REVENGE - TWO

Zack - Pesadelo

A sala de reunião está com todos os acionistas, logo sou chamado para entrar, Olga abre a grande porta, ela sorri amarelo para mim, engulo em seco e entro.

Mais de 16 homens estão sentados na grande mesa oval, Vladimir está sentado na cadeira da presidência, meio de lado e braço apoiado na mesa.

Ele me olhou com desdem, como se eu fosse um criminoso, fiquei de pé diante de todos,sustentei o meu olhar, coloquei minhas mãos para trás e esperei.

- Zack... - Começou Vladimir. - A seis meses demos a oportunidade que tanto queria, a gestão financeira desta empresa, e hoje recebemos uma denuncia de que uma grande soma em dinheiro... - Ele apontou para o telão com os números. - Houve retiradas substanciais dentro desses seis meses... - Ele girou a cadeira me encarando, segurou a caneta nas duas mãos. - Tem algo para nos contar, Zack?

- Senhor, Stowe! o Senhor me conhece desde criança, fui criado dentro de sua casa e sabe que nunca retirei nada que não me pertencesse... Jamais faria algo deste tipo, principalmente por querer ser alguém na vida e por ser grato pelo seu reconhecimento e ajuda, não só a minha família, mas a mim.

- Isso não te isenta de ter tido uma espécie de deslumbre...

- Não me acuse sem provas, Sr. Stowe. - Disse ríspido e magoado, meu coração estava a mil dentro do meu peito, meus pais vão morrer de vergonha se isso vier a tona. - Se me der uma semana, descubro onde está o dinheiro, te entrego o culpado, mas por favor, não me acuse deste jeito, porque jamais faria isso.

Vladimir olhou para todos e pediu que nos deixassem a sós.um a um, todos sairam.

- Venha até aqui, filho. - Ele me chamou com a mão, jogando uma pasta preta sobre a mesa. - Veja você com seu próprios olhos.

Me aproximei dele e abri a pasta, folhei cada uma delas e vi cada operação feita, e por fim, um valor que mal sabia como gastar aquilo, no meu nome e em uma conta na Irlanda, país de onde mais pais vieram, olhei para ele surpreso.

- Sr. Stowe... Jamais faria isso com o senhor... Eu honro a educação que meus pais me deram...

- Deixe minha filha em paz, pegue esse dinheiro e suma de nossas vidas, leve seus pais para a Irlanda, eles sempre quiseram voltar,agora é hora.

- Não posso... - Disse quase em lágrimas percebendo o jogo dele.

- Então responderá por roubo, vai pegar de 2 a 14 anos de crime financeiro... Minha filha já está sabendo do que aconteceu e não vai te perdoar.

- Não... Por favor, Sr. Stowe... Não me tire Erin. - Pedi me ajoelhando a sua frente. - Eu peço como um filho... E pelo meu filho que Erin espera.

- Erin irá se casar com um importante empresário - Ele riu. - Você pensa mesmo que Erin te ama?... Besteira... Enquanto ela se divertia com você, ela estava noivando com Jimmy.

Me levantei incrédulo, Erin jamais faria isso e jamais acreditaria numa barbaridades dessa, ela me conhecia muito bem.

- Pegue esse dinheiro e suma... Ou responda o processo?

- Respondo o processo... Mas o Senhor não vai me tirar Erin... ela vai acreditar em mim. - Caminhei até a porta, olhei para Stowe que pegava o telefone de cima da mesa.

- Chamem a segurança.

Saí correndo daquele escritório deixando tudo para trás, assim como a bola autografada de Baseball dos Red Sox que Erin me deu por conhecer um dos jogadores e ser seu primo.

Chegando no hospital, corri para ver Erin, Jimmy se levantou a me ver ali, me debrucei sobre Erin e pedi.

- Erin... vem comigo... 

****

Acordei com o som da campainha acionado para que eu me levantasse e tomasse meu acento no avião, estava suado e cansado, me sentei na cama e segui para a poltrona descalço, Don me olhou, ele sabia que mina noite não tinha sido nada agradável, estava visível em meu rosto, apenas sorri tentando espantar aqueles pensamentos e o sonho dos momentos que vivi no passado. coisas que quero esquecer e não consigo.

Finalmente estávamos em terra, Don me levou para a Mansão, entrei quase que empurrado, e lá estava eu, dono daquela casa, onde nunca pensei que um dia eu me tornaria dono dela. Vi as mudanças que foram feitas, eu adorei cada modificação e a piscina interna e aquecida ficou um espetáculo, agregando mais valor a casa, o jardim oriental que minha mãe tanto falava que quando adolescente vivia indo ver em uma cidade próxima, estava lá, pronta para ela, carpas e a água escorrendo, era um barulho até gostoso.

Me ajoelhei e chorei orando por minha mãe querida, como eu sentia sua falta e não pude ter meu tempo ao seu lado, pois me mandaram para longe quando jovem, depois não pude participar do seu enterro, depois da sua morte, isso era o que mais me doía.