Capítulo 21 - 6 meses

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            Nesses  seis primeiros meses de minha estada em Londres, agora como uma profissional, e não mais uma aluna, já mostra as mudanças que tivemos em nossas vidas, minha mãe já está conseguindo se virar sozinha, algumas vezes saí com sua amiga brasileira a Jandira, outro dia mesmo eu brinquei com ela, um dia que acabou chegando um pouco mais tarde, eu preocupada acabei ligando para ela, e quando chegou eu dei uma de mãe, disse que ela podia sair sem nenhum problema, mas custava avisar que ia chegar mais tarde. Relembrando isso agora é bem engraçado, mas na hora ela ficou chateada e eu ainda fui abrir a boca dizendo que naquele mato tinha coelho, bem ela ficou realmente chateada e passamos uns dias estremecidas, mas tudo ficou bem.

            Eu finalmente tenho o meu desenho novamente, o que foi destruído, voltamos a Paris e ao mesmo retratista a grande diferença nele é que Dono não precisou pedir que ele desenhasse a minha coleira, pois eu a estava usando com orgulho e prazer. Bem essa nossa viagem a Paris teve um significado muito especial, foi para comemorarmos nosso primeiro ano, sei que já se haviam passado alguns poucos meses, falando do dia em que nos esbarramos, mas temos como nossa data o dia que eu aceitei a sua coleira e o seu domínio.

            E tem sido algo fantástico esses meses aqui com o meu Dono, claro que não estamos o tempo todo juntos mas muita coisa tem acontecido e tenho uma novidade é uma novidade que eu não esperava e nem imaginava que viesse a acontecer, mas ele queria conversamos muito, de início eu estava bem reticente e confesso com muito medo, mas ele me convenceu, e isso eu tenho que aceitar, ele realmente consegue do jeito dele fazer com que eu aceite e consiga coisas inimagináveis.

           Bem, eu acho que estão tentando imaginar o que foi que aconteceu, ao que Dono me convenceu e que do medo inicial eu passei a amar, sei que a curiosidade pode estar fazendo pensar em até mesmo que..., mas não é isso, eu agora uso um piercing no bico do meu seio esquerdo, sempre fui muito sensível em meus bicos, nem sei como consegui aprender a gostar da pressão que Dono sabe exercer neles com seus dedos ou com enfeites, mas imaginar ter ele furado e passado algo nele me dava um medo incomensurável. Mas Dono foi conversando, mostrando-me, e em Paris, em comemoração eu aceitei fazer e agora estou contando e olhando para ele que está todo duro e vejo o H reluzente pendurado nele, não sei dizer, mas acho que agora está mais sensível ao prazer e eu tenho até mesmo pensado em fazer no outro, mas tenho que tomar coragem, pois no dia quando aquela pinça apertou meu bico e eu vi o calibre da agulha que ia me furar eu quase saí correndo, só não fiz isso por temer ter o bico arrancado e por meu Dono estar ao meu lado me acarinhando e elogiando. 

            Suzanne e o Senhor Christopher passaram um mês em Étretrat, eu fiquei encantada com as fotos que ela me mandou, o Senhor Christopher resolveu comprar uma pequena propriedade lá e estamos combinando de irmos os quatro em um momento oportuno, agora posso deixar minha mãe sozinha por um tempo sem maiores problemas e receios.

            Ela me contou que o Senhor Christopher estreou a bengala/cane lá em Étretrat e que ela chegou a pensar mal de meu Dono, pensar que ele foi um sádico ao presentear seu Senhor com aquela bengala, mas depois ela me disse que foi graças a ele e ao presente que o Senhor Christopher voltou a sair, eu é claro que fiquei curiosa na hora que ela estava me contando para saber qual o motivo que o fez usar e é claro saber o que ela sentiu e como ficou e eu acabei perguntando mesmo. Suzanne me disse que fez uma malcriação logos nos primeiros dias que estava por lá.

