Capítulo 26 - Étretrat

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            Uma semana toda nossa, despedi-me de mamãe e percebi quantas mudanças ocorreram com ela nesse tempo por aqui, está independente, já consegue se fazer entender sabe se virar e fez um círculo de amizades, tanto que quando falei com ela sobre essa semana ela foi logo me dizendo que não iria, que é uma semana para eu passar com ele e que ela preferia ficar em Londres, não quis me dizer mais nada, mas fiquei achando que pode haver algo por trás de tudo.

           Saímos cedo de Londres e dessa vez fomos de avião para Paris eu me sentia literalmente nas nuvens, sentada naquela poltrona segurando a mão de meu Dono enquanto olhava pela janela e via aquela cobertura branca sob nós e o intenso céu azul acima.

            Logo estávamos desembarcando em Paris pegamos nossa bagagem e nos dirigimos para uma empresa de aluguel de carros, Étretrat fica a mais ou menos duas horas e meia de viagem e Dono preferiu ir dessa forma, não temos tempo contado para chegar e na verdade nenhuma pressa não importa se eu esteja num avião, num aeroporto ou num carro, o que importa é estar com ele agora e com a liberdade de irmos para onde quisermos. 

            Chegamos à pequenina cidade de Étretrat já quase no meio da tarde. Paramos na estrada e ficamos em um ponto apreciando a vista abaixo de nós.

            Posso dizer que foi amor à primeira vista, ali abraçada por ele, usando a minha coleira eu sentia o mesmo que senti ao esbarrar com ele, só que dessa vez eu sabia muito bem o significado dessa sensação

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            Posso dizer que foi amor à primeira vista, ali abraçada por ele, usando a minha coleira eu sentia o mesmo que senti ao esbarrar com ele, só que dessa vez eu sabia muito bem o significado dessa sensação.

            - Dono o que mais posso querer? Estou encantada com tudo isso. Sou a mulher mais feliz do mundo. 

            Ele apenas sorriu para mim e continuou a olhar para os meus olhos que resplandeciam felicidade.

            - Na verdade, não sou a mulher mais feliz do mundo, mas além disso sou a submissa mais feliz do mundo e agradeço imensamente ao meu Dono ter me feito descobrir isso e ter me aceito como sua e presenteado com a coleira que me orgulho em usar.

            Ele me beijou, acariciou meus cabelos que voavam para todos os lados por conta do vento, sentir seu beijo, seu aconchego e calor além de seu cuidado e carinho fazia-me flutuar, sentir-me em um conto de fadas. Éramos ali dois corpos unidos, um homem e uma mulher, um casal, dois amantes, um Dono e uma submissa éramos os dois lados perfeitos de uma mesma moeda.

            Seguimos a indicação do caminho pelo aplicativo, pois a propriedade do Senhor Christopher e Suzanne ficava um pouco afastada da cidade em um ponto mais alto e quando chegamos eu fiquei ainda mais encantada com o que via. O azul do mar em contraste com as falésias claras a praia abaixo, mesmo não sendo verão era tudo encantadoramente lindo.

             Pegamos a bagagem e entramos na casa elegantemente decorada, ali em tudo tinha o dedo de Suzanne, era completamente diferente da casa deles em Londres, tinha um ar claro e moderno, ficamos no quarto de hóspedes, mas vi o quanto o quarto deles era preparado para sessões, sobre a cama um lindo quadro de Suzanne nua, de coleira e com suas mãos amarradas às costas, mas sem deixar aparecer muito dela, pois estava envolta por um delicado tecido transparente, logo percebi que foi uma fotografia tirada ali mesmo, pois era de uma das janelas da casa a vista que ela apreciava no quadro.

Hugo & HenriquetaOnde histórias criam vida. Descubra agora