos e o que realmente queremos podemos nos dar ao prazer de romper com elas, de superar e de abandonar amarras e você hoje rompeu uma.

               Entendi perfeitamente o que ele me dizia, percebi claramente o que era passar a ter sentimentos, desejos e sensações e poder demonstrar sem medos ou culpas, poder mostrar abertamente a quem se quer, a quem se entregou tudo o que se está sentindo.

             - Ainda bem que você não precisava ir Henriqueta, a fila estava imensa quase que eu não conseguia me segurar, só consegui por conta de duas meninas que viram meu desespero e pediram para eu passar.

            - Sei como é isso, já passei por isso também.

            Conversamos um pouco mais, ela queria sugar o máximo que pudesse sobre o nosso relacionamento como era ser submissa e Dono, algumas vezes fazia um comentário mais picante ou muuuuiiiiiito íntimo e Dono com maestria sabia contornar, ela me olhava com encantamento, mas eu já não sentia mais tudo o que havia sentido, claro que meu ego estava sendo massageado pelo que ela dizia.

            Já ia alta a madrugada quando Dono disse que estava na hora de irmos, percebi que Julie ficou um tanto sem saber o que fazer, ficou claro que ele não deu margem para que ela pensasse que poderia nos acompanhar e eu gostei disso, pois naquele momento eu não sabia verdadeiramente se gostaria que houvesse algum desdobramento de tudo o que havia acontecido.

            - Entendo Senhor e mais uma vez obrigada por me deixar participar. Quem sabe poderemos nos encontrar mais vezes.

            - Você é realmente encantadora Henriqueta, ou melhor Queta de Hunter, não sei se devo, mas, com sua licença Senhor, você quer meu número? Gostaria de poder conversar mais vezes com você.

Hugo & HenriquetaOnde histórias criam vida. Descubra agora