            Suzanne precisou entrar em uma loja e o Senhor Christopher, que a acompanhava em determinado momento ausentou-se e quando ela viu ele estava do outro lado da rua entrando em uma tabacaria. Imediatamente Suzanne largou tudo e entrou esbaforida loja adentro, e ela me disse que entrou disposta a arrancar da mão dele os charutos que ele certamente estaria comprando, mas se ela só tivesse entrado na loja e visto o que ele fazia e se aproximado com calma para falar com ele foi, mas logo falando da porta que ele não podia, que ele não estava agindo corretamente. E não eram charutos que ele estava procurando, vocês podem bem imaginar como foi constrangedora essa cena.

            E naquele noite ela provou da cane e Suzanne me disse que mesmo sabendo que era por demais merecido que ela sofreu fisicamente tanto quanto mentalmente por ter errado daquela forma, mesmo ela dizendo para ela mesma que teria sido para o bem dele, ela chegou a me dizer que no dia seguinte ao olhar no espelho sentiu-se uma zebra dolorida.

            Mas nem tudo foram flores nesses meses, sinto algum preconceito por parte de alguns professores da universidade, não sei mensurar nem perceber claramente os motivos, mas eu sinto. E recebi mais dois envelopes em minha mesa de trabalho no primeiro dizia que eu tinha que pensar bem em tudo o que eu estava fazendo, em todo o mal que eu estava trazendo a outras pessoas e que se eu ainda não estava satisfeita com tudo que já tinha causado que eu tomasse cuidado.

            Claro de imediato eu mostrei ao Dono, mas nada descobrimos sobre quem fez isso, não haviam impressões digitais a não ser as minhas e de meu Dono. O segundo bilhete não se referia diretamente a mim, mas sim ao Hugo e me perguntava se eu realmente acreditava que ele era exclusividade minha, se eu sabia o que ele fazia quando viajava, confesso que no segundo que eu li eu me fiz essa pergunta, mas logo tirei essa dúvida de minha cabeça e depois quando mostrei a ele eu fiquei atenta aos seus olhos e não vi nada neles que me fizesse ou faça-me desconfiar dele, mas por um tempo eu fiquei pensando  naquilo. Felizmente não colocaram nenhum bilhete por baixo da porta de minha casa.

             E Suzanne assim que voltou de Étretrat nos convidou para um jantar, é a mim ao meu Dono e à minha mãe e foi em retribuição ao que oferecemos a eles, foi um jantar normal sem nenhum acontecimento que pudesse chamar a atenção de minha mãe para algo, mas ela ficou muito impressionada com a casa o tamanho de tudo e o refinamento da mesa preparada por Suzanne.

            Há dois meses Arushi defendeu o seu trabalho, nunca mais voltamos a conversar, nos limitávamos a trocar poucas palavras no ambiente de trabalho eu algumas vezes até tentei uma conversa com ela, mas a sentia arredia e notei que ela havia mudado muito era uma mulher mais preocupada, não demonstrava a jovialidade de antes, eu de início achei que fosse estresse por conta de estar chegando o dia da defesa e assim que ela defendeu foi embora e eu nunca mais a vi.

            Na próxima semana o semestre de aulas termina e talvez nós iremos, só eu e Dono, passar uma semana em Étretrat, ele me disse que o Senhor Christopher havia oferecido a nós usar a casa, eles não vão estar por lá pois estarão na Escócia, estou empolgada em passar uma semana inteira com meu Dono em um lugar que ambos não conhecem. Ainda não conversei com mamãe sobre isso, mas sei que não preciso me preocupar que não haverá problemas.

            Essa noite vou sair com meu Dono, ele vem mantendo onde iremos em segredo, sei que ele determinou o que eu devo usar ou não devo e entre o que devo usar está a minha coleira com o H o piercing com o H e o plug joia e certamente o que não devo usar é calcinha, ainda bem que minha menstruação acabou a três dias atrás e estou ansiosa por essa noite, na verdade estou me sentindo como na primeira noite que eu saí com ele lá no Rio de Janeiro.

Hugo & HenriquetaOnde histórias criam vida. Descubra agora