Zack e Erin saem 1ª vez

2.2K 206 1
                                    

Zack - Depois da volta ao trabalho - Como vinho no primeiro livro, aqueles dois viviam se engalfinhando. Como no primeiro livro terminamos com o pedido de que Erino acompanhasse até a uma festa, lá estava ele, Zack indo para a antiga casa que viveram.

**********

Já havia se passado meses, o Natal estava próximo e as confraternizações de associações e empresas estavam para acontecer, e uma das coisas que eu mais odiava é estar nesses lugares sem a companhia de Brenda, seu sorriso e sua segurança me deixavam em paz comigo mesmo.

Não gostava de ser abordado por outras mulheres, principalmente por aquelas que procuram por um bom partido, não me sentia bem.

Quando Moore insinuou Erin para esses evento, que também é beneficente, vi uma oportunidade de me sentir seguro, mas ao mesmo tempo queria mostrar a ela que não era mais um idiota completo, que acreditava em seu amor e em sua fala doce.

O carro foi estacionado em frente a casa onde vivemos, desviei o olhar, não queria recordar o quanto fomos felizes, e como eu fui tão idiota achando que seria para sempre, que seriamos uma tipica família, onde o amor e a família era o principal objetivo.

Respirei fundo, minha vontade era de pedir a Dubald para irmos embora, desistir do evento, mas a porta foi aberta e Erin entrou,linda, cabelos soltos, preso apenas nas laterais com presilhas de Swarovski, usando um vestido rendado preto, pendendo nos ombros, nada vulgar e extremamente elegante.

Em suas orelhas brincos em formato dota de diamante, um batom com um leve tom rosado, o perfume era o mesmo, ela fez de proposito.

- Boa noite. - Disse assim que saí dos meus devaneios e tentei esquecer o quanto ela é gostosa.

- Boa noite Sr. Heights!

- Pode seguir, Dubald. - Pedi ao motorista, desviei o olhar para a Janela, não podia ficar olhando por muito tempo para aquela mulher.

- Não precisa agradecer.- Sorri rapidamente e voltei para a janela.

- Sr. Heights, eu... - Ela suspirou e encarou a outra janela. - Esquece!

- Melhor... - Disse baixo. - Tem coisas que é melhor não dizer.

- Como você pode saber?- ela parecia cansada

Aquele perfume estava me matando, eu tinha vontade de abrir a janela e cheirar o ar que vinha de fora do que aquele perfume.

Tem coisas que um homem deveria se recusar a fazer, sair com a mulher que julgou ser a mais importante de sua vida.

- Eu não quero ouvir suas lamentações, não quero saber se está ou não arrependida... Você matou o que eu tinha de melhor em mim, então se puder ficar calada, pra mim seria melhor... Gosto quando está de boca fechada.

- Eu não queria falar sobre o passado... - Seu tom de voz era de quem chorava. - Que diferença faz se eu me arrependi, se você me odeia? Mas, como você disse, certas coisas são melhores guardar pra nós.

- Vou manter a minha boca fechada, Sr. Heights! Eu sou só a sua secretária e acompanhante essa noite.

- Acompanhante... - Dei risada. - É... Tem rasão.

- Você alguma vez pensou no nosso filho? - Ela perguntou depois de longos minutos calada.

- PARE O CARRO... - Gritei dentro daquele carro quase me sentindo em pânico.

Dubald encostou pisando no freio com tudo, me virei para Erin furioso.

- Nunca mais fale de Caleb para mim, entendeu bem... Você tratou de colocar outra criança no lugar dele rápido demais... Garanto que para você não deve ter sido difícil de esquecer o filho do filho do motorista e da empregada... Então nunca mais me pergunte, porque levei oito malditos anos para esquecer a dor que senti... deixe meu menino em paz. - Abri a porta e saltei, comecei a caminhar pela calçada.

- Senhora... - Dubald me olhou. - Ele acabou de perder a esposa e a filha, para ele, isso é dolorido demais.

Erin desceu e me seguiu.

- Zachary, eu...por favor, me desculpe, eu não queria reviver a sua dor... eu só preciso que você saiba....

- Erin... Pelo amor de Deus... Eu não quero saber. - Disse segurando para não chorar. - Vou pedir a Dubald para te levar em casa.

- Eu fico quieta! Me desculpe, eu não falo mais, eu juro!

A ferida estava aberta novamente e sangrando, não teria mais clima para ir a esse evento.

Ficamos ali em pé, olhando um ao outro, eu queria que um buraco me engolisse e sumisse com tudo, meu corpo, meus pensamentos e meu sofrimento, passei a mão no rosto secando as lágrimas que rolavam, olhei em volta, não sabia o que fazer, queria ir para casa.

- Acho que não tem mais o porque de ir a esse evento... A quem eu quero enganar que estou bem e feliz... - Abri a porta do carro. - Melhor Dubald te levar para sua casa, pegarei um táxi.

-Por que insiste em me ter por perto se você me despreza, Zachary?

- Eu não desprezo... - A olhei nos olhos. - Eu preciso olhar para você e me lembrar do quanto as pessoas são amáveis ao ponto de te destruir... Quando olho para você, lembro de tudo que me tirou... e lembro de cada cicatriz que ganhei no corpo depois de passar quase cinco meses preso, apanhando para ter que assinar um misero papel confessando algo que eu não fiz... Olhar para você é saber que não devo ser fraco.

- Você não foi fraco. Eu fui fraca!  Acreditei no Vladimir, achei que estava protegendo você, que evitaria que você fosse preso. Meu pai se aproveitou de um momento de vulnerabilidade, em que eu estava internada e movida pelas minhas emoções. Eu fui covarde, mas porque eu tive medo. Eu nunca acreditei que você tivesse roubado aquela empresa.

 - Erin... Eu não acredito em você. - Disse me recompondo. - Agora entre no carro e volte para casa.

Ela me deu as costas e saiu batendo pé na direção em que viemos.

- Pegue-a e a leve para casa, se ela não quer entrar no carro, que a siga... não deixe que nada aconteça.

- Sim, Senhor.

Erin parou e voltou-se na minha direção,caminhando a passos curtos e elegantes,preservando a altivez que ela sempre teve.

- Sr Heights, eu não posso lhe dizer o que fazer, mas eu sugiro que o Sr retorne a esse carro... - ela passou a ajeitar a minha gravata e a lapela da minha camisa e continuou. - E que prossigamos para essa festa beneficente, já que muitos dos seus investidores o aguardam e seria uma desfeita com os mesmos. Entendo, que o Sr seja o chefe e possa fazer o que bem quiser e entender, mas esses acionistas ajudam a manter a sua empresa de pé.

Suspirei, ela tinha rasão, antes tivesse recusado.

- Tudo bem... Entre no carro, Sra. Withmore, vamos dançar um pouco acho que isso vai ajudar a alegrar um pouco.

- Claro! Vou me manter calada se isso o satisfaz.

- Obrigado. - Erin escorregou no banco me dando lugar para me sentar ao seu lado.

Fomos em silêncio, até o salão de festa onde acontecia o evento.

Dei o braço a Erin e entramos, omos recepcionados pelos organizadores, nos levaram até a mesa e nos sentamos.

A minha esquerda, Hector se sentou.

- Vejo que veio acompanhado de uma bela mulher.

- Sim... Erin Withmore, minha secretária executiva.

- Muito prazer Sra. Withmore, sou Hector Batistini, médico voluntário. - ele sorriu estendendo a mão para Erin.

REVENGE - TWOOnde histórias criam vida. Descubra agora