Erin tem conversa com John

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Estar na mansão com Caleb não foi o horror que eu acreditei que seria, pois apesar de ter péssimas recordações daquele lugar, às melhores lembranças da minha infância também estavam lá e todas elas envolviam o Zachary.

Era incrível como parecia que nosso destino estava entrelaçado e como Zack estava presente nos momentos mais marcantes da minha vida. Como no nosso primeiro beijo na macieira,ou quando eu caí da escada aos dez anos de idade e quebrei a perna e ele segurou a minha mão todo o tempo em casa e no trajeto para o hospital e só me deixou no momento em que eu fui para a sala de cirurgia. Quando eu acordei ele estava lá no quarto, sentado me esperando acordar.

Zachary era o garoto que me metia e me tirava de confusão, e como fomos felizes na nossa infância. Até que meu pai nos separou.

Caleb ficou encantado ao ouvir as histórias que contei de nossa infância, o que o convenceu ainda mais de que nós tínhamos de nos casar, por mais que eu tentasse demovê-lo da ideia de que nem todos os amores de infância duram toda uma vida, me resignei a deixa-lo sonhar. Com o tempo ele perceberia que seu pai e eu não seríamos mais um casal.

No domingo quando voltamos pra casa, Caleb chorou e fez birra, e só aceitou o retorno quando mencionei Ellen.

Deixei meu filho em casa e tomei o meu velho sherokee, Bridget e dirigi rumo a um restaurante próximo a minha casa para encontrar John. Zachary havia mesmo entrado com a ação e já teríamos a primeira audiência no dia seguinte.

Eu precisava de orientação.

Cheguei no restaurante e John me aguardava numa mesa no fundo. Quando me aproximei ele se levantou saudoso e me cumprimentou com um beijo nos lábios.

- Olá John! - sorri sem graça.

- Como foi o passeio com o Caleb?

- Foi bom! - sorri e me sentei. - Já fez o pedido?

- Ainda não! Estava aguardando você. O que quer comer?

Apanhei o cardápio,enquanto John acenava para o garçom.

- Uma vitela com salada de aspargos, por favor!

- O mesmo pra mim!

O garçom saiu com os nossos pedidos e eu me voltei para John.

- Me desculpe pelo meu comportamento, John! Eu nunca devia ter falo com você daquele jeito.

- Eu já esqueci, Erin! Vamos falar sobre o processo.

- As notícias são ruins?

- São! Infelizmente são. O fato é que você ocultou a existência de um filho por um período de nove anos, Erin... e a depender do ponto de vista do juiz, isso pode pesar muito contra você. Inclusive, você pode responder criminalmente pelo crime de sequestro.

- O quê? Por que?

- Você estava grávida de um homem, mentiu que perdeu o filho e se casou com outro. Eu conheço a verdadeira história por trás disso, Erin! Mas, ela é bem surreal.

- E agora, John?

- Bem! Você pode alegar que não tinha certeza quanto a paternidade do Caleb.

- Mas, John Isso seria mentira. Eu não mantinha relações sexuais com o Jimmy antes de engravidar. Eu só transferi com o Jimmy poucos meses antes de nos casarmos e a minha gravidez já estava bem avançada.

- O juiz não sabe disso e as únicas pessoas que poderiam confirmar isso seriam você e o falecido.

- Mas isso é horrível, John!

- Calma Erin, isso seria apenas em último caso. Nós vamos batalhar pela Guarda compartilhada. Seria uma ótima opção para vocês e para o Caleb.

- E se o Zachary não aceitar?

- Não temos de convencer o Zachary, Erin! Mas,o juiz. Você é uma boa mãe, zelosa e aplicada, não possui antecedentes criminais, tem emprego e residência fixa.

- Emprego eu não tenho mais.

- Oh Merda, como eu pude esquecer? Claro que o todo-poderoso ia te demitir. Mas,se acalme,eu vou te ajudar com isso.

- Como John?

- Eu conheço pessoas, Erin! Só confie em mim!

- Tudo bem.

- Mas, mantenha-se por perto de Zachary Heights! Você foi demitida, mas ainda precisa cumprir o aviso prévio. Isso te dá um mês pra observa-lo de perto e saber o que ele quer. Enquanto isso eu vou em busca de um outro emprego pra você.

Sorri para John agradecida e busquei sua mão sobre a mesa.

- Eu amo você, Erin!- retirei a minha mão mais que depressa de sobre a sua e ele apenas sorriu triste, o garçom chegou com os nossos pedidos e ele suspirou e acrescentou. - Bom apetite.

- Pra você também.

Depois de almoçar com John fomos passear pela cidade,e eu me senti desconfortável por não conseguir retribuir a sua declaração de amor. Nos sentamos numa pracinha observando crianças brincarem e as pessoas passarem melancólicas por nós sem sequer notar que estávamos ali.

- Você está tão linda hoje, Erin!

- Só hoje? - debochei.

- Sempre! - ele tomou meu rosto entre as mãos e me beijou, um beijo quente e guloso que me acendeu.

Apesar de não retribuir o amor do John,ele despertava a minha libido.

- Passa essa noite comigo Erin!

- Você sabe que eu não posso. O Caleb...

- Claro! - John sorriu trite.

- Mas, ainda temos algumas horas antes de eu voltar pra casa. - John sorriu e me beijou provocante, saímos do restaurante e seguimos para o seu apartamento.

John já foi me agarrando na porta, me beijando guloso e se esfregando em mim,me fazendo senti o quanto ele estava duro. Nos desfizemos das roupas apressados, nos largando sobre a sua cama, onde John me possuiu sem o menor pudor.

O sexo com John era sempre quente e intenso,ao contrário de como era com Jimmy,eu realmente sentia prazer em ir pra cama com o John.

Ele arremetia forte agarrado às minhas coxas e me beijava sôfrego como se eu pudesse fugir a qualquer momento. O sexo com John só não era mais gostoso do que o sexo com Zack, nenhum homem se igualava a ele nesse quesito e eu sentia raiva de mim, por sempre compara-los. Eu tinha que esquecer aquele homem.

John acelerou e gozou me beijando, e ficamos ali deitados,eu acarinhava as suas costas, enquanto John respirava longo no meu pescoço.

- Eu te amo, Erin!

- Obrigada por isso! - eu disse sem-graça.

- Não é bem o que eu queria ouvir. - Ele sorriu e beijou minha boca. - Mas, eu sou paciente!

- Você é perfeito, meu bem!

- Não, Erin! Eu sou um homem, o seu homem!

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