Zachary Heights

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2015 - Novembro, 20, Rio de Janeiro - Brasil

Hotel Copacabana Palace

Olho no relógio e já são 14 horas da tarde, horário de Brasilia.

Rio de Janeiro é quente, mas que praias maravilhosas e como existe mulheres bonitas neste lugar, ser estrangeiro aqui faz sucesso, não houve uma noite que não fiquei sozinho, em todas as reuniões que tive no período da noite, lá ia eu e mais meia duzia de homens para boates, pegávamos camarotes Vip com muita mulher, bebida e sexo.

Hoje a noite embarco para Boston, não vejo a hora de chegar na segunda-feira e ver minha nova secretária, agora era esperar por Don me passar as informações.

A tarde está caindo, tomo meu banho para me refrescar do calor, visto meu melhor terno para ir ao aeroporto, escolho o azul marinho com lenço vermelho, coloco no pequeno bolso do paletó.

Saio do quarto para a sala, Don está em pé, com alguns papeis nas mãos, ele sorri para mim.

- Boa noite Sr. Heights, aqui estão os documentos que me pediu e sua nova secretária está contratada, segunda- feira ela começará a trabalhar.

- Me conte como foi a contratação. - Peguei os papeis de suas mãos, enquanto lia ele me contava como foi.

- Ela tem boas qualificações e referencia.

- É!... Eu sei. - Olhei para Don. - Fui um bom professor, seu pai também foi, por isso a quero.

- Temos que sair dentro de uma hora.

- Sim... Pode avisar a todos que estou pronto. - Cheguei até a janela, olhei para o mar de Copacabana, respirei fundo, dei as costas e saímos.

O rapaz a minha frente levava minhas malas, Don ao meu lado e meus dois seguranças logo atras de mim, a porta do elevador se abriu, entramos todos, menos o rapaz que levava minhas malas, esperou pelo elevador de serviços.

No caminho para o aeroporto, fui pensando sobre minha vida e de como cheguei até ali, me tornando uma pessoa arrogante e tão vingativa, mas a vida era assim. Pois Percebi que se não for forte o bastante para se erguer na vida, será tragado para o fundo do mar e de lá não sairá mais, morrendo afogado, pelo desespero para tentar emergir, não adianta se debater, se desesperar.

Foram sete anos dando duro, guardando cada centavos para estar onde estou, sou um dos homens mais rico de Boston, me tornar um consultor financeiro e arrematar empresas importantes da cidade, me fizeram ganhar respeito, e com a Morte de minha esposa e sogra, toda a sua fortuna veio parar em minhas mãos. Isso não era justo, eu sei, mas o que fazer, sempre administrei com louvor e nunca imaginei que um dia tudo aquilo seria meu, eu preferia ter me separado ao perder as três pessoas que eu mais amava.

Assim que o carro estacionou ao lado do jato, desci, olhei em volta, dei um leve sorriso ao piloto, co-piloto e comissária de bordo.

- Seja bem vindo, pode subir Sr. Heigts. - Disse o piloto me dando passagem para subir a pequena escada do Jato particular.

- Obrigado. - Subi de imediato, me acomodei numa das poltronas, Don e os dois seguranças vieram logo atrás de mim.

Don se sentou a minha frente, afivelou o cinto de segurança, abaixou a mesa e me olhou.

- A empresa Oregon está entrando com pedido de falência, não querem negociar conosco.

- Mas vão negociar... Essa empresa já está no papo, é questão de tempo.

- Não acha que essa vingança já está indo longe demais.

Encarei meu assessor trincando os dentes.

- Eu mal comecei... - Disse irritado. - Quando me sentir satisfeito, aí te informo... Enquanto isso faça o seu trabalho, consiga uma reunião com o Senhor Demétrio Lancer, fique de olho em outros interessados.

- Sim, Senhor. - Don torceu a boca e se calou, logo estávamos no ar, pela janela deu para ver o Pão de Açúcar Iluminado, aquela cidade era maravilhosa do alto.

Me recolhi ao dormitório do avião para descansar, tirei o paletó, os sapatos, me deitei e fechei os olhos, logo estava dormindo e meu sono e sonho se transformam em pesadelo com o passado.

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