REVENGE - TWO

Zack pensa no passado

Zack

Desligar aquela chamada por ter que ir a um compromisso me deixou arrasado, queria poder estar próximo e curtindo o fim de semana com Caleb.

Agora tinha uma missão difícil de fazer, contar ao meu pai que o neto dele está vivo, tem quase 9 anos e mora em Boston com Erin. Com certeza meu pai também iria surtar quando soubesse que fomos enganados por tanto tempo.

Coloquei o notebook junto com os documentos, Dubald entrou para apanhar minha mala de viagem e minha pasta.

- Conseguiu falar com a agencia de segurança?

- Sim, Senhor... - Dubald esticou uns papeis. - Este é Sr. Clister, 42 anos, casado, ex militar, possui carro blindado, um BMW preto.

- Ótimo... pode contratar. - Disse devolvendo a papelada. - Ficará encarregado de apresentar Caleb e Erin a ele, dar instruções de como trabalhar.

Pensei na segurança dos dois, por mim traria meu filho o mais rápido para junto de mim, mas não era bem assim, tinha que esperar a justiça dar seu parecer, respirei fundo pensando em Vladimir, se fosse ele, já teria comprado meio mundo para conseguir o que quer o mais rápido possível, ainda me sentia frustrado por não ter feito ele assinar a venda da empresa, nessa parte, minha vingança não era completa.

- Me deixe no aeroporto, eu me Viro em Nova York.

- Sim, Senhor. - Dubald sorriu. - Eu preciso parabaniza-lo... O menino é muito bonito e como se parece com o senhor.

Olhei para Dubald sorrindo orgulhoso.

- Eu ainda não acredito que tenho um filho, finalmente. - Soltei o ar pela boca. - Eu vou ter alguém gritando pela casa, correndo, deixando tudo mais feliz.

- Isso vai ser muito bom. - Dubald apanhou a mala e a pasta. - A Mãe do garoto também é muito bonita.

- É... Sempre foi, mas não se engane, aquele rosto de anjo só me fez sofrer, quanto a ela estou bem vacinado.

Seguimos para fora, entrei no carro enquanto Dubald colocava minha mala no porta malas.

Viajei no tempo, quando eramos apaixonados, Erin era tudo que eu queria, mais nada.

"A imagem no monitor era escura, mas dava para ver o bebê se mexendo, a emoção que senti ao saber que fui capaz de fazer um ser tão pequeno como aquele, era de me deixar pasmo comigo mesmo, um momento de prazer em que duas pessoas se unem, a sementinha é plantada e puf, lá estava o resultado.

Naquele momento eu descobri que Caleb era real, ele precisaria de uma família feliz e estruturada, queria passar para ele todos os valores que aprendi ao longo da minha vida, viver a cada passo da evolução do meu filho.

Ver a barriga de Erin se transformar, perder aquela cintura que ela tinha e que eu amava, os choros compulsivos dos hormônios a flor da pele, para nada. Perdi Caleb e sofri como se fosse real aquela perda, me deixei ser levado, me deixei ser espancado por achar que tinha perdido tudo, todos os sonhos que fiz naqueles meses que pude dizer que era feliz".

Meu coração ainda batia forte por Erin, a desejava e muito, mas a cada mentira descoberta, a decepção era maior, queria faze-la sofrer como eu sofri pela ausência de Caleb.

Agora eu tinha como recuperar o nosso tempo perdido, iria aproveitar cada momento de sua vida assim que o levasse para casa, neste tempo, a transição da transferência das empresas e a venda da fabrica na França seria dentro deste prazo.

Pior que minha mente se compadecia por Erin, eu não queria tira-lo dela, não queria que Caleb sofresse pela sua falta, mas também não conseguia ver como eu iria mante-la tão próximo de mim, preferi deixar isso com o tempo, melhor assim.

Tomei meu voo e segui para Nova York, Domingo a noite estaria de volta.