Capítulo 32

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Peter estaciona no fundo do palácio. Connor pega Sophie novamente, e Peter me ajuda a sair do carro. Vejo todos correrem para fora do castelo, todos tentando ver o que acontece do lado de fora. A expressão de espanto e surpresa estampa os rostos, principalmente quando eles percebem que existem duas de nós. Não é segredo, mas ninguém esperava ver Sophie novamente.

Alguns dos guardas correm até nós. Eles pegam Sophie no colo.

– Ela precisa de um médico – Connor avisa.

Os guardas assentem e correm para dentro com minha irmã.

Os braços de Peter ainda envolvem minha cintura, dando-me suporte. Caminhamos para dentro, e meu olhar encontra o da rainha. Ela me desafia, quase ameaça sem dizer uma palavra. Aperto a gola do Peter sem conseguir me controlar. Ele me olha.

– O que foi? – Ele segue meu olhar. – Está tudo bem?

A rainha desvia o rosto, olhando para o guardas que entram com Sophie. Ela finge estar surpresa, até mesmo preocupada.

– Está tudo bem – eu digo a ele.

Vejo um vulto correndo em nossa direção. Romeu me abraça tão forte que não consigo respirar. Emily puxa sua calça, e Romeu a olha com desdém.

– Vai ter sua vez, mini York.

– Romeu – reprimo-o, mas não consigo não rir. Achei que nunca mais ouviria suas indelicadezas.

Agacho-me para ficar cara-a-cara com Emily. Ela tem lágrimas nos olhos e um semblante triste.

– Emy, por que está chorando? – Limpo suas lágrimas. – Está tudo bem agora.

– Achei que tinha ido para sempre. – Ela esfrega os olhos. – Minha mãe disse que você não iria mais voltar.

Acaricio seus cabelos.

– Sua mãe se enganou, acontece. Ela claramente não tinha noção do quão forte nós somos juntos.

Ela olha para Peter e o abraça.

– Salvou ela, Peter? – pergunta ela em seu colo. – Tipo quando o príncipe mata o dragão para salvar a princesa?

– Eu não diria exatamente isso... – Ele sorri.

– Não escute ele, Emily – Connor aparece ao nosso lado. – Foi uma cena digna de Hollywood. – Ele traça um arco imaginário com a mão.

Peter ri.

– Aposto que já acrescentou algumas motos e tiros à sua história.

– Peter, uma história bem contada é uma história bem vivida. – Ele olha para mim. – Que bom que está bem... Chloe.

Ele sorri e abre os braços em minha direção. Sorrio de volta e me encaixo em seu abraço.

– Estou feliz de estar de volta.

Ele me aperta.

– Esse abraço não está muito demorado, não?

Soltamo-nos um do outro e olhamos para Peter, que porta uma carranca. Migro para seus braços e o beijo na bochecha.

– Quanto ciúmes.

Ele sorri, enlaçando novamente a minha cintura.

– Eu avisei.

[...]

Sinto algo abaixo de mim se mexer e abro os olhos devagar. Sophie treme embaixo dos lençóis de um modo assustador. Levanto minha cabeça de sua cama, onde devo ter caído no sono. Olho ao redor do quarto. Nada além de alguns guardas.

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