John e a surpresa de Ellen

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 John

Era estranho estar naquele hospital,torcendo pra que o Zachary acordasse logo. Meu ombro doía menos depois de feito o curativo e de eu ter sido medicado. Voltei a pensar em Jasmine,a pobre devia estar desolada.

Eisy tinha superado todos os limites da insanidade e se aquele segurança não tivesse chego a tempo, tanto eu quanto Zachary seríamos apenas história.

Me sentei na cama para me movimentar um pouco, escutei batidas na porta e Ellen entrou, mais bonita, bem vestida e um sorriso ansioso no rosto.

- Como meu irmão está? - Ela entrou e abriu os braços para me abraçar.

- Estou bem! Você me conhece, tenho nervos de aço!

- Meu super man. - Ellen segurou no meu rosto e deu um beijo estalado no meu rosto. - Estou orgulhosa de você... Ajudou o homem que te tirou Erin... Isso é muito nobre da sua parte, sabia?

 -Eu não poderia ver uma pessoa morrer na minha frente sem fazer nada. E vamos ser honestos! Erin nunca foi minha,Heights não a tirou de mim,ela sempre foi dele!- dei de ombros

- Certo. - Ellen sorriu amável. - conversei com o médico, ele já vai te dar alta, vou te levar pra casa e fazer aquela sopa de legumes de que tanto gosta.

-Hum,vou comer até ficar redondo. Você tem notícias da Jasmine?- perguntei sem jeito.

- Jasmine? - Ellen pareceu surpresa. - achei que tivesse odiado a patricinha... O que deu em você?

- Ela é uma boa moça e acabou de perder a mãe.- não dei maiores explicações

- Estou vendo que meu menino está crescendo! - Ellen riu.

- Eu sou seu irmão mais velho. Você é minha menininha! E por falar nisso,que história é essa de ir pra Nova Iorque com esse cara que eu mal conheço? Você tá morando com ele?

Ellen sorriu sem jeito e ficou vermelha, levantou a mão esquerda me mostrando a aliança.

- Me casei em Miami.

- VOCÊ O QUÊ? - berrei.

- Desculpa meu irmão, mas eu achei o homem da minha vida... Não consegui dizer não para ele. - Ellen parecia muito encabulada. - Me perdoa?

- ELLEN, VOCÊ ACABOU DE CONHECER ESSE CARA! COMO ELE PODE SER O HOMEM DA SUA VIDA? VOCÊ TÁ GRÁVIDA, É ISSO?

- Estou! - Ellen tapou o rosto. - Estou e você vai ter um sobrinho lindo, ou uma sobrinha linda... E eu sei que você vai amar ela! Ou ele... Vai! não faz essa cara!

Suspirei resignado e estendi o braço pra ela.

- Você sabe que se as coisas não derem certo, e se ele não assumir as responsabilidades sob o filho de vocês, eu sou um ótimo advogado e vou arrancar até as calças dele num tribunal, não é? E posso partir a cara dele em trinta pedaços.

- Eu ouvi isso... - Don estava parado na porta, mãos nos bolsos e sorriso divertido no rosto. - Posso entrar? Ou tenho que ir comprar luvas de Box antes?

- Não me venceria no boxe nem se quisesse muito. Meu pai era um ótimo boxeador, nós crescemos lutando boxe, e só pra você saber,minha irmã luta muito bem, então nem pense em erguer a mão pra ela. Se ela não te der uma surra eu mesmo dou. - semicerrei os dentes. Você se casou com a minha irmã, e nem pensou em falar com a família dela? Em resumo, eu!

Don se aproximou apoiando a mão no ombro de Ellen, os dois me encaravam divertido.

- Bem! - Don deu de ombros. - No calor das emoções... Nós não pensamos em nenhuma das famílias, nem meus pais e irmãos e nem em você. Mas pode ter certeza, vou cuidar muito bem de Ellen e do bebê. O nosso apartamento em Nova York estará sempre aberto para ir nos visitar.

- Nova Iorque? - Encarei minha irmã e parecia estar vendo aquela menininha de maria-chiquinhas no meio das costas e riso banguelo. - Ainda sabe como imobilizar um homem não é, Ellen?

- Sim... muito bem. - Ellen riu e olhou para Don. - Mas Don jamais levantaria a mão para mim.

- Pode ter certeza que jamais farei isso, a não ser se for para lhe fazer um agrado e um carinho. - Don me olhou. - Fique tranquilo, Jonathan, ela está muito bem amparada, e o nosso casamento só foi no civil... Ainda vai entrar com sua irmã na igreja... Eu sou muito católico, ainda sou tradicionalista.

- Mary Ellen Patrick Quest! - sorri. - Acho que cai bem. Bem vindo a família, cunhado!

- Obrigado! - Don lhe deu um abraço. - Tenha certeza que amo sua irmã.

 - Ai de você que não a ame!

Como não amar esses grandes olhos de jade?

- São lindo... Imagina uma menininha com esses olhos?

- Vocês dois são dois babões e pode parar... Não vamos dar sexo ao bebê...ele ainda é só uma bolinha... Não é como o de Erin. - Ellen sorria como uma boa. - Mano... Eu vou ter um bebê... Pode imaginar isso?

-Duas semanas e você meteu um filho na minha irmã!- encarei Don com ar repreensivo.

Don deu de ombros.

- Eu na verdade... - Ele ficou todo encabulado.

- Don era virgem... E eu não tomava pilular desde que terminei meu namoro com o Marc em São Francisco... O que importa é que somos felizes e queremos muito esse bebê.

-Acho que quando eu voltar do Brasil,nosso bebê já vai ter nascido.

- Brasil? - Ellen perdeu o sorriso. - Há, pelo amor de Deus, não credito que aceitou ir como voluntário?

-Sim,Ellen,aceitei! Pode ficar relaxada que tenho as minhas reservas,e a alimentação e moradia estão por conta da ONG. Vou prestar consultoria jurídica a famílias que não podem pagar. Sabe como funciona as defensorias públicas no Brasil? É uma vergonha! Vou dar o meu melhor com o que eu sei fazer

- Não demore... Por favor? - Ellen fez carinha de choro e me abraçou. - quando vai?

- Em duas semanas. Ficarei sete meses! Talvez encontre o grande amor da minha vida e fique lá mesmo.

- Nem de brincadeira... - Ellen disse brava. - Pode voltar para nós.

 -Você se apaixona,namora,casa,engravida em duas semanas e eu não posso achar o amor da minha vida em outro país?

- Não... Porque o seu grande amor está aqui... - Ellen tocou no meu nariz. - Não faça besteiras...não é porque me casei, que tem que sair fazendo isso... Só dizer que conseguiu meter um bambolê no seu dedo.

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