John Vai para o hospital

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Estava trabalhando em meu escritório quando recebi uma chamada do Hospital San Diego, informando que minha irmã tinha sofrido um acidente, não esperei que a pessoa do outro lado da linha me contasse o que houve,desliguei o telefone e voei para o hospital o mais depressa que eu pude. Assim que cheguei fui encaminhado ao quarto de Ellen, que por sorte não sofreu nada mais que algumas escoriações e teria que manter o pescoço imobilizado por um tempo, mas senti o chão fugir abaixo dos meus pés quando Ellen me contou exatamente o que houve e falou sobre o estado de Erin. Eu já não gostava da Eisy, mas passei a odia-la e moveria céus e terra se fosse preciso pra que ela mofasse na cadeia.

Eu sabia que não me permitiriam ver a Erin,já que eu não era membro da família,então dei um jeito de me informar sobre a localização do seu quarto na uti.

Sorrateiramente invadi o quarto de Erin e ela estava com a cabeça enfaixada e respirando através de aparelhos,desejei estar em seu lugar pra tirar aquela dor dela.

- O que fizeram com você, minha pequena? - Eu tinha lágrimas nos olhos.

- Eu estou tão mal assim? - ela sussurrou.

- Ah, Erin! Eu me odeio por permitir que isso tenha acontecido a você.

- Você não podia prever, John! - ela riu e logo esboçou uma careta como se aquilo tivesse lhe custado um grande esforço.

- Vai ficar tudo bem. Só descanse.

- Eu sinto dor, John! - ela arfou e vi seus olhos revirarem. Aquilo não podia ser normal - Eu... não consigo... respirar- seu corpo começou a tremer e sua boca espumar

- Erin, Erin.

- Erin, Erin! - A chamei desesperado,e seu corpo passou a se debater e eu busquei a campainha ao lado da cama e toquei apressado.

Me pus ao seu lado, segurando sua mão e em pouco tempo, uma junta com médico e enfermeiros e toda uma equipe invadiu o quarto, e junto a eles Zachary Heights que pelo visto, não gostou nenhum pouco de me ver ali, mas não havia tempo para picuinhas, salvar a vida de Erin era mais importante.

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ZACK

A surpresa foi grande ao ver John ao lado da cama, seu semblante estava tão apavorado quanto o meu, assistimos com pesar enquanto o médico administrava o anticonvulsionante e aos poucos o seu corpo parar de se debater e relaxar na cama.

Me coloquei do lado de John agora olhando para Erin sedada.

- Se eu pudesse... e se tivesse coragem... Mataria Eisy. - Disse com pesar, meu coração estava pequeno. - Não posso sair daqui para por as mãos nela, Caleb e Hellen precisam que eu esteja aqui... e Tem Erin... não dá pra sair daqui. - O olhei. - Me ajude a colocar essa mulher atrás das grades. - A primeira lágrima se insinuou e escorreu.

- Essa agora é a minha meta na vida! Como ela pôde? - John também tinha lágrimas nos olhos- Que espécie de ser. - humano tenta matar a própria filha? Escreva o que eu digo,ela não vai escapar ilesa. Ela vai tentar usar o argumento de que estava em surto, aliás eu começo a achar que a sua loucura foi premeditada.

- Eu sempre soube disso... - O encarei. - Tenho provas de movimentação de conta durante todo o tempo em que ela viveu sobre os cuidados de Erin... Ela não precisava ter vendido a empresa e muito menos as jóias da mãe... Eisy tem dinheiro e não é pouco.

- Ela armou tudo pra que as filhas tivessem que arcar com todos os prejuízos com o fim do Grupo Stowe. Ela já sabia que o Vladimir tinha afundado a empresa. Ela fingiu estar louca e a Jasmine tirou o dela da reta. Sobrou pra Erin as dívidas e os Encargos.

- Sim... Sabia. - Torci a boca e olhei para Erin. - Trabalhe comigo... Me ajude a por essa mulher na cadeia que é o lugar dela.

- Não preciso trabalhar pra você, pra isso! Mas, quero a sua ajuda,com a sua influência e recursos podemos mandar essa mulher pra cadeira elétrica. - Eu queria torcer o pescoço da Eisy.

- Eu quero ela viva. - O encarei. - Quero ela sofrendo o que sofri, com uma unica diferença... eu era inocente... Ela tem muito podre... - Estendi a mão para John. - Fechado... Eu te ajudo com a influencia... E custeio o que precisar para ir atrás dos podres desta mulher.

- Ótimo! A minha pequena merece justiça. - Torci a boca. - Relaxe, Zachary! Eu não vou ficar entre vocês, sei quando uma guerra está perdida. Só... Cuide dela!

- Estou cuidando.... É o que estou fazendo e é o que farei assim que sair do hospital, ela irá direto para a minha casa.

- Cuidado com o Caleb também. A sua sogra pode tentar algo contra ele, ela sempre desprezou o menino. Vou ver a minha irmã. Se a Ellen já estiver bem, vamos a delegacia prestar uma queixa. O primeiro passo tem que ser dado.

- Não se preocupe... Tanto Caleb como sua irmã são para a minha casa, vamos dar a falsa sensação a Eisy de que ela está impune nisso... - Sorri de lado. - Tem mais uma coisa que preciso pedir a você.

- Não exagere, Zachary! Eu ainda não gosto de você.

- Eu também não gosto de você, mas amamos a mesma mulher e amamos o mesmo garotinho que está sedado num dos quarto deste hospital... sei que se eu faltar amanhã, você vai cuidar deles... Mesmo assim venho assombrar você. - Dei um tapa de leve em suas costas, dei risada. - Preciso que entre com um pedido de DNA. Estou sem advogado no momento, não quero deixar esse caso nas mãos da Katty, ela tem ligação com revistas... Quero que isso corra em sigilo.

- Você duvida que o Caleb seja seu filho? - Ele soltou indignado. Que marca de homem é você?

- Não... - Dei risada. - Vladimir confessou que eu sou filho do irmão dele... quero comparar o meu sangue com o de Erin... pensei em desenterrar os ossos do tio dela...mas vai dar trabalho e demora muito para acontecer.

- Vocês são primos?

- É o que parece. - Dei de ombros. - Isso não diminui as chances de me casar com ela... primos ou não, não abro mão de Erin.

Podemos pedir uma exumação do corpo do Vladimir. Depois de tanto tempo,vai ser trabalhoso encontrar vestígios de DNA nos ossos do seu pai,mas como o corpo do Vladimir ainda está fresco e vocês são parentes de primeiro grau. Podemos fazer com a Erin, mas a compatibilidade é menor... Mas, vou providenciar.

- Quero aproveitar que Erin está no hospital... E ela concordou em fazer... na verdade, foi ela quem sugeriu isso.

- Ela tem um enorme senso de justiça.

Se o exame com a Erin for inconclusivo,partimos para a exumação do corpo do Vladimir.

- Não quero mexer nisso e muito menos trocar meu nome... Apenas quero esclarecer, isso será mais um ponto para nós no casso de Eisy. - suspirei. - Amo meus pais e para mim eles são verdadeiros... Quero continuar a ser filhos deles.

- Foi ela quem te contou?

Concordei com a cabeça.

- Vou providenciar tudo,

- Obrigado. - Sorri grato.

John deixou o quarto, depois de dar um beijo na testa de Erin.

- Fica bem pequena.

Respirei fundo e assisti aquele homem sair do quarto, me aproximei puxando o lenço do bolso, molhei na língua e passei em sua testa.

- A unica baba que pode ficar em você é a minha. - Sorri de lado e me sentei e fiquei velando seu sono profundo.


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