Passeamos por todos os cantos apreciando a natureza foi gostoso caminhar com ele segurando-me pela mão, a coleira em meu pescoço, sentindo o vento em meus cabelos e rosto, parávamos em um ponto ou outro para fazer fotos descansar ou para simplesmente sentarmos e namorar um pouco, não sei por quanto tempo ficamos apreciando a vista, mas o que sempre me encantava era a ponta do promontório, aquele arco escavado por milhares e milhares de anos de impacto do mar contra a rocha, me parecia a entrada de uma imensa catedral. Em determinado momento eu cheguei a chamar de portal do paraíso.
- Dono eu gostaria de ir até a ponta poder ver do alto os dois lados.
- Nós iremos minha menina, nós iremos. Mas não agora já passam das duas da tarde e seria melhor irmos até a cidade almoçar e poderemos deixar para amanhã um passeio para o lado de lá. E quero ver direito se será mais bonito ver o nascer ou o por do sol por lá.
- Tem razão e agora que Dono falou em comer me deu fome.
- Então minha menina está com fome.
Ele falou e puxou-me para ele, rolou comigo sobre a relva e fez ficar por sobre ele, senti uma forma diferente de vê-lo, nos beijamos ali seus braços me envolveram e como dois adolescentes ficamos aproveitando um momento ao ar livre.
Depois de um tempo ali descemos e caminhamos pela praia que diferentemente das praias que estou acostumada não tem areia e sim pequenas pedras ou seixos.
E de lá olhei novamente para a minha catedral, agora vendo-a majestosa e com uma torre, a luz do sol fazia com que a pedra parecesse ainda mais branca, ainda brinquei um pouco de jogar cascalho, os mais planos que encontrava, contra a água do mar, mas diferentemente de como eu fazia com meu pai, quando era pequena, a pedra não pulava tanto pela superfície algumas já no segundo salto era engolida por uma pequena onda.
Almoçamos e andamos um pouco pela cidade o centro pequeno, eu olhava todas as lojas, não por estar interessada ou em busca de algo para mim e sim por conta do aniversário de meu Dono que seria em dois dias e eu não tinha um presente para ele, sei que deveria ter procurado em Londres, mas a correria do final de semestre e tudo o mais, além de uma grande dúvida sobre o que comprar, afinal eu não queria apenas dar a ele um perfume, uma calça ou sei lá algo usual. Eu até pensei em buscar algo que pudesse fazer relação com o BDSM, mas acabei no final das contas vindo sem um presente.
Voltamos para casa sem eu ter encontrado um presente, sem nem ao menos ter visto algo e onde eu pudesse voltar depois sem ele, ainda tenho que pensar em uma desculpa para ir sozinha até o centrinho. O que fizemos foi comprar vinho, queijos e pães para comermos em casa, fazer uma noite nossa.
Escolhemos para aquela noite queijos da região da Normandia, sei que muita gente torce o nariz para alguns queijos com um aroma mais intenso, eu mesma assim que entramos na queijaria senti o cheiro invadir minhas narinas ao abrir a porta, cheguei a pensar como aquele simpático senhor conseguia passar o dia ali dentro.
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Hugo & Henriqueta
ChickLitO retorno de Henriqueta Borges a Londres, agora como uma profissional contratada por uma universidade. Sua nova vida em um país estrangeiro e as adaptações às quais ela precisa se adequar para continuar a sua relação com seu Dono Hugo Hunter, tendo...