Zack recebe a noticia do acidente

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Zack

Estava almoçando com o grupo Tower Rose quando meu celular começou a tocar insistentemente, odiava quando isso acontecia, por sorte já tinha terminado o almoço.

- O que foi, Harryson. - Disse passando o guardanapo na boca.

- A senhora Withmore sofreu um acidente... estão levando-a para o hospital.

Me levantei quase jogando a mesa ao chão, os homens ali presente seguraram a mesa.

- Para qual hospital? - Pedi licença estalando o dedo para o Metrê vir até a mesa. - Mande a conta para o meu escritório, por favor. - Harryson me passou o hospital, desliguei o telefone. - Senhores, preciso sair com urgência, ouve um acidente...

Não esperei que falassem algo, saí correndo do restaurante, já chamando pelo Ubald.

- HOSPITAL SAN DIEGO, o mais rápido que puder. - entrei no carro e fechei a porta.

Ubald voou naquela avenida, me fazendo chegar em dois minutos de diferença da ambulância.

- Onde ela está? - Perguntei para Hellen assim que a vi em pé na entrada da emergência.

- Está lá para dentro... - ela apontou a entrada da emergência. - E meu filho?

- Está sendo atendido, ele está em choque.

Meu Deus! Meu coração não só explodiu naquele momento porque sou jovem, entrei na emergência a procura dos dois.

- Pai! - Caleb me chamou em prantos.

- Há meu Filho... O que aconteceu!? - O abracei, beijando seus cabelos.

- A vovó empurrou a mamãe... - ele chorava. - Eu odeio ela!

- Somos dois... - O fiz me soltar, segurei ele firme. - Eu vou ver sua mãe, fiquei aqui, eu volto, prometo.

Ele concordou, dei outro beijo nele e fui atrás de informações.

- Por favor... - Parei uma enfermeira, não tinha visto Erin em nenhuma das camas. - Erin Withmore?

A enfermeira conferiu uma prancheta e depois me encarou com pesar.

- Ela está no CTI, senhor.

- O quê? - Quase desabei.

- Já o doutor Randolph era explicar o que ocorre com a paciente, Senhor.

- Mas... Espere... Porque CTI? Eu não estou entendendo? - A mulher me deixou falando sozinho, dei um soco no ar revoltado e mordi a mão para não berrar.

Maldita escada, ela era amaldiçoada, só pode, era a segunda vez que Erin caia dela, que ódio daquela casa, que ódio de Eisy, eu a queria pegar pelo pescoço e estrangula-la.

Algum tempo depois um médico na faixa dos seus cinquenta anos veio falar comigo.

- Com licença, o senhor é parente da paciente Erin Withmore?

- Isso... Sim! - Passei as mãos pelos cabelos, Caleb dormia no quarto.

Encarei o médico.

- Sua esposa sofreu traumatismo craniano,vamos submete-la a uma tomografia para avaliar se houve dano cerebral. Ela também fraturou um braço e sofreu desvio do nervo ciático na perna esquerda. Ainda não sabemos o quanto isso pode comprometer os seus movimentos

Tapei o rosto com as mãos e bufei.

- Ela corre risco de vida? Do resto a gente da um jeito, só não posso perde-la. - O encarei desanimado e triste.

- Infelizmente sim, na atual situação em que se encontra ela pode sofrer uma parada cardiorrespiratória. Mas, o seu quadro está estável e nós estamos otimistas.

Agarrei no jaleco do médico e o puxei para mim.

- Se minha mulher morrer, eu juro que tiro de você seu registro e tudo que tem, então de o melhor de você para mante-la viva, respirando. - O soltei arfando, desabei na cadeira ao lado da cama de Caleb, olhei para o meu filho e escondi o rosto e chorei de ódio, medo e sei lá mais o que.

- Estamos dando o nosso melhor para salvá-la, Senhor! E o manterei informado de qualquer alteração no seu quadro.

- Eu quero vê-la... Por favor? - Olhei para o médico em lágrimas. - Por favor?

- Não é aconselhável que se receba visitas no CTI, mas diante do seu desespero, acho que não me custa nada permitir. Vou acompanhá-lo até o quarto.

Me levantei e dei um beijo em Caleb.

- O papai já volta, meu anjo. - Acariciei seus cabelos e segui com o médico.

Na porta estava Ubald e Harryson estavam de guarda.

- Onde está Hellen?

- Fazendo algumas radiografias.

- Tudo bem, eu já volto, não deixe ninguém entrar se não for a Hellen.

Os rapazes concordarem e segui o médico até o CTI.

O médico me deixou entrar, apenas 10 minutos era o permitido que eu pudesse ficar ali.

Erin estava pálida quando me aproximei, debrucei sobre ela e acariciei seus cabelos, dei um beijo no canto de sua boca.

- Erin... Sua maluca, o que você vai fazer no topo de uma escada para conversar com outra maluca. - Solucei de chorar. - Como eu vou ficar agora? Eu vou estar naquele evento sem você... Minha namorada, minha mulher e minha embaixadora. Acorda logo e volta pra gente, o Caleb está assustado com o que aconteceu... E eu ainda não terminei com você, lembra? - Dei risada fungando. - Eu ainda quer te comer, mas nessas condições não vai dar, então acorda logo... Por favor!?

Ela abriu os olhos e me encarou, voltando a fecha-los em seguida.

- Eu estou muito mal? - Ela apenas sussurrou.

Dei risada.

- O médico disse que você vai ficar bem. - Deixei as lágrimas de felicidade rolarem, acariciei seus cabelo e beijei sua boca.

- Eu amo você, sua maluca, eu não posso mais deixar que volte aquela casa... - Apertei sua mão. - Não quero deixar você lá, não dá!

- Cadê o Caleb? Ele deve estar assustado.

- Está dormindo agora... ele ficou apavorado, mas está bem agora, estou cuidando dele.

- Que bom! - Ela sorriu fraco. - E a Hellen ?

- Está bem... Passando por alguns exames, o Ubald e Harryson estão com o Caleb. - Beijei sua mão demoradamente. - Agora dorme, descanse, logo vão vir te buscar para fazer alguns exames, eu vou estar bem pertinho de você, vê se não foge! - Brinquei.

- A minha mãe tentou mesmo me matar? - Ela perguntou com pesar em sua voz.

Gaguejei e sacudi a cabeça concordando.

- Eu vou acabar com ela, eu juro que vou afasta-la de você e do nosso filho. - Disse com raiva. - Como ela pode fazer algo assim... Caleb a odeia... E eu mais ainda.

Erin suspirou e fechou os olhos apertando a minha mão.

- Eu amo você.

- Também te amo... Agora durma! - Beijei seu rosto. - Tenho que sair agora, mas eu estou bem aqui do lado, esperando por você.

Ela sorriu e deixou minha mão,escorregando a sua para a cama

- Tem que sair agora. - Outra enfermeira entrou.

Olhei para Erin, acariciei seus cabelos me sentindo mais tranquilo, me inclinei até seu ouvido.

- Estou te esperando... Volta para mim. - Beijei seu rosto e saí.

REVENGE - TWOOnde histórias criam vida. Descubra agora