REVENGE - TWO

Erin enfrenta Zack

Erin adentrou o quarto, secando o rosto com as mãos.

- Eu fui covarde, Zachary! Fui muito covarde, e eu venho tentando te contar nos últimos meses em que estamos trabalhando juntos, mas a sua arrogância não permitia que eu abrisse a boca, eu estava tentando trazer você pra vida do Caleb, tanto é que ele já conhece toda a nossa história. Mas, tenha certeza de uma coisa, Zachary Heights, você não vai arrancar o meu filho de mim.

- Você não estava tentando me contar, Erin... seja honesta com você mesmo. - Falei alto. - Se quisesse me contar realmente, não ficaria dando voltas... Teria jogado na minha cara de uma vez por todas. Zachary, nosso filho está VIVO... - Disse soltando fogo pela ventas.

- Por favor... - Ellen se meteu entre os dois. - isso aqui é um hospital.

- Tentei te contar inúmeras vezes, seu idiota! De que adianta nós brigarmos agora, Zachary? Você não pode me perdoar?! Eu errei, eu sou humana, poxa.

- E eu sou o quê? - Apontei para o meu peito. - Você não pensou em mim, Erin. - Comecei a arrancar o blazer e a camisa, arfando.

- Olhe o que eu sofri na cadeia, Erin... Eu desejei que me matassem, porque para mim a vida não tinha mais sentido.

Mostrei as cicatrizes nas costelas, nas costas, próximo ao figado. Voltei a chorar.

- Essas sãos as marcas que me fizeram, pra lembrar quem vocês são realmente, e eu não posso te perdoar, não agora.

Vesti a camisa dando as costas para as duas.

- Parem de brigar! - A voz de Caleb ecoou no quarto ele nos encarava e fez eu me voltar para ele. - Oi pai!

- Oi filhão... - Me sentei na beirada da cama. - Então você quis ser um super homem e quis voar? - Apontei para o gesso.

Caleb riu.

- Acho que não deu certo.

- Não... não deu. - Voltei a chorar, ele era lindo, divertido. - Eu amo você, Caleb... O papai não vai sair de perto de você, nunca mais, prometo.

- A mamãe também, néh? - Perguntou ele parecendo preocupado.

- Não... não vai sair de perto de você. - Beijei sua mãozinha.

Erin aproximou-se dá cama e beijou seu rosto.

- Eu não disse que ele ia amar você a primeira vista? - Ela riu forçado. - Tá doendo o braço?

- Um pouco. - Caleb olhou o gesso. - Você quer assinar meu gesso?

Dei risada.

- Mas é claro que quero, só precisa secar primeiro, se não vai borrar.

- Quer ficar sozinho com o seu pai? - Erin me encarava, mas eu não retribuía o olhar. - Acho que ele vai querer a bola autografada dele de volta.

- Não! - Disse em tom amável. - Eu sempre pensei em entregar essa bola a ele. - Toquei em seu peito. - Pode ficar com ela... Foi um presente de sua mãe quando o primo dela jogava... Eu sempre quis uma bola autografada, e ela conseguiu.

- Vocês já namoravam?

- Não... a gente era apenas crianças... foi pouco antes de eu ir embora... ela chegou em casa com um saquinho de papel com a bola dentro... ela me acompanhou por muitos anos ate eu voltar... comprei uma regoma de vidro e a coloquei dentro, mas o vidro nunca mais se fechou... Então eu podia pegar ela na mão, ficar jogando e pensando.

- Pensava na mamãe?

- Também...

- Com licença, rapazes! Acho que vocês querem conversar.