REVENGE - TWO

Erin provoca

Depois de levar as malas de Caleb pro carro, Zachary voltou para dentro e carregou o nosso pequeno no colo. Caleb estava radiante e para não minar a sua alegria, ocultei a minha própria tristeza.

Segui para o carro e fomos conduzidos para a mansão, Caleb não parava de falar um minuto sequer.

Quando chegamos fomos recepcionados por Tim, e o cheiro de chocolate tomava a sala. Eu realmente gostava dele!

Havia uma linda torta de chocolate enfeitada com morangos e cerejas para Caleb e fiquei feliz por saber que ele estaria ali para suavizar a vida do meu filho.

Tudo estava indo bem, até que o som de saltos ecoou vindo do andar de cima e eu encarei aquela creatina descendo as escadas e tive que ter uma força de vontade descomunal para não agarrar aquela mulher pelo pescoço, e percebi seus passos vacilarem quando ela me viu ali parada, ao lado do meu filho e de Zachary.

- Olá, meu lindo! - Ela acabou de descer as escadas e abraçou Caleb depois apertou suas bochechas. Erro grave! Caleb detestava que pessoas estranhas o tocassem e detestava ainda mais que apertassem suas bochechas.- Como vai,meu lindo? Eu sou a tia Katty!

Caleb me encarou e pra colocar ainda mais lenha na fogueira eu acrescentei.

- É a namorada do papai!

Caleb olhou para o Zack, ele por sua vez negou.

- É minha advogada, e somos como o tio John e sua mãe. - Zack se afastou um pouco. - Trouxe a papelada que te pedi?

Katty me encarou antes de responder.

- Sim, Senhor.

- A partir de hoje, só virá a essa casa quando convidada. - Zack foi seco, Caleb deu aquele seu sorriso malévolo.

- Entendi... - Katty não deixou de me encarar. - Podemos conversar.

- Vamos ao escritório. - Zack me olhou. - Fiquem a vontade, podem comer, logo me junto a vocês.

Zack desceu para a sala de estar, e entrou no escritório junto com Katty.

- Caleb me olhou e fez sua voz de monstrinho.

- Eu odeio ela!

- Caleb, você nem a conhece, Amor! Não fique na defensiva.

Dê uma chance a moça! - Eu achava ótimo que ele a detestasse.

- Ela apertou minhas bochechas... - Caleb parecia demoníaco com aquela voz .

- As pessoas fazem isso com crianças. - dei de ombros. -Ela é seu pai podem se casar um dia, te dar irmãozinhos! - a cara dele foi impagável e eu estava me divertindo.

- Eu não vou deixar... - Caleb se virou pra mim. - Você vem todos os dias me ver néh!?

- Seu pai pode não gostar. - resolvi parar de provoca-lo, eu não devia manipular o meu filho. - E não depende de você decidir a vida do seu pai. - o beijei. - Seja razoável, sim?

- Eu vou fugir se não vier todos os dias, estou falando sério.

- Até parece que você vai trocar o conforto da sua casa com seus livros e tudo o que você tem direito por uma vida de menino de Rua.

- Hummm...chata! - Caleb cruzou os braços. - Você não me ama!

- Vai começar com a chantagem emocional, seu bobo?! Se o seu pai deixar eu estar aqui todos os dias, tá bom?! - O puxei pra mim e beijei seu rosto. - Nunca duvide do meu amor por você, seu pequeno insuportável!

 - Eu sou seu príncipe! - Caleb riu. - quero um pedaço do bolo.

 - Sim, o meu Príncipe.

 A cereja do bolo é minha.

- Muito bem... Vamos lanchar!? - Zack voltou pra sala de jantar usando apenas a camisa branca, sem a gravata e o paletó, mangas arregaçadas, descalço e a camisa pra fora da calça.

- Sua namorada não vai se juntar a nós? - o provoquei, eu não resistia.

- Já foi embora, e ela não é minha namorada, não arrume acompanhantes pra mim. - Zack puxou a cadeira e se sentou ao meu lado, deixando a ponta da mesa vaga, era onde papai se sentava.

Sorri e me servi de uma fatia do bolo, com a cereja nele só pra provocar Caleb.

- Você quer? - Apanhei a cereja e lambi.

- Não... Mas você pode oferecer pro papai. - Caleb deu um sorriso maroto.

Zack riu.

- Você quer? - Assumi uma expressão quase sensual. - Gostei do modo como ele encarou a minha boca e mordiscou o lábio, percebi seus músculos enrijecerem. E eu até poderia apostar que ele estava duro. -Não quer? - havia malicia na minha voz.

- Não!!! - Zack meneou com a cabeça mostrando que estava encabulado, suas pernas começaram a se mexer rapidamente.

- Então tá! - chupei lentamente a cereja de um modo que insinuava algo mais, até me dar conta de que o nosso pequeno pimenta ainda estava na mesa.

- Você só na provocação!!! - Zack disse baixinho.

Mordisquei o lábio e apertei sua coxa por baixo da mesa. Eu me sentia travessa.

- Eu não fiz nada! - sorri, pensando que eu queria acabar aquela noite com algo mais substancial que uma cereja na boca

Caleb riu, Zack estava vermelho como pimentão.

Isso estava ficando interessante e eu me perguntava o que Zachary faria se Caleb não estivesse ali.

Dei uma garfada no meu bolo, me deliciando com o sabor.

- Por que não conta um pouco ao Caleb sobre o seu trabalho, Zack! - Eu continuava a apertar sua coxa e já deslizava ousada a minha mão por entre suas pernas indo de encontro a sua rigidez. Ele não fazia nada pra me deter, então continuei a acarinha-lo.

- Não é nada demais, apenas administrar e manter os negócios de outros empresários funcionando, como condomínios, empreiteiras e pequenos comércios, como cobrar aluguel, entre outras coisas... - Zack me olhou assim que eu o apertei. - investir o capital de quem nos contrata, como bolsa de valores ou empreendimentos imobiliários.

- Eu vou trabalhar com você? - Caleb estava sério.

- Se for isso que quer, sim... Não vou impedi-lo se caso queira fazer outra coisa na vida, escolher outra profissão.

- Posso ser médico?

- Claro que pode! - Zack quase perdeu o compasso quando o segurei com mais firmeza sobre a calça.

- Você ficaria lindo de jaleco! - apertei Zack mais uma vez o sentindo pulsar e chupei meu dedo indicador, deixando claro o que eu queria fazer com ele. - Essa cobertura está uma delícia, não é Zack? - perguntei cínica.

- Eu nem consegui comer... - Zack se ajeitou na cadeira. - Caleb... Você já foi ver seu quarto?

- Não... - Ele ficou interessado.

- Corre... O seu nome está na porta... Logo eu e sua mãe vamos ver, agora preciso conversar com ela.