Capítulo 3 - Noite

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            Lá estava eu sentindo-me como uma colegial que está indo para o seu primeiro baile, o nervosismo tomava conta de mim enquanto eu usando apenas um roupão me preparava para fazer uma maquiagem, estava difícil passar o lápis da forma como minha mão estava tremendo, e pela forma como eu estava me sentindo o meu corpo todo reagia com o passar dos minutos, parecia que cada célula de meu organismo ansiava por estar com ele, sentir seu toque, seu cheiro, seu calor e todo o meu ser queria sentir o domínio dele. Já quase na hora minha mãe entrou no quarto.

            - Filha vim te ajudar com o vestido.

            - Tá mãe vou precisar de ajuda mesmo, pois não consegui prender o camafeu da mesma forma como você fez antes.

            Levantei-me e sem me lembrar de estar nua eu fui tirando o roupão.

            - Mas você ainda está assim? Ainda nem vestiu roupa de baixo?

            Confesso que eu fiquei sem reação, eu não estava preparada para isso, tratei de fechar o roupão.

             - Não mãe eu ainda não escolhi.

             Como dizer a ela que eu não vou usar? Que ele não quer que eu use? Procurei um conjunto peguei e vesti, mamãe me ajudou com o vestido, mas o sutiã não ficou bom, tive que tirar o tempo passando o segundo que vesti também não ficou bom.

             - Acho melhor você ir sem minha filha, esse vestido não pede sutiã e você ainda pode, sim ainda pode se dar ao luxo de não usar.

            Tirei o sutiã ela prendeu o camafeu, antes eu já havia preso a medalha ao vestido, ela por estar retorcida marca mais, mas isso não importa.

             - Pronto ficou melhor.

             - Obrigada mãe.

            Minha mãe foi para a sala para dar um jeito nas almofadas, eu aproveitei para tirar a calcinha e coloquei o mimo que ele havia deixado sobre a cama.

            - Mãe está arrumando a sala?

            - Claro, esqueceu que a casa é dele, já estamos as duas aqui deslocando ele, agora imagina que ele entre e veja tudo fora de ordem.

            - Ele não vai entrar mãe, vou encontra-lo lá fora e já está na hora. Tem certeza que vai ficar bem?

            - Pode deixar filha.

            - Qualquer coisa me liga.

            - Não vai acontecer nada, vou ler um pouco e logo vou dormir.

            - Boa noite mãe. 

            - Aproveite.

            Despedi-me dela com um beijo, vesti o casaco e saí para encontrar meu Dono, como eu quero ser a Queta de Hunter, assim que abri a porta vi um carro parando, meu coração acelerou e senti um arrepio percorrer todo o meu corpo. Parecia que aquela era a primeira vez que eu saia com ele, novamente eu tinha em minha mente a preocupação se ele iria gostar de mim como eu estava agora, tinha receio de que algo pudesse ter mudado em mim, sei que ando mais assustada com barulhos, mas por outro lado estou sentindo uma sensação gostosa de poder estar sozinha com ele, de ser dele.

            - Boa noite meu Dono.

            - Boa noite minha menina.

            Como é bom poder usar a palavra Dono, como é bom ouvir esse minha menina, como é bom sentir seu toque em minha cintura, ele sabe que estou como ele quer, que sempre estarei, mas é bom sentir que ele vai conferir.

Hugo & HenriquetaOnde histórias criam vida. Descubra agora